Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

advento

A Família Metodista Mundial, no primeiro domingo do Advento, uniu-se para Orar pela Paz, em todas as línguas, em nome do Príncipe da Paz.

"Nossa oração é para que o sino da paz ressoe por todo o mundo.

Eu ouço os sinos no Dia de Natal

As velhas canções tocam

E repetem as palavras docemente

Paz na terra aos homens de boa vontade."

                                               (Longfellow)

VEJA A SEGUIR:

Mensagens do Advento

de João Wesley Dornellas, da Igreja Metodista em Vila Isabel, RJ

O Advento

A estação litúrgica do Advento, os quatro domingos que precedem o Natal, é tempo de preparação para a vinda de Jesus.Na Igreja, é tempo de meditarmos sobre os relatos bíblicos que prepararam os acontecimentos que se desenrolaram na pequena cidade de Belém da Judéia.

O nascimento de Jesus não aconteceu por acaso. Também não é um plano de emergência que Deus fez ao constatar que as coisas aqui na terra não estavam indo como Ele gostaria. Nada disto. Esse plano de redenção do homem já estava no coração de Deus antes mesmo da criação do mundo. A Bíblia nos diz: "Ele (Jesus) estava no princípio com Deus. Todas as coisas foramfeitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez".

Antes de criar o homem, "o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus". O nosso bom Deus jamais escondeu o seu plano de redenção mas, com muito amor, o comunicou.

Nesse tempo de espera para o Natal - o Advento - nós refletimos sobre os acontecimentos mais importantes relacionados ao Natal.Primeiro de tudo, a Aliança que Deus fez com a humanidade através de Abraão. Num segundo passo, Deus relembra, através dos profetas, suas promessas de amor e pede firmeza. Num terceiro passo, através do anjo Gabriel, Deus anuncia a Maria que ela foi a escolhida para ser a mãe de Jesus. Finalmente, os anjos descem do Céu e anunciam aos pastores que a promessa foi realizada e que Jesus havia nascido em Belém.

Advento é tempo de espera. É tempo de esperança. Assim, neste período lindo do ano, vamos manter firme a nossa esperança no cumprimento das promessas, especialmente a de poder participar como convidados especiais do grande banquete que está preparado para nós.Como nos diz a Bíblia, "na esperança fomos salvos".

PRIMEIRO DOMINGO DO ADVENTO

A Aliança

O Advento é o tempo de preparação para a vinda de Jesus.Na Igreja, a estação litúrgica do Advento é tempo propício de reflexão sobre os textos bíblicos que deram uma antevisão dos eventos tão bonitos e cheios de poesia que aconteceram em Belém da Judéia.

A vinda de Jesus - o infante que nasce numa humilde manjedoura - não aconteceu por acaso. Tudo estava, desde o princípio, no coração de Deus. "Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez" (Jo 1:2-3).

O nascimento de Jesus ou, mais apropriadamente, "o verbo que se fez carne", não é um plano de emergência da parte de Deus ao verificar que as coisas aqui no mundo não estavam ocorrendo como Ele gostaria que ocorressem. Nada disto. Antes de criar o homem, "o Verbo (já) estava com Deus e o Verbo era Deus".

Deus não escondeu consigo o plano que criou para a redenção do homem. Esse não foi um segredo guardado a sete chaves por Deus. Pelo contrário, Deus comunicou. O Antigo Testamento vai tecendo, livro após livro, em informações bem claras, o enredo maravilhoso do seu Plano de Salvação.

Jesus, em plena missão, dizia ser "o caminho, a verdade e a vida" e que ninguém iria ao Pai senão por ele. A sensibilidade de Luiz Otávio Dornellas nos mostra, em trecho do seu livro "O Deus Quântico", que "Jesus é o caminho que Deus toma para chegar junto a nós. Foi Ele quem atravessou a distância entre o divino e o humano, tornando-se a Síntese, um só. Ele quem deixou a eternidade e o infinito para ser efêmero e finito e, com isto, nos resgatar da visão errônea do passado. Essa é a essência da Graça. A iniciativa é dele. Jesus é o caminho porque através dele Deus veio até nós, e não o contrário".

