carta pastora marcia


 Queridos/as colegas pastores/as:

O motivo deste, ? para soltar algo que est? calado como uma s?plica dentro do meu cora??o.
Tenho tentado entender e processar tudo que tenho ouvido e lido a respeito da decis?o do 18? Conc?lio, sobre retirar a nossa Igreja de qualquer org?o que esteja a Igreja Cat?lica.
Sinceramente essa frase me chocou. At? consigo entender o grito dos/as amados/as colegas pastores/as e dos/as leigos/as delegados/as, que n?o aguentavam mais ver a nossa Igreja t?o envolvida com  alguns org?os e de certa forma t?o cr?tica em rela??o a outras denomina?es tamb?m protestantes, afinal, ainda somos protestantes…ou n?o????? A culpa de tudo isso, foi nossa, que n?o envolvemos nossos/as irm?os/?s em amor, de n?s tornamos arrogantes com o nosso saber e nos distanciamos daqueles que querem tamb?m lutar mas foram menosprezados talvez por demonstrar a sua espiritualidade um pouco “avivada” ou demais “avivada” para a Igreja Metodista.
Creio que ser protestante hoje ? ser como Wesley, lutar pela justi?a social, lutar por um ensino ou seja col?gios n?o somente para a classe m?dia-alta mas, escolas com o nome Metodista funcionando em lugares carentes, lutar pelos pre-conceitos e intoler?ncias.
Creio que como na Reforma a Igreja Cat?lica caminhava, e acredito ser ela uma Igreja Crist? como a nossa, temos nossa raiz nela, mas que por causa de “homens”, ela foi perdendo o verdadeiro sentido mission?rio, e passou a ter tantas regras, tantas indulg?ncia, tanta riqueza para si e n?o mas para dividir como nos tempos dos ap?stolos, que foi-se necess?rio o GRITO da reforma, radical sim mas, mas necess?rio.
Precisava haver um alerta, algu?m que gritasse “Estamos indo na dire??o errada”, para poder parar e se repensar a caminhada. Hoje depois de tanto tempo, podemos caminhar de novo em dire??o ao outro, ao irm?o cat?lico, aos irm?os pentecostais, aos tradicionais e aos neos-pentecostais, Podemos dialogar entre n?s, exerger o perd?o, colocar metas as quais possamos caminhar, n?o importando se somos um pouco diferentes mas acima de tudo, com muito respeito. entre n?s.
N?o podemos esquecer a causa por que os m?rtires morreram que foi levar o amor de Jesus a todas as criaturas, sem pre?o, sem pris?es, apenas com uma frase: “Siga-me” e essa miss?o ? pra todos/as.
A cada dia vemos que a Igreja Cat?lica tem revisto sua caminhada e creio que tem buscado se distanciar daqueles atos que provocaram tanta dor e morte na Reforma.
Assim, acredito ser este o grito dado no conc?lio, talvez de forma errada no expressar mas n?o aguentavam mais a intoler?ncia dentro da pr?pria Igreja. As vezes t?o sol?cita em fazer acordos, encontros, com algumas denomina?es e t?o ?spera, t?o cr?ticos com os da pr?pria casa s? porque gostam de louvar de bra?os levantados, apelidados at? de “pentecostais” como se essa palavra n?o existisse na B?blia ecum?nica, e etc., coisas t?o pequenas mas que magoam, distanciam… e que precisamos repensar e caminhar em dire??o ao perd?o entre n?s. 
N?o passei pela Facudade de Teologia, mas entrei e vivenciei, abri-me inteira para que passasse por mim todos os ensinamentos e retive o que ? bom.
Vivenciei coisas ruins como exclus?es, profana?es daquilo que nos ? sagrado e muitas separa?es, muitos grupos dentro da pr?pria “casa de profetas”.
Hoje posso dizer que precisamos PARAR, fazer consertos, ter  limites no nosso di?logo inter-religioso, pois todos tem seus limites, caminhamos ao contr?rio do que as escrituras nos diz: “OIKOUMENE – Ser um com TODOS/AS”, realmente come?ar a exerger o AMOR, esse ?GAPE ecum?nico dentro de nossa pr?pria casa, acabar com os muros, os grupos, precisamos ser UM/A entre n?s.
A come?ar pelos nossos semin?rios, faculdades, cursos, buscar ensinar com respeito, “A come?ar em MIM, quebra cora?es…” n?o cantemos olhando para o nosso irm?o, mas olhando dentro de n?s.
Creio que n?o deixaremos de ser ecum?nicos, est? na nossa raiz, est? nos nossos atos, mas precisamos rever a nossa caminhada.
Sou ecum?nica, mas n?o esse ecumenismo que tem sido falado mas poucos tem vivenciado. desculpam-se que est?o buscando qualidade e n?o quantidade e vemos Igrejas sem crescimento, Igrejas de manunten??o, com medo de pregar alguns textos que podem ferir o irm?o, ir contra a religi?o do outro.
Em todos esses encontros e acordos feitos, quantas vidas foi levadas ao Pai atrav?s do testemunho de Jesus????
Que frutos podemos mostrar????? Que nome foi exaltado?????? “O nome que est? acima de todos os nomes….Deus forte, Conselheiro, Maravilhoso, Pai da Eternidade e Principe da Paz,
“Eu sou o caminho, a verdade e a vida ningu?m vem ao Pai a n?o ser por mim”
Desculpe-me, mas n?o posso deixar de falar que Jesus ? o ?nico caminho que nos leva ao Pai. N?o estou sendo intolerante mas, falando o que Jesus disse.
Me perdoe se n?o penso como voce, mas quero viver com voce os mandamentos de Deus e mais ainda, o que Jesus reiterou. “Amai-vos uns aos outros”

Gostaria que nesta segunda etapa do Conc?lio fosse revista a frase que usaram: “sair de ?rg?os onde a Igreja Cat?lica estivesse presente” e quem sabe podemos dizer
” continuamos ecum?nicos mas n?o somente com a Igreja Cat?lica mas com todas as demais denomina?es, independente de filia??o, respeitando-as e tendo o mesmo empenho em caminhar junto e em participar da miss?o e evangeliza??o em nosso Pa?s, mas s? poderemos caminhar, continuar nesta caminhada se voce meu irm?o/? metodista estiver comigo”

Na paz e em Paz!!!!!

M?rcia Zanfranceschi
pastora na Igreja Metodista em Votuporanga, 5? RE.

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