Na Igreja Metodista, uma celebra??o de vida
No templo em sil?ncio, sente-se a aus?ncia de algu?m que j? partiu. H? saudade e paz; e o Deus de Amor abriga seus filhos e filhas no colo. Assim ? o "culto em mem?ria" na Igreja Metodista. Um momento de esperan?a e de gratid?o pela vida valiosa de quem j? foi para os bra?os do Pai.
Segundo o Rev. Messias Valverde, coordenador da Pastoral do Instituto Metodista Granbery, de Juiz de Fora, Minas Gerais, e um dos colaboradores da Carta Pastoral "O Culto da Igreja em Miss?o", o culto em mem?ria pode ocorrer sempre que uma fam?lia enlutada assim o desejar. Mas raramente voc? o ver? sendo realizado num Dia de Finados (2 de novembro) ou uma semana ap?s o falecimento. Existe um cuidado especial para que n?o haja erro de interpreta??o em rela??o ao significado teol?gico do culto, sobretudo entre os visitantes que n?o s?o metodistas. ? que nas pr?ticas do catolicismo popular (que nem sempre correspondem ? doutrina da Igreja), a chamada "missa de s?timo dia" est? muito ligada ? id?ia de intercess?o pela salva??o dos mortos, o que n?o condiz com a doutrina evang?lica. Talvez por isso esse culto n?o seja t?o comum em nossas igrejas. "O culto em mem?ria ? mais comum
Contudo, ele destaca que o culto em mem?ria pode ser ter um profundo valor teol?gico e evangel?stico, se formos ?s suas origens: a ?poca do mart?rio dos crist?os, no in?cio da Igreja. Segundo o pastor, o culto em mem?ria era uma celebra??o anual em mem?ria dos(as) crist?os que morriam defendendo a f?. "Era como um anivers?rio: a celebra??o do nascimento para o tempo eterno". O Rev. Messias destaca que os primeiros crist?os e crist?s inovaram at? mesmo nos rituais f?nebres. Enquanto os n?o crist?os tinham o h?bito de fazer os enterros ? noite, os crist?os sa?am, corajosamente, ? luz do dia, para demonstrar o aspecto transcendental e salv?fico da cerim?nia. Durante o cortejo, cantavam salmos e c?nticos de esperan?a na ressurrei??o. Ainda hoje, essa ? a mensagem presente na celebra??o: a comunh?o da comunidade e a express?o de f? na Vida Eterna.
UM VERDEIRO IRM?O
Estamos profundamente tristes com o acidente do V?o 1907 da GOL, que caiu com 154 pessoas a bordo. Quantas familiares e pessoas das rela?es das v?timas est?o a lamentar t?o prematura partida. Nossa ora??o e nossa solidariedade a estas pessoas atingidas por esta fatalidade, ocasionando perdas t?o sentidas. Entre os passageiros, estava o nosso querido irm?o
Tivemos o privil?gio de conviver com o Hugo em nossa juventude de Igreja Metodista, nos encontros, retiros e, posteriormente no Semin?rio Jo?o Wesley e na Faculdade de Teologia. Formamos-nos em Teologia, em 1979 e iniciamos nosso trabalho pastoral. Posteriormente o Hugo voltou-se para a ?rea educacional, desenvolvendo sua brilhante carreira como Professor Titular, na Faculdade de Educa??o e na P?s-Gradua??o da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, juntamente com a sua esposa Esther que tamb?m ? professora da UFRGS.
O "Huguinho" como era tratado em nas rela?es informais, foi crist?o verdadeiro e profundo na sua rela??o com Deus e na sua vida de testemunho profissional e familiar.
Ficam nossos sentimentos de uma perda t?o prematura, que acolhemos na esperan?a da ressurrei??o e da vida eterna, que pela f?, experimentamos em Cristo.
? Esther, Samuel, D?bora e aos demais familiares, nossa ora??o e solidariedade, na certeza de que o Hugo descansa no Senhor, aguardando as bodas do Cordeiro.
Bispo Luiz Verg?lio Batista da Rosa
