Uma reflex?o sobre a separa??o conjugal
Amados irm?os,
Que a ternura de nosso Deus e Pai conserve nossas vidas em pleno vigor e paix?o.
Fico feliz por ter este espa?o de manifesta??o sobre temas ou reflex?es contidas no nosso site e nosso amado Expositor Crist?o.
Gostaria de me posicionar sobre a reflex?o do Pr. N?lson da Silva Jr. intitulada: Filhos de Pais Separados.
Antes, por?m, quero dizer que sou tamb?m filho de pais separados, o que me permite sentir algumas coisas semelhantes a outros filhos – l?gico que sentimentos s?o sempre diferentes e marcantes.
Tamb?m me permito colocar que sou separado h? quase seis anos e que sou casado novamente com a mulher da minha vida. Por que digo da minha vida? Porque parece algo muito meu, isto ?, egoisticamente meu. Tenho tr?s filhas maravilhosas, nas idades de adolesc?ncia e crian?a. Consigo, apesar “da minha vida”, alcan?ar um grau de relacionamento familiar muito mais intenso do que antes. Isso dito por uma das partes que provavelmente mais sofreu e menos esperava uma separa??o de seus pais: as filhas.
Ent?o, como filho e pai separado (n?o separado dos pais e das filhas), inquieta-me alguns assuntos relacionados com a “separa??o conjugal”:
1?) Numa separa??o, creio eu, n?o existe nenhuma possibilidade das partes envolvidas n?o sa?rem machucadas;
2?) Numa separa??o, creio eu, h? grandes possibilidades das partes terem uma conviv?ncia verdadeiramente fraternal e intensa;
3?) Numa separa??o, creio eu, faz-se premente o acompanhamento espiritual, pscicol?gico e soci?vel de todos os setores aos quais nos relacionamos.
? neste terceiro ponto que pretendo ater-me um pouco mais.
Como seres sociais que somos em todos os aspectos, carecemos de profunda ajuda em momentos de decis?o t?o importante: seja na nossa rela??o familiar, seja no nosso relacionamento profissional, seja no nosso relacionamento de amizade ?ntima, seja no nosso relacionamento igreja-membro ou vice-versa. E, quando um destes elos rompe-se, tenho a sensa??o que a vida perde o seu brilho, tornando-se p?lida e esbranquecida.
No meu caso espec?fico, o elo que quase se rompeu totalmente foi o elo da igreja. Ainda sinto, e muitos que passaram e passam devem sentir tamb?m, a orfandade da igreja neste instante duro, de desilus?o, desesperan?oso e “pecador”.
A igreja precisa, a meu ver, preparar-se mais adequadamente para ser um agente da gra?a de Deus, mesmo que isto possa contrariar a vis?o de tantos que cr?em que a uni?o matrimonial ? indissol?vel. Pessoas tem mente, cora??o e corpo. Todas estas partes quando andam em descompasso geram um desequil?brio brutal na vida de qualquer ser.
Mesmo sabedor que minhas filhas sofreram, a uni?o indel?vel entre pais e filhos, quando bem trabalhado e administrado, ? indissol?vel.
Quando a igreja serve como um colo para aconchego de todas as partes envolvidas neste processo dif?cil, as feridas s?o cicatrizadas com muita mais rapidez.
Sinceramente gosto de me lembrar dos momentos passados no processo de separa??o, porque eles me levam a valorizar a preciosa uni?o que vivo com o Pai de toda a bondade, “minha mulher”, minhas filhas amadas e minha igreja aben?oadora.
Que Deus continue transbordante em nossas vidas.
Jorge Mattos Brasil
Membro Igreja Metodista no Estreito
Florian?polis – SC
