laço branco






 

 La?o Branco ? coisa de homem


Por Stephen Newnum, de Maring?


Gostei da foto do prefeito S?lvio Barros da cidade de Maring? ao lado do jogador Ricardinho, capit?o da sele??o brasileira de v?lei, ambos usando um la?inho branco no pulso. Uma atitude com poder de estabelecer um elo entre os homens da cidade, um elo extraordin?rio, ou seja, incomum e s? dos homens.


Ricardinho ? de Maring? e junto com seu time ? um campe?o. Mas na cerim?nia de abertura da Campanha do La?o Branco na cidade, que lan?ou o v?deo dele anunciando o objetivo da Campanha do La?o Branco, foram duas mulheres que o representaram: sua m?e e sua sogra. Na verdade, eram as mais indicadas para "atestar" que Ricardinho ? tamb?m um campe?o fora das quadras.


Sou norte americano e vim para o Brasil como mission?rio h? 26 anos. Como convidado nesse pa?s, obviamente tive a convic??o que estava aqui para apreender e n?o impor minha cultura. Logo percebi que as coisas boas daqui eram t?o boas ou melhores que nos Estados Unidos e que as ruins n?o eram melhores que l?. S? Bush parece crer que at? o nosso ruim ? melhor que outros pa?ses.


Dentre o que os Estados Unidos t?m de pior est? a quest?o da viol?ncia, tanto nas inst?ncias institucionais como privadas e isso inclui a viol?ncia contra a mulher. L? e c? a supera??o dessa realidade exige o comprometimento de governos e da sociedade.


Quando jovem, em meu pa?s, participei de v?rias mobiliza?es a favor da n?o viol?ncia. Fui ?s ruas contra a guerra do Vietn?, contra discrimina??o das mulheres e dos homossexuais. Me recordo o incomodo que sentia ante a possibilidade de ser confundido como homossexual quando marchava e usava bottons dessas campanhas. Mas superei o medo e fiz o que achava certo.


Quando participei da Campanha do La?o Branco em Maring?, me lembrei disso. Houve casos (poucos felizmente) de homens que diziam apoiar a campanha, mas que n?o queriam usar a fitinha branca, pois n?o era coisa de "macho". N?o entendi bem; minha esposa (a te?loga Maria Newnuim) ajudou com isso.


Mas com humildade, penso que nos pa?ses onde certos homens se orgulham de bater em mulher ? preciso ficar destacado os que se "orgulham" de achar que isso ? vergonhoso e covarde. O grupo de homens que come?ou essa campanha no Canad? viu, num simples La?o Branco, uma maneira de se mostrarem aos agressores. Foi como se dissessem: "Prestem aten??o nesse la?o ele nos distingue de voc?s."


Nos Estados Unidos existem homens que t?m vergonha de chorar, mas n?o de bater em mulher. Acho que ? mais vergonhoso o segundo caso.


Nenhuma viol?ncia se justifica; menos ainda contra as mulheres. Elas nos recebem com um beijo quando nascemos, cuidam de n?s durante a vida e choram sem vergonha, quando algo ruim nos acontece. Certamente quando morrermos ser? uma mulher que se despedir? de n?s com um beijo na testa, pois, h? homens que acreditam que isso n?o ? coisa de "macho".


Dos altos de meus 56 nos n?o me envergonho de dizer que ainda sou "mach?o" em muitas coisas que s? fazem sentido para os homens. Fazer o qu?? Sou homem. Mas aprendi que existe algo mais… ser um "atleta vencedor" da vida, significa ser "campe?o" num sentido mais amplo. Tenho consci?ncia que posso ser, mas n?o preciso ser "mach?o"; posso ser apenas um homem.


Os medos da minha juventude ficaram para tr?s e hoje posso afirmar: Um La?o Branco pode n?o ser coisa de macho; mas pode ser um simples s?mbolo que me distingue dessa condi??o menor de mim mesmo.


? por isso que me sinto honrado em us?-lo e oferecer ? outros homens.



Robert Stephen Newnum ? mission?rio, doutor em Ci?ncias da Religi?o, professor e integrante Movimento Ecum?nico de Maring?.

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