No Primeiro Domingo do Advento, nós nos lembramos da promessa feita a Abraão. Mais do que uma promessa vaga, o que houve, na realidade, foi um pacto entre Deus e o Homem, uma verdadeira aliança entre Deus, o criador, e Abraão, a criatura, símbolo de toda a espécie humana.

Ao chamar Abraão e constituí-lo no pai de uma grande família, Deus fala de maneira muito clara:

"Multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus, e como a areia que está na praia do mar, e a tua semente possuirá a porta dos seus inimigos. E em tua semente ( Jesus) serão benditas todas as nações da terra".

Abraão confiou na promessa, promessa que Deus cumpriu fiel e amorosamente. De sua descendência nasceu Jesus, concebido pelo Espírito Santo de Deus e filho de Maria, aquela que achou graça perante Ele.

Iniciando o período do Advento, ao relembrarmos aquela Aliança, que se cumpre no Natal de Jesus, não podemos nos esquecer de uma coisa muito importante: nós somos herdeiros da promessa. Isto nos obriga a uma vida diferente, a uma vida com sentido bem mais amplo do que a simples comemoração festiva à qual nós já nos habituamos.

Como bem disse Philip Potter, ex-secretário do Conselho Mundial de Igrejas, "Natal é tempo de penitência, de metanoia (mudança de mente). Um tempo no qual avaliamos nossas vidas e a vida de nossas sociedades pela vida encarnada de Cristo. Um tempo no qual relembramos, com Bonhoeffer, que ´não é qualquer ato religioso que faz de um cristão aquilo que ele é, mas sim a participação no sofrimento de Deus na vida do mundo´.

Isto é metanoia. Um tempo no qual, em penitência, confiantemente abandonamos o medo das ameaças à sobrevivência pela alegria de viver com e pelos outros na liberdade e na unidade que Cristo trouxe e traz no Natal.

Natal é, portanto, um desafio para concretizar a metanoia,o arrependimento, tanto em nossa vida pessoal como em nossa existência social e religiosa".

Neste Primeiro Domingo do Advento, nós que somos legítimos herdeiros da promessa, temos que levar a mensagem de Esperança aos que ainda não reconhecem Jesus como Salvador. E manter firme a nossa própria esperança no cumprimento de outras promessas que foram feitas, especialmente aquela de poder participar, um dia, como convidados especiais, do grande banquete que está preparado para nós. Até lá, vamos fortalecer a nossa Fé e manter bem firme a nossa Esperança. "Porque - como nos diz a Bíblia - na esperança fomos salvos".

Seja este Natal de 2006, para todos os que fazem parte da comunidade metodista, uma oportunidade de lembrar, com muita alegria, que somos legítimos herdeiros das promessas que Deus fez a Abraão e que isto nos obriga, se quisermos ser realmente fiéis, a ter um maior comprometimento com nosso Deus. Só assim terá sentido a comemoração do Natal de Jesus.

SEGUNDO DOMINGO DO ADVENTO

A Profecia

Hoje é o segundo domingo do Advento. No domingo passado relembramos a aliança que Deus estabeleceu com Abraão. A história toda está na Bíblia. Abraão gerou a Isaac e este a Esaú e Jacó. Um dos filhos de Jacó - José - vendido por seus irmãos como escravo, acabou no Egito onde, depois de muitas peripécias, acabou sendo um dos principais assessores de Faraó, encarregado de orientar o plano de produção e estocagem de alimentos nos sete anos de vacas gordas para que o povo pudesse sobreviver nos sete que viriam a seguir, o período das vacas magras.

José acabou sendo, como a Bíblia mostra, a salvação de toda a família, que acabou emigrando para o Egito. Com o passar dos anos, os judeus se multiplicaram e acabaram sendo um problema para um dos faraós que vieram depois. O resultado foi que o povo judeu acabou sendotransformado em escravo. Assim se passaram 200 anos. Para voltar ao lar - a Canaã - sob a liderança de Moisés e, depois, de Josué, o povo peregrinou 40 anos, enfrentando o deserto, as provações, a perseguição, os inimigos e, até mesmo, a tentação de revoltar-se contra a fuga da escravidão.

