Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013

25% do tempo é usado para a prática de mentir

Ao contrário do que muitos pensam, a mentira é um artifício inserido no cotidiano. É o que revela estudo realizado  pela psicóloga Mônica Portela. No livro “Como Identificar a Mentira”, Mônica observa que em 25% do tempo das pessoas falta sinceridade.

Especialistas afirmam que a ‘prática’ da mentira é usada em benefício próprio ou para evitar magoar alguém.

Um dos princípios da mentira é extrair algo positivo dela. “Ela faz parte da vida do indivíduo. A escolha entre dizer uma verdade ou não é norteada pela busca do benefício pessoal”, explica a psicóloga Hilda Rosa Capelão Avoglia, coordenadora do curso de psicologia da Umesp (Universidade Metodista de São Paulo).

O uso da mentira está diretamente ligado ao meio em que o indivíduo vive, às situações pelas quais passa e ao ambiente no qual cresce e aprende. A prática de mentir começa na infância. Segundo Hilda, a criança usa a não-verdade como forma lúdica e também para se opor contra o mundo adulto.

O uso da mentira pode até mesmo ser aplicado para safar alguém de uma dura realidade. “Mentir ou omitir para não magoar uma pessoa, dependendo da situação, pode ser praticado”, explica Nicodemus Borges, psicólogo e professor da Universidade São Judas Tadeu. “Às vezes, o indivíduo não está preparado para ouvir a verdade”, completa o especialista.

Aos mentirosos de plantão, os especialistas dão a dica para parar com a prática: amadurecer. “Mesmo que a vontade de mentir seja grande, uma pessoa madura conseguirá dar conta dela sem negar a realidade”, completa Hilda.

Mitômanos evitam a realidade

Mentir faz parte do cotidiano, porém, tem de ser um artifício bem dosado para não se tornar crônico. “Usar esta prática o tempo todo poderá comprometer as relações familiares e sociais e transformar o indivíduo em alguém sem credibilidade e no qual não se pode confiar”, explica a psicóloga Hilda Avoglia.

Neste caso, além da busca de benefícios pessoais, a especialista explica que é uma forma de as pessoas se protegerem. “A mentira se constitui em uma estratégia para se defender dos conflitos em dizer a verdade”, afirma.

A opção seria desenvolver uma maior autocrítica junto ao crescimento da mente, o que nem sempre é possível para os que possuem mitomania, que é a tendência de mentir muito.

“Ao mentiroso crônico faltam recursos internos capazes de enfrentar a realidade”, conclui a psicóloga.

Série traz ‘caçadores’ de inverdades

O ditado “mentira tem perna curta” é constante na série americana “Lie To Me”, transmitida pelo canal fechado Fox. Na trama, a equipe Lightman Group é especialista em descobrir se suspeitos falam a verdade ou não nas salas de interrogatório de uma delegacia.

A equipe é liderada pelo cientista Cal Lightman, interpretado por Tim Roth, e presta serviços a órgãos do governo e também para a polícia. Descobrem se um suspeito mente através da análise de seus movimentos corporais, chamados de microexpressões.

Movimentos faciais, como piscadas rápidas, e também engolir a saliva repetidamente, podem indicar que a pessoas mentem ou omitem algo. Essas expressões são involuntárias e podem revelar imediatamente se a pessoa mente.

Agência Bom Dia


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