A Terra está grave!

A Terra est? grave!


S?rgio  Ferrari – Genebra


O planeta est? enfermo. E, como nosso pr?prio organismo quando enfermo, manifesta sintomas para chamar a aten??o e reclamar a cura.


Sua temperatura corporal aumentou em m?dia 0,74?C nos ?ltimos 100 anos. Em algumas regi?es superou 1,5? C. Durante todo o ?ltimo mil?nio, a margem de varia??o da temperatura havia sido de apenas 1?C.


Causa principal desta explos?o de calor: o aumento descontrolado da emiss?o de gases de efeito estufa de certas atividades humanas, como a combust?o de carv?o, petr?leo e g?s natural, assim como o desflorestamento em grande escala. Principais respons?veis por esta situa??o: as na?es desenvolvidas.


Outro dado eloq?ente: Durante 800 mil anos, a concentra??o de di?xido de carbono (CO2) na atmosfera esteve entre 200 e 300 ppm (medida que indica a quantidade de mol?culas do CO2 para cada um milh?o de mol?culas de ar seco). Isto supera j? 380 ppm, a marca mais elevada desde que a humanidade tem mem?ria.


A amea?a de uma convuls?o global – produto da febre – est? ?s portas, com eventuais consequ?ncias apocal?pticas: p?los descongelados, subida do n?vel dos mares , desaparecimento das costas, multiplica??o de tuf?es e furac?es, secas crescentes nos pa?ses tropicais, agricultura dizimada, flora e fauna amea?adas, milh?es de refugiados clim?ticos dispersos pelo mundo.


Os desafios de Copenhagen


Dentro de mais alguns dias, entre os dias 17 e 18 de dezembro pr?ximo, Copenhagen, capital da Dinamarca, reunir? representantes do mundo inteiro na Confer?ncia dos Participantes da Conven??o das Na?es Unidas sobre a Mudan?a Clim?tica (COP 15), continuando assim os esfor?os de Bali (2007, COP 13) e Poznan  (2008, COP14). E a pergunta que vale um milh?o continua sendo a mesma.


Como chegar a um acordo para evitar que a temperatura aumente mais de 2? nos pr?ximos 40 anos? Com a hip?tese cient?fica de que esta marca possa constituir a fronteira da pr?pria viabilidade da exist?ncia de vida no planeta. E, consequentemente, como reduzir em escala planet?ria a emiss?o de gases do efeito estufa?


N?o se trata de acordos jur?dicos. Existem j? na Conven??o do Clima de 1992 e no Protocolo de Kyoto que prop?em mecanismos concretos.


O que est? em jogo ? a vontade pol?tica para definir responsabilidades hist?ricas na deteriora??o clim?tica. E, tamb?m, questionar o pr?prio conceito de crescimento e da l?gica produtiva planet?ria. Temas de tal profundidade n?o deixam muita margem para otimismo.


A recente e fracassada reuni?o preparat?ria de Barcelona na primeira semana de novembro, convocada para preparar a C?pula de Copenhagen, n?o fez mais que desnudar a falta desta disposi??o para negocia??o, particularmente das grandes potencias e muito especialmente dos Estados Unidos, que at? agora n?o ratificou o Protocolo de Kyoto. Este obriga os pa?ses industrializados envolvidos a reduzir suas emiss?es at? 2012 em cerca de 5,2% em rela??o ?s cifras existentes em 1990, ano que ? tomado como refer?ncia.


Sobre a mesa, portanto, est?o tr?s temas essenciais que impossibilitam o consenso. Primeiro, medir o papel hist?rico de cada ator planet?rio na situa??o atual da deteriora??o clim?tica, sem esconder a responsabilidade preponderante das na?es mais desenvolvidas.


Segundo, tirar conclus?es pr?ticas, financeiras, cont?beis, para que os demais que deterioraram o clima assumam sua responsabilidade e financiem os pa?ses "em desenvolvimento" (empobrecidos) tornando-lhes mais f?cil enfrentar a deteriora??o clim?tica com medidas mais concretas.


E, em terceiro lugar, ponderar o futuro, prevendo redu?es significativas das emiss?es de gases destruidores por parte dos pa?ses desenvolvidos e "emergentes" (entre eles a China) para evitar o superaquecimento do planeta e possibilitar a continuidade de vida nele.


? um ABC t?o simples quanto complexo. Copenhague se apresenta j? como uma nova frustra??o clim?tica. Enquanto isto, a Terra, j? grave, continua piorando.


 (trad. S?rgio Marcus Pinto Lopes)


16/11/2009 – PreNot 8551
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