Depois, estabelecido como nação, o povo judeu teve reis, muitas guerras, perdeu as mais importantes e virou escravo outras vezes, na própria terra ou no estrangeiro.

Em épocas de grande desolação e de escravidão, quando parecia que Deus havia abandonado o povo que Ele próprio escolhera, apareceram os profetas, aqueles que falavam em nome do Senhor.

Ao mesmo tempo em que criticavam, com muita veemência, os descaminhos e a desobediência dos judeus, os profetas falavam das promessas do Pai e de que seu cumprimento estava próximo. A palavra que eles traziam para aquele povo sofrido era a palavra da esperança. Vale a pena, neste 2º domingo do Advento, relembrar algumas daquelas profecias que tanto animavam o povo e lhe davam a esperança de que as coisas iriam realmente mudar.

"Ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmim, se tornarão como a branca lã" (Is 1:18)

"Mas terra, que foi angustiada, não ficará entenebrecida. O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz. Tu multiplicaste este povo, a alegria lhe aumentaste: todos se alegrarão perante ti como se alegram na ceifa. Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre ele, a vara que lhe feria osombros". (Is 9:34)

"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz". (Is 9:6)

"Porque brotará um rebento do trono de Jessé, e das suas raízes um renovo frutificará. E repousará sobre ele o espírito do Senhor, o espírito da sabedoria e da inteligência, o espírito do conselho e de fortaleza, o espírito do conhecimento e de temor ao Senhor. E deleitar-se-á no temor do Senhor: e não julgará segundo a vista dos olhos, nem repreenderá segundo o ouvir dos seus ouvidos. Mas julgará com justiça os pobres e repreenderá com equidade os manos da terra. E a justiça será o cinto dos seus lombos". (Is 11:1-5)

"Eis aqui o meu Servo, a quem sustenho, o Eleito, em quem se compraz a minha alma; pus o meu espírito sobre ele, juízo produzirá entre os gentios". (Is 42:1)

"Verdadeiramente tomou sobre si as nossas enfermidades, a as nossas dores levou sobre si, e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades: o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras somos sarados"Is 53:4-5)

"E ele será a nossa paz". (Mq 5:5)

São muitos os textos dos profetas a anunciar a vinda e a missão do Messias. Na realidade, mesmo quando repreende o povo, os profetas estão sempre falando que as coisas vão mudar para melhor quando a promessa de Deus se cumprir. O grande valor do Antigo Testamento é justamente este, o de manter, na mente e no coração das pessoas, a esperança do Dia do Senhor, a esperança na vinda do Messias.

Jesus Cristo é o cumprimento das promessas amorosas de nosso Pai, que é Pai de Amor. Aquele menino que vai nascer de maneira bem humilde na pequena cidade de Belém, verbo transformado em carne, esperança traduzida em certeza, é o nosso Salvador. Deus promete, Deus cumpre!

Agora que o Verbo se faz carne e habita entre nós, temos que fazer, primeiramente, que ele viva em nosso coração e realmente dirija a nossa vida. Mas isto é pouco, muito pouco. Como verdadeiros profetas, no entanto, temos que fazer com que a boa-nova de que Deus está conosco seja também uma realidade na vida dos que ainda não têm Cristo como seu Salvador.

Jesus dizia: "Ide e pregai!". Por sua vez, João Wesley enfatizava que "não há nada a fazer a não ser salvar almas". A época do Advento, com sua beleza e poesia, é uma oportunidade valiosa para proclamarmos que Jesus é Deus conosco.

 
TERCEIRO DOMINGO DO ADVENTO
A Anunciação de Maria

O terceiro domingo do Advento, tempo de espera e de preparação para o Natal, é hora de relembrar as últimas providências de Deus para a efetivação de seu plano de redenção do ser humano, o plano que estava em seu coração muito antes da criação do mundo.

