liturgia

Minist?rio de A?es Afirmativas Afro-descendentes – AA-Afro


Igreja Metodista – Terceira Regi?o Eclesi?stica


novembro 2006


 


 


Intru?es para ambienta??o do espa?o c?ltico


Ambienta??o: tecidos de cores fortes, instrumentos, pain?is com motivo afro;


Altar: sobre a mesa usar toalhas em cores: verde, preta, amarela  e vermelha. Vaso com planta ou uma ?rvore pequena, vela ou casti?al, B?blia, vaso de vidro com ?gua e frutos da terra variados e coloridos.


Simbologia das cores:


Verde: per?odo lit?rgico, reflexo de nossas florestas (natureza);


Preta: evoca o mist?rio, o sagrado, a a??o de louvor a Deus pela exist?ncia da etnia e pertencer a ela, ou seja,  nascido "negro/a";


Vermelha: evoca vida, alian?a, salva??o pelo sangue de Cristo. Traz ? mem?ria o sangue derramado de nossos irm?os e irm?s ancestrais.


Para o momento da confiss?o: Preparar um painel no templo e colar textos, imagens, recortes de jornal ou revistas sobre a condi??o social dos/as negros/as e afro-brasileiros/as no Brasil.


Recep??o na entrada do templo: organizar duas equipes: uma para o rito de purifica??o das m?os ? essa recepcionar? oferecendo a cada pessoa ?gua para lavar as m?os: ter ? m?o jarro com ?gua, bacia para depositar a ?gua usada, toalhas de papel. Ap?s lavar as m?os, uma outra equipe recebe a pessoa com um abra?o fraterno, acolhedor e acompanha-a ao espa?o templo ou onde acontecer? a celebra??o.


 


 


Acordar (A-CORDAR) com Alegria para a Vida


 


Chegada: Ritual de purifica??o das m?os [? entrada do templo]


?gua – milagre renovador e purificador da vida


 


 


"A Alegria do Senhor ? a Nossa For?a"


 


 


Prel?dio: som suave de tambor/atabaque


Palavra de Acolhida


D: Como ? bom, agrad?vel e motivador que os irm?os e irm?s de f? e de sangue vivam em uni?o. Sejam bem-vindos homens, sejam bem- vindas mulheres, jovens e crian?as, adultos e idosos, de todas as classes, de todas as etnias, de todas as cores e todos os lugares. A casa ? de Deus e foi Ele quem nos fez. Ele nos convida a celebrar a alegria e a esperan?a pela vida. Neste encontro trazemos na mem?ria que ? tempo de Consci?ncia Negra, a lembran?a de um povo alegre, bonito e cheio de vida que, apesar do sofrimento, do esc?rnio da escravid?o, do ex?lio da ?frica, da dor da morte violenta, revive em sua descend?ncia o orgulho de sua hist?ria, cultura; resist?ncia e esperan?a de justi?a; de f? no Deus que ? Pai de toda fam?lia humana e derrama sua Gra?a sobre todos/as. Com as m?os limpas e com o abra?o acolhedor, marcas da hospitalidade africana e afro-brasileira, recebemos a cada um e cada uma com todo carinho, porque voc? ? presente de Deus para nossa comunidade.


 


C?ntico comunit?rio: ?gua [Simei Monteiro – Cancioneiro Cantos de F?]


 


Aqui chegando, Senhor, que poderemos te dar,


Um simples cora??o e uma vontade de cantar;


Recebe o nosso louvor e tua paz vem nos dar.


 


A tua gra?a, Senhor, melhor que a vida ser?.


E o teu amor em n?s ser? manancial


De ?gua boa a jorrar, pra nossa sede estancar.


 


Litania de Adora??o


D. Deus, nosso Pai, aqui viemos para te adorar.


C: ? verdadeiramente digno, justo e de nosso estrito dever, que em todos os tempos e lugares Te rendamos gra?as, ? Senhor, Santo Pai, Onipotente e Eterno Deus. Portanto louvamos e engrandecemos o teu glorioso nome, Exaltando-Te sempre e dizendo:


T. Santo, Santo, Santo, Senhor Deus onipotente, Os c?us e a terra est?o cheios da tua gl?ria. Gl?ria te seja dada, ? Senhor alt?ssimo. Am?m.


 


C?ntico comunit?rio: Wa, wa, wa, Emimimo [l?ngua Yoruba-Nig?ria – Cancioneiro CEBEP XVII SAT/1997]


        [Vem Esp?rito de Deus, Vem derrama o Teu poder]


Wa Wa Wa Emimimo – Emioloye


Wa Wa Wa Alagbara  – Alagbara meta.


Wao, Wao Wao. Emimimo


 


 


"Celebrar ? nos libertar e contribuir para libertar o mundo"


 


 


Convite ? confiss?o:


Quem ou o que nos separar? do amor de Cristo? Ser? tribula??o, ang?stia, persegui??o? Ser? fome, nudez, perigo ou espada?" Ser? classe social, cor da pele ou etnia? O que pode te distanciar do amor de Deus?


