“Um dia vi colegas de faculdade favor?veis ao aborto indiscriminado protestando contra os EUA por tentativa de invas?o de um pa?s latino-americano, como se este pobre pa?s fosse o quintal deles. Depois disso eu disse ao l?der do Diret?rio Acad?mico, que esteve ali entre eles: “Da mesma forma como se protesta contra os Estados Unidos por tratar esse pa?s como uma simples extens?o territorial sua, n?o reconhecendo a sua soberania, a mulher que acha que aborto ? nada mais do que o seu direito est? tratando a crian?a como uma simples extens?o biol?gica do seu corpo de mulher, n?o reconhecendo a sua individualidade.”

Sou contra o aborto feito fora da previs?o da lei e do Poder Judici?rio (risco de vida para a mulher, feto anenc?falo, estupro) e sou a favor de uma permanente campanha de controle de natalidade, inclusive revogando-se da lei atual a exig?ncia de que s? possa ser esterelizado quem j? tenha dois filhos. Entendo que a todas as pessoas sem renda para criar futuros beb?s deveria ser dada a chance preferencial de fazer planejamento familiar, de fazer controle da natalidade e de se esterilizar em hospitais p?blicos. Quem n?o tem compet?ncia, n?o se estabele?a: isso ? melhor do que termos hoje milh?es de crian?as abandonadas nas ruas, que s?o escolas do crime.

Quem quer mudar de sexo no Brasil, cortando completamente os ?rg?os genitais fora, n?o precisa antes ter dois filhos, mas quem quer fazer uma simples vasectomia, seccionando apenas os canais deferentes, ? obrigado pela lei vigente a antes ter dois filhos, isso n?o ? um absurdo?

Assim, refor?o a defesa que faz o grande jurista Ives Gandra Martins (veja o programa Conhe?a a Constitui??o na TV aberta, Rede Vida de Televis?o, domingo 20:30): como ele lembra, o C?digo Civil assegura os direitos do nascituro, ou seja, desde a concep??o o ser humano tem o sagrado direito ? vida!