O anúncio do anjo Gabriel a Maria é um dos acontecimentos bíblicos de maior beleza e ternura.Ele mostra de maneira muito clara a "loucura de Deus", como bem falava o apóstolo Paulo. Desse modo, a mulher escolhida para ser a mãe de Jesus, que reinará eternamente na casa de Jacó" e receberá o trono de Davi, não é uma princesa ou uma mulher da elite. Nem uma habitante da grande metrópole de Jerusalém. Ela era uma simples camponesa, uma virgem desposada com José, um simples carpinteiro. O anjo lhe fala que ela achou graça diante do nosso Deus.

Ainda aturdida com a revelação recebida, Maria, provavelmente uma simples mocinha em plena adolescência, coloca-se à disposição de Deus dizendo: "Eis aqui a serva do Senhor, cumpra-se em mim segundo a tua Palavra".

Essa disponibilidade de Maria caracteriza o terceiro domingo do Advento. Ao pronunciar aquelas palavras, ela nem de leve podia imaginar que a aceitação do mistério revolucionaria a terra dos homens. E o sinal de contradição se fez dom, presente e carne.

Pela ênfase dada pelos católicos à pessoa de Maria, transformada em "mãe de Deus", e às suas múltiplas "aparições", nas quais se criam novos apelidos para "Nossa Senhora", os evangélicos acabam não dando a devida atenção à jovem mulher que achara graça diante de Deus.

Maria é uma mulher admirável. É realmente cheia de graça, o Senhor é com ela e bendito é o fruto do seu ventre, Jesus. Outro trecho bíblico de grande beleza e profundidade, conforme narrado por Lucas, mostra isto tudo: "A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador. Porque me fez grandes coisas o poderoso; e santo é o seu nome. E a sua misericórdia de geração em geração sobre os que O temem. Depôs dos tronos os poderosos e elevou os humildes. Encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos".

O Deus que se revela a Maria não é o Deus dos poderosos e dosdonos do poder. Porque de seu Filho se poderia dizer que nada tinha, nem lugar para reclinar a sua cabeça.

Ainda hoje Deus está chamando o seu povo para missões difíceis, quase impossíveis. Como a doce e terna Maria, só nos cabe imitar o seu procedimento: aceitar a missão, confiar em Deus, se entregar totalmente a Ele e esperar que Ele faça em nós a Sua exclusiva vontade.

Neste Natal, nós temos uma oportunidade de ouro para esse reencontro com a missão. Somos convocados para proclamar o Evangelho do Reino. Somos enviados para anunciar um novo Reino. Porque Deus se torna carne e habita entre nós. O objetivo da vinda é edificar o Reino que estava prometido desde o princípio. O Reino está próximo. Em muitas oportunidades na Bíblia inglesa, versão do Rei James, o texto é traduzido como " o Reino está às nossas mãos".

O Natal do cristão não pode ser apenas o repartir dos presentes ou o encher da pança em festas que passam muito longe do verdadeiro espírito do Natal. Porque o Natal não é uma simples festinha de família. A verdadeira festa do Natal é na igreja junto com a família da Fé. Nunca é demais falar que, apesar dos erros da Igreja, pois ela tem uma parte humana, composta depessoas que são pecadoras, mas foi por elas que o "menino nos nasceu". Transformar o Natal numa fechada festa da família não é o melhor modo de comemorá-lo.

O grande amor de Deus, fazendo com que o Verbo se faça carne e habite entre nós, exige não apenas uma atitude de ação de graças. Exige muito mais, a dedicação integral de nossas vidas. Tenhamos, pois, um Natal de Paz, de coragem, de denúncia, em busca de um mundo novo. Porque tudo se faz novo no Natal.

QUARTO DOMINGO DO ADVENTO

Os anjos e os Pastores
O que relembramos no quarto Domingo do Advento é o lindo acontecimento da noite de Natal. Nas campinas de Belém, os pastores cuidam de suas ovelhas. É mais uma noite de vigília e nenhum deles, por mais visionário que fosse, sequer poderia imaginar a experiência que viveriam naquela noite sem igual.

Um anjo do Senhor desce onde estavam e a glória de Deus brilhou em torno deles. "Não temais"- disse o anjo - "Eis aqui vos trago boa nova de grande alegria... é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo o Senhor"Após serem avisados que encontrariam a criança envolta em panos e deitada numa manjedoura, eles viram uma multidão da milícia celestial que louvava a Deus dizendo: "Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra aos homens, a quem ele quer bem"..