 


Ato de confiss?o:


a.     apresenta??o da condi??o social dos/as negros/as e afro-brasileiros/as no Brasil ? painel com textos, imagens, recortes de jornal ou revista;


b.     Apresenta??o dados estat?sticos sobre crian?as, viol?ncia com jovens, mulheres, doen?as a que a popula??o negra est? mais vulner?vel, etc.


c.     Deixar que as pessoas denunciem fatos e situa?es discriminat?rias.


 


Sil?ncio: confessemos nossos pecados e os pecados da humanidade que t?m agredido a vida, roubado a paz, crescido na injusti?a e gerado dor, sofrimento, tristeza e morte.


 


C?ntico/leitura de poema: Tem piedade [Cancioneiro Cantos de F?]


Tem piedade de mim, Senhor,


             Tu que ?s amor fiel


Pela tua bondade imensa, apaga minha culpa.


Lava toda minha iniq?idade.


S? tu senhor podes purificar-me do meu pecado.


Tem piedade de mim, Senhor.


 


Palavra de Vida: "Eu vi muito bem a mis?ria do meu povo que est? no Egito. Ouvi o seu clamor contra seus opressores, e conhe?o os seus sofrimentos. Por isso, desci para libert?-lo do poder dos eg?pcios e para faz?-lo subir dessa terra para uma terra f?rtil e espa?osa, terra onde corre leite e mel…" {Ex 3.7,8}


 


C?nticos:


Bate, batuque [CD Todas as Crian?as]


Tempo de Esperan?a [CD Todas as Crian?as]


 


 


"Fala que Edifica e Acorda para a Vida"


 


 


Reflex?o: Se as pessoas podem aprender sobre a guerra e a morte elas


podem tamb?m aprender sobre a paz e o amor (N. Mandela). "A fala pode criar a paz, assim como pode destru?-la. ? como fogo. Uma ?nica palavra imprudente pode desencadear uma guerra, do mesmo modo que um graveto em chamas pode provocar um grande inc?ndio." [ad?gio malin?s – Hampat? B?, Hist?ria Geral da ?frica]. "Fala ? dom de Deus. Pode-se ver, ouvir, cheirar e saborear a fala."


 


Partilha – Trazemos ? mem?ria:


(A comunidade ? convidada a lembrar nomes de pessoas e personalidades negros/as que fizeram parte da hist?ria da Igreja Metodista, de fam?lias da comunidade ou da Hist?ria brasileira)


 


 


"Por existir horizontes, seguimos o caminho." E "Por existir Esperan?a, Sonhamos com a Igualdade"


 


 


Leitura B?blica: "Em todas estas coisas somos mais que vencedores, por 


meio daquele que nos amou." (Rm 8.37)


 


Intercess?o:


D: Senhor Deus ajuda-nos a viver a dimens?o da tua gra?a que nos torna plenos:


C: Que como povo de Deus, sejamos sens?veis ?s situa?es de pobreza, mis?ria, discrimina??o e racismo.


D: Ajuda-nos a trilharmos pelas sendas da igualdade, da toler?ncia, do respeito e cuidado pelo nosso irm?o e pela nossa irm? sem perdermos dignidade;


C: Que no que depender de n?s, tenhamos sempre a?es que promovam vida, sa?de, justi?a com o povo negro;


D: Oramos, Senhor, pedindo-te que acabes com as formas destrutivas que os homens e mulheres insitem em praticar.


C: Que acolhamos os nossos irm?os e as nossas irm?s africanos[lcr1]  refugiados pelas guerras. As fam?lias e as v?timas de enfermidades caracter?sticas de nossa etnia, como anemia falciforme, e pelas casas de atendimento a esses casos.


D: Intercedemos pela juventude negra v?timas dos crimes e da viol?ncia. Pelas crian?as que desde cedo s?o exclu?das das escolas, que perambulam pelas ruas em busca de seu ganha-p?o.


C: Que como Igreja sejamos agentes de liberta??o, transforma??o, e eq?idade. Que a alian?a multicor do teu amor, ajude-nos a a-cor-dar para uma vida rica em plenitude para todos e todas.


 


Envio


D: Irm?o e irm?s, num gesto de confian?a e compromisso olhe para os(as) que estiverem ao seu lado… que o seu sorriso seja contagiante… e seus bra?os e m?os extens?es do seu cora??o. Agora que vamos partir desse lugar lembremo-nos: nossa luta ? grande, mas maior ainda ? aquEle que vai conosco. Nas lutas sejamos obstinados e ternos, sem perder a esperan?a. Conte comigo porque eu conto com voc? em nosso sonho de tornar esse mundo mais justo, mais igual, mais feliz e melhor.


 


B?n??o cantada/declamada – Neusa Cezar (formar uma roda)


 


A b?n??o de Deus nosso Pai [m?os erguidas para o c?u]


A b?n??o de Deus, o filho Jesus [m?os tocando o ch?o]


A b?n??o de Deus, Esp?rito Santo, [m?o no ombro das pessoas ao lado]


Seja com todos n?s.


