Quando ela deixa de perceber que mesmo entre seus principais membros h? pessoas que est?o lutando com dilemas, d?vidas, incertezas, inseguran?as e decep?es;
Quando ela deixa de perceber que ao seu redor h? sinais de morte e viol?ncia e faz de conta que n?o ? com ela;
Quando ela n?o deixa que pessoas que professam cultura, rito ou mito diferente dos seus, se integrem plenamente em sua vida e miss?o;
Quando ela n?o consegue estender a m?o para as pessoas cujas m?os est?o machucadas, calejadas, tr?mulas e manchadas pelas lutas da vida e dureza dos dias;
Quando ela n?o percebe que as fam?lias de desencontram, mesmo quando v?o aos encontros de casais, porque n?o sabem como lidar com o contradit?rio e com a contrariedade;
Quando ela n?o se d? conta que mesmo entre sua lideran?a h? sinais de imobilidade, passividade e prostra??o ante os dilemas que os dias de hoje apresentam aos l?deres crist?os;
Quando ela n?o consegue gritar contra a viol?ncia que atinge a mulher, a crian?a, o idoso e os menos favorecidos, como se ela estivesse em outro mundo que n?o o da realidade;
Quando ela admite com complac?ncia pessoas que apresentam uma condi??o de vida abastada ou com condi?es de oferecer recursos para os "projetos" que ela tem, mas, contraditoriamente, ela envia para os "iluminados" que sabem trabalhar com situa?es de crise, drogados, alcoolizados e discriminados da sociedade;
Quando ela n?o v? que seus servidores, no caso pastores e pastoras, est?o adoecendo e adoentando outros, com suas loucuras em nome de um evangelho que n?o tem nada com o pregado por Cristo;
Quando n?o se d? conta que ela deveria ser uma comunidade terap?utica e n?o uma associa??o de esquizofrenia alimentada pela id?ia de que Deus concorda com suas teorias individualistas, intolerantes e reacion?rias;
Quando a morte, a dor do outro, o lamento, a murmura??o do pr?ximo, n?o alcan?am os que deveriam atuar terapeuticamente, mas que agem t?o somente pateticamente;
Quando o grito, o choro, o ranger de dentes s?o transformados em manifesta??o divina, enquanto a quietude, a rever?ncia, a contempla??o s?o tomadas como falta de experi?ncia religiosa;
Quando a Igreja se referencia na m?xima de Maquiavel "os fins justificam os meios" e n?o sente o constrangimento que o Esp?rito Santo produz por esta quebra de princ?pio do Evangelho;
Quando ela disciplina os membros "pequeninos" e n?o faz o mesmo com os que est?o entre os maiorais da lideran?a;
Quando o pastoreio ? virtual;
Quando o fundamento dos ap?stolos ficou sendo somente dos ap?stolos;
Quando o "ai daquele" proclamado pelos profetas ganha relev?ncia entre os chamados l?deres crist?os cujas pr?ticas merecem um "ai daquele";
Quando o vale tudo condenado pela ?tica da sociedade acaba valendo tudo no aconchego dos espiritualizados;
Quando ela perde o senso da miseric?rdia;
Quando o amor vira tema dos c?nticos "espirituais" e neles fica cativo;
A Igreja que deveria ser terap?utica precisa ir para o div? quando o Cristo da f?, o Jesus de Nazar?, de sand?lias bate na porta da Igreja pedindo acolhida. Ele, com certeza, estar? acompanhado daqueles que n?o puderam adentrar no ?trio da Igreja porque n?o eram os "escolhidos".
Bispo Josu? Adam Lazier