Não há ninguém que não seemocione com o relato do Natal. São experiências que falam ao nosso coração porque demonstram claramente o grande amor de Deus - que nos amou primeiro - e são o selo final da aliança que, no passado com Abraão, Deus firmou com todo o seu povo aqui na terra.Agora, em Jesus, são benditas todas as famílias da terra.

Por causa do recenseamento, Maria foi dar a luz ao filho de Deus na cidade de Belém, berço de Davi. Nossa história, a história da fé, começa com o recenseamento. Por causa dele, Deus foi contado entre os homens.Desde aquele dia - e para todo o sempre - Deus pode ser contado junto conosco. É isto o que significa Emanuel, Deus conosco. A partir do Natal, Deus é contado entre os homens. No Natal, em contrapartida, pelo seu grande amor, nós também somos contados com Ele. Porque Jesus está entre nós, nós nos transformamos em ovelhas do seu pastoreio.

Portanto, o mais importante no Natal não é que Jesus nasceu mas que ele ainda está conosco. Sua promessa é que nunca nos deixaria sozinhos. E ele, como um bom pastor, tem tomado cuidado de nós.Por isto, não precisamos ter medo, mesmo nos momentos em que andamos pelo "vale da sombra da morte". A promessa que temos éque "sua vara e o seu cajado nos consolam". Ele está sempre conosco.

O anjo proclama "paz na terra" e diz aos pastores que as novas são de grande alegria. Essa alegria do Natal tem que ser compartilhada com todos os homens porque Jesus nasceu para todos. É nosso dever levar a mensagem do Natal e reparti-la com o próximo. Porque a alegria é um fruto do espírito e Paulo afirma que contra ela não há lei.A alegria deve tomar conta de nossa vida, agora quando comemoramos o Natal de Jesus e em todo o ano que está por chegar, o 2007 ,que será certamente, como os anteriores têm sido, um ano da Graça de Deus, cheio de oportunidades para servir.

O anjo fala de alegria e também de paz.. Deus se fez homem para que pudesse haver paz. Essa palavra paz, com tudo o que significa, é um dos alicerces da vida cristã. Paz entre Deus e o Homem. Paz entre o Homem e outro Homem. Paz entre o Homem e a Natureza. Paz entre toda a criação de Deus. Deus se fez Homem para que pudesse haver paz.O anjo colocam juntas duas palavras, glória e paz. Glória é o esplendor de Deus derramado. É assim que se obtém a paz. A paz é o resultado dessa glória. E a glória se manifesta através da paz.

Neste quarto Domingo do Advento, ao relembrar o canto dos anjos na campinas de Belém, não nos esqueçamos das mensagens de alegria e de paz.Como os pastores de Belém, a primeira coisa a fazer é correr ao encontro de Jesus para adorá-lo. Depois, alegres e dispostos a exercer o ministério da paz, sair anunciando que "o Verbo se fez carne e habitou entre nós".E enquanto aguardamos o Natal, não nos esqueçamos de dar muitas graças a Deus por seu maravilhoso amor, por ter sido contado entre nós e, mesmo sem ser merecedores, por termos recebido essa presente maravilhoso que é Jesus, o Salvador de nossas vidas.

ACENDENDO AS VELAS DA COROA DO ADVENTO

(Textos para serem lidos a cada domingo na hora de acender as velas)

Primeira vela da Coroa do Advento

Advento é período de espera pelo Natal de Jesus.O Verbo que se fez carne e habitou entre nós não foi um plano de emergência de nosso Deus para resolver o problema do ser humano.Na verdade, esse plano de redenção do homem estava desde o princípio no coração do Pai.A Bíblia, através do testemunho de João, nos afirma isto: "ele estava desde o princípio com o Pai".

A promessa da vinda de Jesus está contida no pacto, nessa grande aliança que Deus fez com Abraão, o nosso Pai da Fé.Nele, Abraão, seriam benditas todas as famílias da terra. As promessas que Deus fez se cumpriram naquela noite em que Maria, na cidade de Belém, deu à luz seu filho Jesus.