 


D:-  Dirigente                                                  C: –  Comunidade                           T: todos e todas


Liturgia elaborada por: BasileleMalomalo, Din? da Silva,  Edson C?sar da Silva,  Juliana de Souza, Luiz Carlos Ramos e Neusa Cezar


 


 


 


 


 


(Algumas informa?es estat?sticas que podem ser usadas na confiss?o ou intercess?o)


 


DIGA N?O A DISCRIMINA??O E ?S INTOLER?NCIAS


 


A Igreja Metodista ? chamada a ouvir o clamor do povo negro brasileiro:


 


1. As mulheres negras morrem durante a gravidez  principalmente por causa da hipertens?o arterial  o que  pode denotar m? qualidade de aten??o prestada durante o pr?-natal e ao parto ou ainda menor acesso aos servi?os. (Fonte: Brasil. Minist?rio da Sa?de, 2005. (http://200.214.130.54/svs/)


 


2.Tr?s vezes mais mulheres negras morrem na idade reprodutiva por complica?es na gravidez, parto e puerp?rio (p?s-parto) em  compara??o com as mulheres brancas ( Fonte: Manual de assist?ncia ? sa?de da mulher negra)


 


3 – Risco de morte por doen?as infecciosas e parasitarias: 60% maior em crian?as  pretas e pardas com menos de 5 anos que outras crian?as(Fonte: Brasil. Minist?rio da Sa?de, 2005. (http://200.214.130.54/svs/)


 


4 – No Brasil 40% das m?es dos nascidos vivos referiram ter feito 7 ou mais consultas de pr?-natal.  Os menores percentuais foram observados para m?es pretas, pardas e ind?genas. Nas regi?es norte e nordeste o numero de consultas cai, independentemente da escolaridade da m?e.


(Fonte: Brasil. Minist?rio da Sa?de, 2005. (http://200.214.130.54/svs/)


 


5 – As mulheres negras – pretas e pardas – recebem 50% a menos que brancas, diz IBGE; renda m?dia foi de R$ 330 para R$ 300 no Sudeste pesquisa mostra que mulheres negras e pardas ganham ainda menos do que as brancas. Em 2000, elas recebiam em m?dia 51% do rendimento m?dio das brancas. A diferen?a salarial ? maior na ?rea urbana do Estado do Rio, onde as pretas e pardas chegam a ganhar s? 48,6% da renda das brancas.( Fonte:Folha de S?o Paulo DINHEIRO, de 23 /05/ 2006)


 


6 – Segundo pesquisa do SEADE aponta que 39,0% dos desempregados eram negros/as


 


7 a popula??o negra do Estado de S?o Paulo ? de 27,2%


 


8 – Fonte:  Ag?ncia Estado:26 Set /09/2006


 A segunda edi??o da pesquisa Retrato das Desigualdades, realizada pelo Instituto de Pesquisa Econ?mica Aplicada (Ipea) e pelo Fundo de Desenvolvimento das Na?es Unidas para a Mulher (Unifem), aponta que :


 


Os/as negros comp?em 71%  do grupo do grupo dos mais pobres da popula??o brasileira enquanto que entre os 10% mais ricos os negros representam  apenas 18% contra 82% de brancos.


 


O grupo que mais sofre discrimina??o – racismo e sexismo – ? o de mulheres negras:  demoram mais para conseguir trabalho, t?m menos escolaridade e menos acesso a cuidados para a sa?de, trabalham mais tempo e t?m a pior remunera??o.


O estudo mostra que em 1993 os brancos estudavam 2,1 anos a mais que os negros, e que em 2004 a diferen?a caiu para 1,9 ano ..


 


O acesso ? sa?de tamb?m ? diferenciado, aponta a pesquisa.


44,5% das mulheres negras nunca haviam realizado exame cl?nico de mamas em 2004, o total de brancas sem o exame era de 27%


 


20% da popula??o negra nunca fizeram consultas odontol?gicas, contra 12% da popula??o branca.


 


Em rela??o ? exclus?o digital, 92,4% da popula??o negra n?o tinham acesso a um computador em 2004, contra 76,9% da popula??o branca.


 


O percentual de negros que n?o tinha acesso ? internet era de 94,7% e o de brancos, de 82,2%.


 


9 – Cotistas da UFABC se superam: A institui??o destinou 50% das suas 1.500 vagas a alunos provenientes da escola p?blica, com uma subcota para negros e ind?genas. Se o sistema n?o tivesse sido adotado 158 dos 750 estudantes n?o teriam tido acesso ? Universidade. Segundo os dados divulgados pela Universidade a nota m?xima dos aprovados n?o cotistas foi 88,8 contra 84,6 dos cotistas. A nota m?nima dos n?o cotistas foi 58,3 contra 53,7 dos cotistas, diferen?as consideradas praticamente insignificantes. ( Fonte: Afropress – 12/9/2006)


 


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