Publicado por José Geraldo Magalhães em Expositor Cristão, Mídia - 03/06/2014
Expositor Cristão na década de 1970
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Qual era a importância do jornal para a formação da opinião dos/as metodistas naquela época?
Assumi a redação do Expositor Cristão em 1975, depois de exercer o pastorado nas cidades de Cachoeiro de Itapemirim/ES e Manhuaçu/MG. Em São Paulo/SP, tive a felicidade de encontrar a jornalista Claudia Santana e o pastor Hélerson Bastos Rodrigues que muito me ajudaram nessa tarefa. Quando aqui cheguei, encontrei o jornal bastante organizado em suas edições quinzenais. Não era fácil produzir as matérias para preencher vinte páginas em tão curto espaço de tempo. Todavia, havia um diálogo de confiança entre as igrejas e o EC: as igrejas locais enviavam notícias com frequência para a redação, possibilitando informar ao povo metodista sobre a atividade das igrejas locais, as decisões do Colégio Episcopal e instituições de ensino. Nesse período, o EC mantinha duas seções: “Informativo EC” e “Rápidas”. Além disso, Claudia e eu íamos à busca de entrevistas e artigos. Não posso deixar de destacar a presença de mais duas seções permanentes do nosso periódico: “Falecimentos” e “Peço a palavra”. A intenção da primeira seção era valorizar a contribuição daqueles/as que serviram à Igreja Metodista, em vida; a segunda era dar oportunidade ao povo de expressar sua opinião sobre as matérias publicadas e o andamento dos trabalhos da Igreja, seja no âmbito local, regional e geral.
Quais eram as ênfases editoriais do EC naquela época?
O EC não era somente um informativo, mas oferecia à Igreja Metodista material didático, orientações doutrinárias e sugestões litúrgicas para datas especiais. Periodicamente, o jornal mantinha algumas seções destinadas à orientação do povo metodista: para as crianças “Expositor Mirim”, para os/as adolescentes “Você e o Juvenil” e para as mulheres “Mulheres em Ação”. Foi nas páginas do EC que o ministério pastoral feminino recebeu os primeiros aplausos. Não tenho dúvida que a Igreja Metodista passou a conhecer a importância do ministério feminino, inicialmente, através das páginas de nosso jornal. Quanto aos/às adolescentes, o EC ajudou a promover e esteve presente no primeiro encontro nacional, já com o nome Juname.
A intenção da redação do EC não era apenas informar, mas instruir e edificar. Em 1975, o EC publicou várias edições especiais dedicadas à Páscoa, Mães, Vocações (Faculdade de Teologia), Natal, entre outras datas litúrgicas. As páginas do EC serviram de incentivo à comunidade metodista criar e manter, com ofertas e orações, a missão na Amazônia, no Nordeste, no Equador e na África (Angola e Moçambique). Enfim, o EC esteve presente com seu apoio a todos os passos da Igreja Metodista, no início da década de 70, inclusive na criação e instalação da Universidade Metodista de Piracicaba (2a quinzena de 1975).
Como era produzido o jornal da década de Setenta? Quais os maiores desafios?
Os periódicos da Igreja Metodista eram produzidos na Avenida Liberdade e publicados na Imprensa Metodista, em São Bernardo do Campo/SP. O EC era datilografado e montado página por página, pela jornalista Cláudia Romano de Sant’anna a quem rendo as minhas homenagens. Na Imprensa Metodista, este material passava por um longo processo de publicação que durava, no mínimo, sete dias. Lembro que o jornal era quinzenal, exigindo de nós muito trabalho. .jpg)
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Tags: Entrevista, Expositor Cristão, Igreja Metodista
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