O dilema em torno do debate da Ordena??o de Mulheres ao Minist?rio Pastoral finalmente foi decidido por uma vota??o acirrada de 155 pastores: 65 votos a favor e 58 contra na Assembl?ia Extraordin?ria que ocorreu no ?ltimo dia 20 de julho em Afonso Cl?udio.
Isso significa que as igrejas arroladas ? Conven??o Batista do Estado, poder?o solicitar a Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, se??o ES, o conc?lio e a ordena??o de mulheres ao Minist?rio Pastoral. O of?cio que era at? ent?o praticado por homens, poder? agora ser exercido pelas mulheres, tais como: celebrar casamentos, batismos, ceia, aconselhamento pastoral, presidir as assembl?ias administrativas, votar e ser votada para a composi??o da diretoria da Ordem dos Pastores, dentre outros.
A decis?o de ordenar mulheres ao minist?rio pastoral, segundo o secret?rio-executivo, pastor Luiz Klitzke, dever? estimular os batistas a se interessarem pelo pastorado, que requer forma??o acad?mica, exame aplicado por uma banca de pastores e aceita??o do conc?lio.
O diretor do Minist?rio de Miss?es Urbanas, pastor Celso Godoy, admite que h? quem diga que n?o existe na B?blia indica??o para que mulheres exer?am esse papel. “Mas tamb?m n?o est?o delegados papel de diaconisa, educadora crist? e musicista, onde elas atuam com muita compet?ncia”.
Por?m para o pastor Josu? Amorim, da Igreja Batista Central da Serra, a quest?o do minist?rio feminino, quando analisado ? luz da B?blia, perde inteiramente sua legitimidade, e “conclui n?o ser poss?vel existir nas Igrejas, as pastoras”. Segundo ele, toda argumenta??o favor?vel ao minist?rio pastoral feminino, segue uma linha, hist?rico social.
Abordagem esta que n?o pode se ignorada, mas que tamb?m n?o ? suficiente para nos dar a seguran?a necess?ria para viver a vida crist? como obreiro aprovado. Para ele somos de uma Igreja Democr?tica, e o que votamos, tem validade, mas a reflex?o, sempre foi a marca dos Batistas ao longo da sua hist?ria. O tema continua aberto, nossa reflex?o n?o para, as mulheres tem sido b?n??o em nossas Igrejas. E, diga-se de passagem, elas n?o foram consultadas, ser? que elas querem ser pastoras?
Giselly Fernandes de Souza e Juliana Pimentel Santos, s?o alunas do curso de teologia do Semin?rio Teol?gico Batista do Estado do Esp?rito Santo (SETEBES). Giselly ? a ?nica mulher numa turma de 17 homens. Admite que, ao longo de quase quatro anos de forma??o, foi chamada de pastora por colegas, em tom de deboche. Ela diz que sempre soube que n?o h? desigualdade entre os sexos.”Nas aulas, recebemos as mesmas informa?es, frisa”. J? para Juliana, de 19 anos que atua como l?der no Minist?rio de Adolescentes da Igreja Batista de Praia Grande, em Fund?o. Mais um tabu est? sendo rompido. Ela n?o descarta a possibilidade de, no futuro, vir a ser uma pastora, mas admite que “os homens se sentem mais ? vontade com o t?tulo”.
Fonte: Primeira Igreja Batista de Vit?ria