Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 26/06/2012

Igreja Metodista tem quase 215 mil membros no Brasil

Em vinte anos, o número de metodistas no Brasil teve um aumento expressivo: saltou de 80.061 para 214.715. Crescimento de 268,19%. A Igreja Metodista tem 1038 igrejas, 373 congregações e 400 pontos missionários no país. Os dados são do último levantamento oficial em 2010 e não contabilizam as crianças e os participantes não confessos.

Para o Colégio Episcopal da Igreja Metodista, os números sinalizam crescimento e inegáveis frutos. Porém os bispos e bispa frisam que é preciso cuidar para que o aumento seja consistente, equilibrado, centrado no discipulado, com ênfase na experiência da salvação, na santificação e no serviço.

O teólogo Hernandes Dias Lopes ao trabalhar a questão do crescimento de igrejas, argumenta que é preciso evitar dois extremos. O primeiro deles é a numerolatria: a idolatria dos números - crescimento como um fim em si mesmo, com muita adesão e pouca conversão, muito ajuntamento e pouco arrependimento. O segundo é a numerofobia: o medo dos números. A desculpa infundada da qualidade sem quantidade.

“De fato, se a igreja é um organismo vivo, então deve crescer. Nos últimos anos, testemunhamos um grande entusiasmo relacionado com o crescimento nas diferentes Regiões Eclesiásticas e Missionárias. Centenas de novas congregações, pontos e campos missionários foram plantados pelo país, dezenas de igrejas alcançaram sua autonomia. Novos municípios foram alcançados e milhares de pessoas decidiram se unir ao povo metodista para servir o Reino de Deus numa perspectiva wesleyana”, afirma o relatório do Colégio Episcopal da Igreja Metodista para o 19º Concílio Geral.

Caminhada - o bom momento é apontado como consequência de um movimento que começou em 1982, com a aprovação do Plano para Vida e Missão da Igreja Metodista. “O documento recuperou elementos básicos da fé e tradição metodistas, como experiência pessoal do cristão com Jesus Cristo como seu Salvador, ênfase na obra e poder do Espírito Santo, disciplina cristã e a santidade, paixão evangelística e comprometimento por uma ordem social mais justa”, afirmam os bispos/a.

Em resposta às ênfases do Plano Para a Vida e Missão, o Concílio Geral de 1987 aprovou uma mudança significativa na configuração da Igreja Metodista. A organização baseada em cargos foi substituída por uma estrutura considerada mais missionária: Dons e Ministérios.
Quatro anos depois, no Concílio Geral de 1991, a Igreja Metodista reforçou a ênfase missionária, ao aprovar o tema: “Igreja Metodista: Uma comunidade Missionária a Serviço do Povo”, que recebeu o acréscimo de uma frase de John Wesley: “espalhando a santidade bíblica por toda a terra.”

Discipulado - os números de crescimento são vinculados também com a difusão do discipulado. Nos últimos cinco anos, muitos pastores metodistas pelo Brasil afora desenvolveram estratégias para aprofundamento bíblico e doutrinário dos membros.

“Reconhecemos que a Escola Dominical já cumpre este papel, mas a presença da Igreja nos lares, nos grupos de discipulado, representou um avanço na tarefa de formação cristã, além de ter servido também para alcançar pessoas das famílias e vizinhos. Tínhamos um objetivo e Deus o ampliou”, pondera o documento do Colégio Episcopal.

Sobre este assunto, o relatório alerta: “(...) ao implantar o Discipulado na Igreja Metodista não procuramos acompanhar um “modismo” e nem mesmo combater grupos que têm influenciado igrejas por todo o Brasil e América Latina. O que nos motiva é adotar o Discipulado como ‘um modo de ser’, ‘um estilo de vida’ pessoal e comunitário, sendo também uma ‘forma de pastoreio’ a ser desenvolvida em nossas comunidades e uma ‘estratégia’ na maneira de ser Igreja: Comunidade Missionária a Serviço do Povo”.

Avanço - no último Concílio Geral, foi aprovada uma proposta arrojada do ponto de vista missionário. O texto foi acatado por unanimidade e prevê que em 15 anos sejam lançadas as bases para que todos os Estados brasileiros se tornem uma Região Eclesiástica. Atualmente o metodismo brasileiro tem seis Regiões Eclesiásticas e duas Missionárias (veja no mapa ao lado).

Sob orientação do Colégio Episcopal, as Regiões vão trabalhar em parceria em prol da expansão missionária. A 5ª e 4ª Regiões trabalharão para consolidar Minas Gerais como uma Região Eclesiástica. Da mesma forma, 2ª e 6ª Regiões estarão unidas para promover o Estado de Santa Catarina.

A mesma estratégia acontece nas 5ª e 6ª Regiões. Elas trabalharão para que o Mato Grosso do Sul se torne uma Região Eclesiástica. As 3ª e 5ª Regiões estarão juntas para que todo o estado São Paulo se torne autônomo. As 1ª e 4ª Regiões trabalharão em parceria para que o Estado do Espírito Santo venha ser uma Região Eclesiástica.


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