Amor via a?rea: o trabalho de voluntariado
"N?o possuo nem prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou…" Atos 3.6
Os dicion?rios dizem que volunt?rio ? aquele que age por "vontade pr?pria". Mas quem, por vontade pr?pria, sairia de uma linda cidade europ?ia ou do conforto norte-americano para carregar cimento ou limpar nariz de crian?a em algum recanto long?nquo de um pa?s do chamado "terceiro mundo"? Os dicion?rios se esquecem de dizer que existe algo muito mais forte impulsionando a vontade humana nos v?rios trabalhos volunt?rios que est?o sendo feitos atualmente no Brasil, por meio de conv?nios com a Igreja Metodista na Alemanha e nos Estados Unidos. O amor crist?o tem impulsionado jovens, adultos e idosos para a atua??o em projetos sociais brasileiros. Eles chegam aqui carregando apenas a vontade de ajudar e voltam para seus lares enriquecidos pela experi?ncia da solidariedade.
A alegria que surpreende os alem?es
A alem? Katrin Lengerer, 23 anos, veio ao Brasil para um per?odo de seis meses, como integrante de um programa de voluntariado conduzido pela Igreja Metodista na Alemanha. Est?
Martin Gr?tze tamb?m se surpreendeu com a alegria de viver demonstrada pelas pessoas que vivem nas favelas do bairro da Gamboa, Rio de Janeiro. Ele ? volunt?rio no Instituto Central do Povo, onde fica at? o final de agosto. "As pessoas aqui n?o t?m dinheiro e est?o sempre alegres, brincando toda hora". ? bem verdade que o esp?rito brincalh?o do povo carioca chegou a confundir v?rias vezes o jovem alem?o, alvo f?cil de piadas: "A l?ngua ? muito dif?cil e a cultura, completamente diferente. Eu nunca sabia quando estavam falando s?rio comigo ou quando estavam brincando", conta Martin.
O triste contato com a viol?ncia
Para Simone Weight, de 22 anos, o choque cultural ocorreu logo ao chegar de Berlim. Numa visita ? Florian?polis, uma pessoa que ela nunca havia visto na vida a levou para conhecer toda a cidade. O que para n?s parece absolutamente normal, para Simone era novidade: "Um alem?o n?o faria isso", ela diz. Atualmente, Simone est? na cidade de Santo Ant?nio da Platina, Paran?, auxiliando no Projeto B?ia-Fria. Contudo, ao contr?rio de seus colegas volunt?rios, ela n?o tem uma experi?ncia positiva para contar. Simone percebeu a pobreza
Americanos em miss?o
Melhorar as condi?es materiais da comunidade ? um dos objetivos dos metodistas norte-americanos que chegam ao Brasil pelo projeto Volunt?rios em Miss?o. Homens e mulheres de todas as idades, classes sociais e profiss?es chegam com disposi??o para construir igrejas, realizar EBFs, prestar assist?ncia m?dica
No final de maio e in?cio do m?s de junho a Comunidade Metodista
Suzel Tunes
Caminhos de chegada e sa?da
Existem v?rios programas de voluntariado que atuam no Brasil. A Igreja da Alemanha ap?ia o envio de jovens estudantes. Os rapazes alem?es podem, inclusive, substituir o servi?o militar pelo trabalho volunt?rio. A Igreja Metodista Unida, dos Estados Unidos, desenvolve o programa Volunt?rios em Miss?o, que envia pessoas de todas as idades para projetos diversos, como constru??o de igrejas, realiza??o de EBF?s, servi?os m?dicos no Barco Hospital, etc. A Junta de Minist?rios Globais (tamb?m dos Estados Unidos) envia volunt?rios para atuar em projetos em defesa dos direitos humanos. Atualmente, h? duas pessoas trabalhando no projeto Meninos e Meninas de Rua de S?o Bernardo do Campo, S?o Paulo. "Na maioria das vezes, os participantes do grupo Volunt?rios em Miss?o cobrem individualmente suas pr?prias despesas com transporte, alimenta??o, hospedagem e ainda contribuem para um fundo de ajuda aos projetos nos quais vem trabalhar. "H? alguns casos em que a Igreja local que lhes envia contribui tamb?m para esse fundo, ou concede ajuda para diminuir as despesas de viagem, mas isso ? quase uma exce??o.", afirma Teca Greathouse, mission?ria da Igreja Metodista Unida nomeada para a Funda??o Metodista de A??o Social e Cultural (BH), que tem atuado como int?rprete de v?rios grupos que chegam ao Brasil.
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Simone (acima) e Katrin: elas v?m do mesmo pa?s e chegaram ao Brasil com a mesma disposi??o em ajudar. Mas t?m hist?rias diferentes para contar. | ![]() |