Jonas Brothers

Depois de Menudo, New Kids on The Block e Rebeldes, a vez agora ? dos Jonas Brothers. Os irm?os Nick, Kevin e Joe Jonas formam o trio de sucesso que est? mexendo com o mundo teen. H? quem diga at? que eles s?o os novos Beatles. Exageros ? parte, a verdade ? que a m?sica dos meninos comportados de ternos bem cortados est? na boca da garotada.









Al?m de m?sica, filme, f?s, turn?s mundiais e muita badala??o, o trio volta e meia se depara com perguntas sobre seus an?is da pureza. Esse anel ? fruto de um movimento pentecostal norte-americano denominado "True Love Waits" (o verdadeiro amor espera) que surgiu entre os jovens, no in?cio da d?cada de 90, pregando abstin?ncia sexual antes do casamento.
Filhos de um pastor pentecostal, os Jonas Brothers n?o gostam muito de falar sobre o assunto, apenas declaram que tal anel simboliza seu compromisso firmado com Deus de se manterem virgens at? o casamento.


Diferente dos irm?os Jonas, que n?o d?o muita ?nfase nisso, volta e meia o anel da pureza usado por eles, por Miley Cyrus (int?rprete de "Hannah Montana") e outras estrelas teens est? na m?dia e hoje faz parte do acess?rio de muitos adolescentes, principalmente das meninas.
Em tempos nos quais virgindade e caretice s?o sin?nimos, entre os jovens e adolescentes, n?o ? de se espantar que qualquer movimento contr?rio a isso cause certo frisson. O fato ? que os Jonas Brothers, al?m de ganharem as adolescentes com sua m?sica e o seu jeitinho de "pr?ncipes encantados", ganham tamb?m o cora??o de pais e m?es que, aliviados, v?em os an?is nos dedos e a id?ia da castidade na cabe?a das filhas e filhos.
A pergunta que se levanta nesse quadro ?: At? quando? Sim, porque o que vemos no cen?rio midi?tico mundial s?o pessoas e eventos que v?m e v?o, como poeira na estrada. Ser? prudente deixar a educa??o e o comportamento sexual da galera teen a merc? das estrelas cadentes? Diz-se j? de muito tempo que contra fatos n?o h? argumentos. Como fato, temos uma pesquisa feita pelos norte-americanos sobre a "manuten??o da castidade" entre jovens e adolescentes que utilizaram o anel da pureza. Segundo a pesquisa que entrevistou doze mil pessoas, 88% revelaram ter quebrado a promessa.
Mais um fato ? preciso citar: o portal Educacional fez uma pesquisa sobre o/a jovem brasileiro/a da 8? s?rie do Ensino Fundamental ao 3? ano do Ensino M?dio e uma das perguntas era "como o jovem brasileiro encara a quest?o da sexualidade". Dentre os resultados obtidos, vale destacar que 86% j? tinham "ficado" com algu?m pelo menos uma vez. No que diz respeito ?s rela?es sexuais, no caso das meninas a primeira vez acontece geralmente aos 15 anos de idade, enquanto que com os meninos, por volta dos 14. Cerca de 70% das meninas teve rela?es sexuais com parceiros fixos, no caso, namorados, enquanto que a maioria dos garotos, em torno de 57%, relata experi?ncias com parceiras eventuais. O uso da camisinha foi apontado com boa freq??ncia; entretanto, muitas das meninas, quase a metade, acreditaram que poderiam ter engravidado e 31,5% delas utilizaram-se da danosa "p?lula do dia seguinte".
Neste sentido mais perguntas nos cabem: Como Igreja, n?s deixamos nossos/as adolescentes e jovens a merc? das estrelas teens e dos an?is de pureza? Acreditamos que o perfil dos jovens brasileiros tra?ados pela pesquisa n?o contemplam os/as adolescentes e jovens evang?licos?
O Col?gio Episcopal, em sua carta pastoral sobre sexualidade, a partir da p?gina 33 nos aponta algumas pistas pastorais para o encaminhamento desta quest?o. Dentre elas gostaria de citar a responsabilidade da igreja em "colocar-se como um espa?o saud?vel, onde adolescentes e jovens possam exprimir seus sentimentos, falar sobre suas d?vidas e medos, promovendo encontros onde se discutam temas ligados ? sexualidade humana. Se n?o oferecermos em nossas comunidades esse lugar, certamente eles e elas o encontrar?o fora da igreja, sendo que o que ? transmitido nesses espa?os nem sempre est? em acordo com os princ?pios ?tico-crist?os de responsabilidade em rela??o ao pr?prio corpo, de compromisso, e de capacidade de amar e cuidar" (p.35).
Doen?as sexualmente transmiss?veis, gravidez na adolesc?ncia e rela?es superficiais t?m feito, sim, parte do cen?rio juvenil, e n?o podemos nos omitir diante de tudo isso. ? Grande Comiss?o (Mateus 28. 18-20), da qual fazemos parte, cabe ensinar e para isso ? preciso n?o se omitir. Nesse sentido, algumas possibilidades se mostram:
– Procure evidenciar um casal na igreja local que tenha empatia com os juvenis e jovens e estimule-os a promover um espa?o prazeroso e acolhedor para tratarem dos assuntos pertinentes ? sexualidade. Quando esse ambiente confort?vel e de confian?a for formado, busque a contribui??o de profissionais especializados para conversas espec?ficas a partir de d?vidas e demandas que o pr?prio grupo exija.
– A educa??o ? a melhor aliada na luta contra o preconceito. Conhe?o muitas adolescentes gr?vidas que acabaram se afastando da comunidade por n?o encontrarem nela a acolhida necess?ria. Muitas vezes as a?es pastorais inadequadas e o preconceito da igreja acabam por afastar quem mais precisa de acolhida, vamos nos atentar a isso.
Pelo que pude ler e pesquisar sobre os irm?os Jonas, vi que o que faz a diferen?a na vida deles s?o pais amorosos e dedicados, que lhes d?o um modelo familiar saud?vel. Acho que isso ? muito mais forte do que qualquer anel de castidade. Muitos de nossos adolescentes e jovens n?o t?m isso, mas precisam encontrar na igreja a orienta??o e a estabilidade necess?ria. Anel de castidade ? apenas um adere?o… educa??o, compromisso, responsabilidade e amor, isso sim, protegem e orientam as pessoas a uma vida abundante e respons?vel.


Na paz de Cristo,


Andreia Fernandes
pastora da Igreja Metodista do Jabaquara, S?o Paulo

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