Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 28/02/2011

Jovem fala de Programa de Missão realizado no Uruguai

A entrevista do mês de março do Expositor Cristão é com Sinval Filho, o coordenador de Juventude do Programa Jovens em Missão para a região Conesul. O jovem metodista conta sobre a experiência no Uruguai com jovens de diferentes igrejas da América Latina e Caribe.

Como é esse trabalho que tem vínculo com o Ciemal?
A cada ano, o encontro realizado pelo Programa Jovens em Missão (vinculado ao Ciemal - Conselho de Igrejas Metodistas da América Latina e Caribe), reúne cerca de 60 jovens dos diferentes países da região Conesul (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai). Uma das tentativas é sempre realizar um rodízio entre os países para receber o Encontro, e a cada três anos acontece um Encontro Bi-Regional, em parceria com a Região Andina (Bolívia, Equador, Venezuela, Colômbia, Peru, entre outros).

O próximo encontro deve ser Bi-Regional e há muita expectativa, pois entre os países cogitados para receber o evento estão o Brasil e o Chile. Ao final de cada encontro é feita uma avaliação geral junto aos participantes e representantes de cada país, e a partir da participação dos próprios jovens, aponta-se os locais candidatos a receber o próximo encontro. Com o Uruguai em 2011 não foi diferente.

O país não possui uma organização nacional de jovens e no encontro que aconteceu no Paraguai em 2010 eles expressaram a necessidade de receber a programação como forma de impulsionar seu trabalho de jovens, e também todos os participantes foram unânimes em oferecer esse apoio.

Quantas pessoas participaram?
Foram 17 brasileiros, 11 chilenos e 11 argentinos, 14 uruguaios e 5 paraguaios, além da equipe de apoio local e dos coordenadores, totalizando mais de 60 pessoas.

Qual foi a realidade que vocês encontraram no Uruguai ?
O Uruguai é um país bastante secularizado, em que as diversas estatísticas apontam entre 30% a 45% de população atéia. Apesar desse cenário de dificuldade que sabíamos de antemão, o que nos surpreendeu foi encontrar um povo bastante receptivo ao evangelismo nas classes sociais menos favorecidas. O evangelismo nas ruas e praças de igual forma teve resultados impactantes, com diversas pessoas aceitando a Cristo, outras receberam orações, sem contar as centenas que foram alcançadas pela Palavra. A juventude metodista do Uruguai poderá crescer e muito, focando essas oportunidades.

E as diferenças culturais?
As diferenças culturais sempre existem entre os países em si, mas também entre as diferentes tradições metodistas. Creio que a maior diferença é sentida pelo grupo brasileiro, pois o Brasil é um país muito conservador, enquanto que os demais têm uma prática mais liberal. No entanto, é impossível comparar o perfil e trajetória das igrejas de cada país, em geral, todas enfrentam o desafio e imperativo de crescer com equilíbrio, sem abrir mão da nossa identidade.

A identidade metodista que nos une traz em si essa responsabilidade, de vivenciar o Pentecostes de Atos 2, que começa no batismo do Espírito Santo e se desenvolve para uma comunhão de "uma só mente e coração", e a consequencia natural é que dia a dia mais pessoas vão sendo salvas. Esse imperativo independe das diferenças culturais, essa vocação maravilhosa precisa ser exercida em sua plenitude e tenho convicção de que a juventude metodista espalhada nos diversos países tem todas as condições e forças de impulsionar o crescimento de nossas igrejas.

Como foram os trabalhos evangelísticos?
Após dois dias de capacitação, tivemos quatro dias de prática missionária, em que todo o grupo se dividiu em 3, para atender comunidades distintas: Teniente Rinaldi, Camino, Cerro e San Pablo. Cada grupo enfrentou características distintas, por exemplo, o grupo que trabalhou na Iglesia de San Pablo estava concentrado bem no centro, coração de Montevídeu, e teve muito êxito na evangelização em praça pública, especialmente na frente do maior terminal de ônibus do país.

Já o grupo que trabalho na Igreja do Camino teve o desafio de evangelizar pessoas que tinham um padrão mais elevado. Igrejas como Teniente Rinaldi e Cerro, eram as que mais careciam de recursos, especialmente a de Teniente Rinaldi. Além da evangelização em si, houve um movimento de reforma e pintura da igreja.

Enfim, de modo geral, os trabalhos uniram mão de obra para ajudar as igrejas, mas principalmente trabalhos evangelísiticos com adultos e crianças. Esse ano, todos os grupos fizeram teatro nas ruas ou praças, e até mesmo na praia, o que teve grande resultado. Até mesmo o esporte foi utilizado na praia para evangelizar as pessoas.


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