Ao acendermos a primeira vela da nossa Coroa do Advento, nós relembramos a Aliança que Deus fez com o ser humano que Ele criou com tanto amor.Seja este primeiro domingo do Advento uma ocasião propícia para que relembremos aquele pacto de amor e nos preparemos para a grande comemoração do Natal de Jesus.Porque Jesus vem para nossa redenção.Redimidos por Ele, o que temos fazer é divulgar a boa nova e fazer com que muitas pessoas possam beneficiar-se da grande Aliança, do plano amoroso de nosso amado Pai para nós. Que o simbolismo dessa vela ilumine o nosso caminho e nos prepare nestes dias do Advento.

Segunda vela da Coroa do Advento

Hoje é o segundo domingo do Advento, tempo de preparação para a vinda de Jesus.A primeira vela significava a promessa de Deus feito a Abraão, a Aliança que Deus fez com o ser humano.

Muitos anos depois, estabelecido como nação, o povo judeu teve muitos reis, lutou muitas guerras, virou escravo, na própria terra ou no estrangeiro. Em épocas de grande desolação e de escravidão, quando parecia que Deus havia abandonado o povo que Ele escolhera, apareceram os profetas, aqueles que falavam em nome do Senhor.

A palavra que os profetas traziam aos sofridos judeus era uma palavra de esperança. Os profetas falavam das promessas do Pai e que o cumprimento delas estava próximo.

"O povo que andava em trevas viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceua luz. Tu aumentaste a alegria desse povo "Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu. O seu nome será Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz".São palavras do profeta Isaías. O profeta Miquéias completa a profecia ao dizer simplesmente: "e ele será a nossa paz".

As palavras chaves desse período do Advento são, portanto, amor, Esperança, Alegria e Paz. O amor que Deus tem por nós, que chegou ao máximo quando nos mandou Jesus. A esperança de um novo dia, porque "um menino nos nasceu". A alegria que o nosso pai nos aumenta e, finalmente,o Príncipe da Paz será, como disse Miquéias, a nossa Paz. É o próprio Jesus que nos os diz:"A minha paz vos dou".

Neste período do Advento, tenhamos paz com Deus e com os homens.

Terceira vela da Coroa do Advento

Ao acendermos a terceira vela de nossa Coroa do Advento, nós estamos relembrando as últimas providências de Deus para a efetivação do seu plano de redenção do ser humano, plano que já estava no coração de Deus muito antes da criação do mundo.

O anúncio feito pelo anjo a Maria que de seu ventre nasceria o salvador do mundo é uma das mais lindas narrativas da Bíblia.O anjo falou a Maria que ela achara graça diante de Deus. Ainda aturdida pela revelação, Maria, provavelmente uma simples mocinha em plena adolescência, coloca-se à disposição de Deus dizendo: "Eis aqui a serva do Senhor, cumpra-se em mim segundo a Tua Palavra".

A doce Virgem Maria é uma mulher admirável. É realmente cheia de graça, o Senhor é com ela e bendito é o fruto do seu ventre, Jesus.Em outro trecho bíblico de grande beleza, Maria diz: "A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegra em Deus, meu salvador. Porque me fez grandes coisas o poderoso; e santo é o seu nome". E a sua misericórdia de geração em geração sobre os que O temem"

Maria se alegra em Deus, seu salvador.A palavra chave deste terceiro domingo do Advento é Alegria. A alegria que Maria sentiu ao chamado de Deus para uma grande missão, ser mãe de Jesus.A nossa alegria neste Natal deve ser aquela de levar pessoas a conhecer Jesus, alegria de todos os homens.Natal é tempo de alegria. Natal é tempo de esperança, paz e amor.

Quarta vela da Coroa do Advento

O que relembramos hoje são os anjos e pastores das campinas de Belém. Um anjo do Senhor desce onde estavam e a glória de Deus brilhou diante deles. Disse o anjo: "Não temais. Eis aqui vos trago boa nova de grande alegria... é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo o Senhor".Logo depois de avisados que encontrariam a criança envolta em panos e deitada numa manjedoura, uma multidão da milícia celestial louvava a Deus dizendo: "Glória a Deus nas maiores alturas e paz na terra aos homens, a quem Ele quer bem".

