Palavra Episcopal outubro 2007







 

Jo?o Carlos Lopes, Bispo da 6? Regi?o Eclesi?stica

"Ora, tudo prov?m de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo e nos deu o minist?rio da reconcilia??o, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, n?o imputando aos homens as suas transgress?es, e nos confiou a palavra da reconcilia??o. De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso interm?dio. Em nome de Cristo, pois, rogamos que vos reconcilieis com Deus". – II Cor?ntios 5.18-20


Na breve passagem de II Cor?ntios 5.18-20 o ap?stolo Paulo usa cinco vezes o termo "reconcilia??o". O termo original usado ? "katallosso" e passa a id?ia de troca, mudan?a ou restaura??o.


No texto, a id?ia ? de mudan?a de uma situa??o de inimizade para uma situa??o de amizade. ? restaura??o da amizade.


Esse ?, sem d?vida, um conceito fundamental da mensagem crist?. O ser humano encontra-se separado de Deus e essa separa??o se manifesta em sentimento de culpa, hostilidade e desesperan?a. Assim, a comunica??o da mensagem de reconcilia??o ? o conte?do primeiro e a raz?o de ser do minist?rio crist?o. O/a crist?o/? ? ent?o, acima de tudo, um/a comunicador/a da mensagem de reconcilia??o. O ap?stolo usa a express?o "ministro da reconcilia??o".


Vejamos alguns aspectos desse minist?rio encontrados no texto de II Cor?ntios 5.18-20:


1. O minist?rio da reconcilia??o tem sua origem em Deus:


O texto inicia com a afirmativa: "ora, tudo prov?m de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo…". O minist?rio da reconcilia??o n?o ? a descoberta de um pastor ou uma oferta dessa ou daquela denomina??o. ? decis?o de Deus.


O pecado resultou em inimizade entre Deus e o ser humano (Isa?as 59.1-2). Mas o evangelho proclama que Deus tomou a iniciativa de reconciliar o ser humano com Ele.


Aqui ? importante fazer uma clara distin??o: N?o ? Deus que ? reconciliado com o ser humano, como se Deus tivesse parte da culpa da inimizade. Foi o ser humano que se afastou de Deus e, portanto, precisa ser trazido de volta.


Quando duas pessoas precisam ser reconciliadas, normalmente a situa??o envolve erro de ambas as partes. Por?m, n?o ? esse o caso do ser humano com Deus. Deus n?o errou. Mesmo assim, conforme o texto, Ele tomou a iniciativa "n?o imputando aos homens as suas transgress?es".


2. O minist?rio da reconcilia??o pressup?e uma experi?ncia pessoal:


N?o nos tornamos ministros da reconcilia??o porque fizemos um curso de teologia, ou porque temos habilidade para falar e convencer pessoas. Somos ministros da reconcilia??o, em primeiro lugar, porque n?s mesmos experimentamos reconcilia??o com Deus. O ap?stolo Paulo afirma que Deus "nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo".


3. O minist?rio da reconcilia??o n?o requer qualidades extraordin?rias (super-poderes) dos ministros:


O ap?stolo Paulo afirma que Deus "nos confiou a palavra da reconcilia??o".


Em cada gera??o a palavra da reconcilia??o ? transmitida por homens e mulheres comuns. Pessoas cultas ou incultas; ricas ou pobres; aut?nomas, com bom emprego ou desempregadas; negras, brancas, amarelas ou vermelhas. Mas sempre pessoas comuns. Nunca um tipo especial de pessoas, nem pessoas poderosas. N?o precisamos ser poderosos. O Deus a quem servimos, Ele sim ? poderoso.


4. O minist?rio da reconcilia??o ? investido de autoridade:


O ap?stolo Paulo conclui: "De sorte que somos embaixadores em nome de Cristo, como se Deus exortasse por nosso interm?dio".


Embaixador ? um porta-voz oficial de uma na??o. Sua palavra tem o respaldo do chefe de estado que o enviou. Assim ? o nosso minist?rio. Realizamo-lo na autoridade daquele que nos enviou. Mas o fazemos tamb?m com humildade lembrando que aquele que nos enviou ? o Filho do Homem que "n?o veio para ser servido, mas para servir…".


5. Conclus?o:


Vivemos num tempo em que os conflitos se multiplicam. S?o conflitos de car?ter pol?tico, religioso, social, cultural e tantos outros. ? nessa realidade que o povo Metodista ? chamado a ser ministro da reconcilia??o. Que tremendo privil?gio esse chamado representa para n?s. Ao mesmo tempo, que tremendo desafio e que tremenda responsabilidade, visto que para ministrarmos a reconcilia??o, temos o dever de testemunhar nossa disposi??o para vivenci?-la nos nossos relacionamentos.


Que Deus nos ajude a respondermos positivamente a esse chamado, tanto na proclama??o como no testemunho de vida.

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