Comunidades de f? compartilham propostas de combate do HIV-Aids
BUENOS AIRES, 20 de abril (ALC) – No marco do IV F?rum Latino Americano e do Caribe em HIV/Aids e Doen?as Sexualmente Transmiss?veis (DST), que tem como lema “Am?rica Latina e Caribe: Unidos na diversidade para o acesso universal”, foi realizada, na quarta-feira, mesa sobre "Respostas da comunidade de f? em defesa dos direitos humanos e o HIV-Aids".
O representante do Instituto para o Desenvolvimento Humano de Cochabamba e membro da Rede de Pessoas que Vivem com HIV ou Aids da Bol?via (REBOL), o argentino Daniel Ruiz, compartilhou experi?ncias de vida, ao tomar consci?ncia de sua condi??o de ser pessoa portadora do HIV. Ele ? um religioso salesiano e essa realidade sacudiu sua f? e ele entrou em crise de vida.
Tornar vis?vel sua situa??o no contexto boliviano fez com que ao seu redor surgisse uma comunidade invis?vel de pessoas que est?o nessa mesma condi??o. A igreja est? disposta a contribuir com medidas assistenciais, mas ? necess?ria uma resposta integral. As pessoas que vivem com HIV ou Aids pedem da igreja comunh?o, acesso aos medicamentos que asseguram a qualidade de vida e preservativos que ajudam a n?o se reinfectarem nem infectar a outros, assegurou.
O assessor da Pastoral voltada a pessoas que convivem com a Aids, frei capuchinho Lu?s Carlos Lunardi, de Porto Alegre, afirmou que toda reflex?o pastoral ou teol?gica ? constru?da a partir da viv?ncia junto ?s pessoas que vivem com HIV ou aids e no contexto da comunh?o da igreja. Ele mencionou documento dos bispos cat?licos do Brasil, divulgado em 2003, no qual manifestam disponibilidade para oferecer servi?os sem preconceitos, tomando a defesa dos direitos humanos como um eixo de a??o pastoral.
Lunardi defendeu que a Igreja como corpo deve estar comprometida nesta a??o. Toda a??o pastoral constru?da na comunh?o da igreja deve promover a participa??o ativa das pessoas que vivem com HIV e Aids porque elas representam parte integral da Igreja. A comunidade de f? deve oferecer uma resposta tanto de acolhida como de inclus?o, definiu.
A rabina Silvina Chemen enfatizou a necessidade de criar espa?os de debates para as comunidades religiosas, "porque neles precisamos fundamentar e esclarecer algo que pertence necessariamente ? identidade de nossa f?". Os abra?os, a inclus?o e a aceita??o incondicional de toda pessoa fazem parte da identidade como referentes religiosos. Diante das Escrituras Sagradas sempre h? uma diversidade de leituras e de compreens?o dos conte?dos. N?o existe uma s? leitura nem uma s? voz, disse.
"Frente ?s novas realidades e os novos desafios temos a possibilidade de oferecer dois tipos de respostas: responder como sempre se fez ou encontrar novas respostas para situa?es novas. N?o se pode pedir a um texto milenar, elaborado em outro contexto cultural, que nos ofere?a respostas para situa?es novas", justificou a religiosa da Comunidade Bet El, de Buenos Aires.
O diretor do Centro Ecum?nico Rosa Branca, de Lima, o reverendo anglicano David Limo, reportou-se a recentes declara?es do Primaz da Igreja da Inglaterra quando afirmou, referindo-se ?s pessoas de orienta??o homossexual, que a comunidade crist? deve ser um espa?o seguro, onde todas as pessoas possam ser transparentes porque h? um respeito ? dignidade.
A mesa foi moderada pelo coordenador da Pastoral Ecum?nica HIV-Aids, pastor luterano Lisandro Orlov.
———————————————————————————————————–
Ag?ncia Latino-Americana e Caribenha de Comunica??o