Por causa do recenseamento, Maria foi dar a luz ao filho de Deus na cidade de Belém, berço de Davi. A história da fé, começa com o recenseamento. Por causa dele, Deus foi contado entre os homens. Desde aquele dia - e para todo o sempre -Deus pode ser contado junto conosco. É isto o que significa Emanuel., Deus conosco. A partir do Natal, Deus é contado entre os homens. No Natal, em contrapartida, pelo seu grande amor, nós também somos contados com Ele. Porque Jesus está entre nós, nós nos transformamos em ovelhas do seu pastoreio.

Portanto, o mais importante do Natal não é que Jesus nasceu mas que ele ainda está conosco. Sua promessa é que nunca nos deixaria sozinhos. E ele, como um bom pastor, tem tomado cuidado de nós. Por isto, não precisamos ter medo, mesmo nos momentos em que andamos pelo vale da sombra da morte". A promessa que temos é que "sua vara e seu cajado nos consolam". Ele está sempre conosco.

O anjo proclama "paz na terra" e diz aos pastores que as novas são de grande alegria.Essa alegria do Natal tem que ser compartilhada com todos os homens porque Jesus nasceu para todos. É nosso dever levar a mensagem do Natal e reparti-la com o próximo. Porque a alegria é um fruto do Espírito e Paulo nos afirma que contra ela não há lei.

A alegria deve tomar conta de nossa vida, agora quando comemoramos o Natal de Jesus e em todo o ano que está por chegar, o 2007, que será certamente, como os anteriores têm sido, um ano da Graça de Deus, cheio de oportunidades para servir.

 

Quinta vela - A vela branca da Coroa do Advento - Culto de Natal

Durante os quatro domingos que precederam ao Natal acendemos as velas da Coroa do Advento. Hoje nós acendemos a quinta vela, que simboliza Jesus, a Luz do Mundo.Como diz a Bíblia, a "a vida estava nele e a vida era a luz dos homens".

Jesus nos diz: "Quem me segue, nunca andará em trevas mas terá a luzda vida". A frase luz da vida significa duas coisas. A primeira, que a luz surge da fonte da vida. Também significa que é essa luz que dá vida aos homens. Os dois significados se completam em Jesus. Jesus é a mesma luz de Deus que chegou aos homens; Jesus é a luz que dá vida aos homens. Assim como a planta não pode florescer quando não recebe a luz do sol, nossas vidas também não podem florescer senão com a graça e beleza que vêm até nós através da luz que é a presença de Jesus Cristo em nossas vidas.

Ser seguidor de Cristo significa entregar o corpo, a alma e o espírito à obediência do Mestre e entrar nesse caminho significa avançar na Luz. Quando caminhamos sozinhos, estamos condenados a tropeçar e andar às tontas, porque são muitos os problemas que estão além de nossa possibilidade de solução. Se tentarmos resolvê-los por nossa conta, fracassaremos. Quando caminhamos sozinhos, sem seguir a luz da vida, estamos condenados a tomar um caminho errado porque não temos um mapa seguro da vida. Nós precisamos da sabedoria dos Céus para seguir o caminho na terra. Uma pessoa que tem um guia seguro e um mapa correto chegará certamente ao destino são e salvo. Jesus Cristo, a luz do mundo, é esse guia e ele é o único que possui o mapa da vida. Segui-lo significa caminhar a salvo pela vida e, um dia, participar da glória com Ele.

Nós devemos resplandecer em nossa vida a luz que vem de Jesus Cristo. Seja este Natal de Jesus o início de uma caminhada iluminada em nossa vida pessoal, em nossa vida familiar e na vida de nossa Igreja. Amém.

Veja também:

Reflexão de Natal. Um poema do pastor Carlos Walter, da Igreja Metodista da Penha, SP . Clique aqui

Natal Real, Vida Virtual. Uma reflexão do Pr. José do Carmo Silva, IM em Fátima do Sul. Clique aqui

 


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