O Evangelho de Jesus ? a cura para um mundo desumanizado e sem esperan?as
NOSSO BAIRRO, CIDADE E POVO PRECISAM CONHECER JESUS CRISTO E SEREM TRANSFORMADOS POR ELE
A cada dia que passa s?o veiculadas pelo jornal, TV e internet not?cias que nos chocam, como o assassinato da menina Isabelle supostamente pelo pr?prio pai e a madrasta, o assassinato em Ribeir?o Preto do menino de 5 anos de idade que supostamente sofria maus tratos pela pr?pria m?e e o padrasto, a aparente impunidade do jornalista Ant?nio Marcos Pimenta Neves que confessou assassinar covardemente a namorada a jornalista Sandra Florentino Gomide em 20 de agosto de 2000, ou a vergonha da injusti?a no caso do ent?o promotor Igor Ferreira da Silva que est? foragido depois de ter sido condenado a 16 anos e quatro meses de pris?o pela morte de sua mulher, Patr?cia Aggio Longo, gr?vida de sete meses, em 1998, em Atibaia, no interior de S?o Paulo.
H? ainda essa grande trag?dia dos homens do ex?rcito que entregaram jovens do Morro da Provid?ncia para traficantes inimigos no Morro da Mineira, que os torturaram barbaramente e os mataram.
H? muito mais de descaminho, injusti?a, viol?ncia, corrup??o, se olharmos atentamente as not?cias e a realidade pr?xima que nos cerca.
O Jornal Folha de S?o Paulo noticiava em 4 de fevereiro de 2007: "O tr?fico de mulheres gera receitas anuais de US$ 32 bilh?es no mundo todo, e 85% desse dinheiro vem da explora??o sexual, que s? na Am?rica Latina e no Caribe fez 100 mil v?timas em 2006".
Segundo estimativas globais da Organiza??o Internacional do Trabalho (OIT), 165 milh?es de crian?as, de 5 a 14 anos de idade, s?o v?timas do trabalho infantil. Muitos dos quais trabalham longas horas e em condi?es perigosas. A OIT tamb?m calcula que s? no Brasil h? quase 2 mil pontos de explorac?o sexual infanto-juvenil.
S? no ano de 2007, cerca de 6 mil trabalhadores rurais foram libertados ap?s a??o do Grupo M?vel de Fiscaliza??o do Trabalho Escravo, do Minist?rio P?blico do Trabalho. Das 6 mil pessoas que foram encontradas em 2007, mais da metade estava trabalhando nos canaviais.
Dados sobre o sistema prisional brasileiro mostram que, em 1995, eram 148.760 mil presos no pa?s. At? junho de 2007, havia 419.551 mil detidos em penitenci?rias e delegacias.
N?o d? para falar aqui neste espa?o pequeno, mas pensemos no n?mero de mulheres agredidas e violentadas, nos jovens dependentes de drogas ou envolvidos no tr?fico. Os n?meros s?o vergonhosos e absurdos!
H? muitos outros n?meros: das pessoas desempregadas, dos que vivem ma mis?ria, dos que residem na rua, dos ped?filos e das v?timas desses ped?filos, dos que precisam de atendimento m?dico em hospitais, dos governantes, ju?zes, policiais, etc corruptos… Conforme eu disse, n?meros vergonhosos e absurdos!
Mas temos de conhecer a realidade de nosso mundo e as dores e mazelas de nosso povo. E nos solidarizar com as pessoas e nos comprometer com Deus no seu prop?sito de salvar esse mundo, tanto do inferno depois da morte, quanto do inferno de uma vida sem dignidade, justi?a, oportunidades, sem exemplos que estimulem a cidadania, a justi?a e a solidariedade.
Sem bons exemplos n?tidos e fortes e sem ideais justos e nobres pelos quais lutar, o que fazer sen?o cair no "niilismo", no pessimismo existencial e social? Policiais que deviam proteger viram mil?cia, delegados e juizes que deveriam defender a lei e a democracia envolvem-se com o crime organizado e a corrup??o, padres e pastores que deveriam ser homens de Deus para cuidar dos crentes no Evangelho de Deus e das ovelhas feridas d?o todo tipo de mau exemplo, ferindo mortalmente o testemunho crist?o… se nada merece mais confian?a e nada ? capaz de transmitir mais esperan?a, o que resta a fazer sen?o desligar-se? Desligar-se da realidade. Mesmo da pol?tica (da boa pol?tica), das lutas sociais por um mundo melhor. Resta a aliena??o pelas drogas, pelas religi?es fundamentalistas e alienantes, as alian?as de dar sentido ? vida sendo instrumento da morte. Melhor n?o pensar pra n?o sofrer… e a tenta??o ? crer que tudo ? vaidade e corrup??o… imut?veis.
Os her?is morreram de overdose, disse Cazuza, o controverso poeta e v?tima desses tempos de desesperan?a.
Mas n?s crist?os n?o necessitamos de her?is para vivermos uma vida boa, abundante, fraterna, ?tica e crist?. Porque nossos olhos colocam-se n?o nos exemplos de her?is ou nos maus exemplos dos vil?es ou nos her?is vil?es. Nem nossa f? ? destru?da pelos maus exemplos, mesmo os que v?m de onde mais nos ferem e machucam: da parte de crentes, pastores, bispos e todo tipo de religioso crist?o.
Nossos olhos est?o em Cristo, nosso Senhor, exemplo, caminho, for?a, esperan?a e fonte de alegria e vida.
Por causa dele n?o desanimamos de viver pelo poder do Evangelho. Por causa do Evangelho que nos fala do Reino n?o desistimos de ser luz nesse mundo tenebroso, de ser sal nesse mundo ins?pido, de ser perfume nesse lama?al f?tido de pecado, de ser amor nesse mundo de rela?es pessoais e sociais doentes, de sermos testemunhas vivas e transparentes nesses tempos de credulidade nos poderes m?gicos, esot?ricos, tecnol?gicos e na for?a da viol?ncia e nesses tempos de incredulidade na bondade, na solidariedade e no Deus revelado por Jesus.
O que podemos fazer nesse mundo? Nos agarrar ao amor de Deus, cantar e celebrar tanto a nossa f? quanto a nossa amizade com Deus e partilhar de gra?a o que de gra?a temos recebido: h? um Deus vivo que se importa com as pessoas, que chora as dores das pessoas, que se alegra com as vit?rias das pessoas e que deseja que esse mundo, e o modo de vivermos seja diferente, com mais amor, mais alegria, mais solidariedade, mais cores e sabores.
Jesus e seu amor s?o respostas eficazes para nosso tempo, o poder que restaura a esperan?a e a ?tica, o amor que transforma as pessoas em seres realmente humanos e que faz a vida em fam?lia e em sociedade ser bem melhor. Nosso bairro, cidade e povo precisam conhecer Jesus Cristo e serem transformados por ele. N?o o Jesus das teologias dogm?ticas e doutrin?rias, mas o Jesus dos Evangelhos. Aquele que veio para que tenhamos vida e vida com abund?ncia.
As pessoas, por mais incr?dulas e de vida errada, t?m de esperar isso de n?s, ou ao menos t?m de saber e ter esperan?as que n?s podemos ser assim, viver assim e fazer assim. Pois num mundo sem esperan?as, de onde n?o se espera nada, nada vir? realmente.
Pr. Ronan Boechat de Amorim , Igreja Metodista em Vila Isabel, RJ