Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 02/08/2012

Oração pelo Encontro Nacional de Pastoras e Pastores 6ª Semana

6ª Semana - Orar pelas famílias pastorais

1)    Edificando um Lar Cristão.

Considerando o tema família, isto por conta do que estamos vivendo no momento como famílias cristãs. Há ameaças à integridade bíblica da família. Por projeto que corre no Congresso Nacional para que nos documentos pessoais não conste mais os títulos Pai e Mãe, mas só filiação, isto para não ferir os “casais” homossexuais. E isto é só um exemplo. Qual a orientação que precisamos segundo a Palavra de Deus?

a)    Reconhecer que um lar, uma família nos termos bíblicos supõe homem, mulher e filhos/as.

“Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher,
tornando-se os dois uma só carne.” Gn 2.24.

É verdade que muitas famílias vivem sem a figura do pai, por diversos motivos. Sendo a sustentadora e mantenedora a mãe.

b)    Reconhecer que é a base para vida em sociedade. Pois, quando Deus disse:

“Não é bom que o homem viva só!
Para interromper a solidão do homem, Deus não cria outro homem,
mas cria a mulher para sua companheira em todos os sentidos.
“Criou Deus, pois, o homem à sua imagem, à imagem
 de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (Gn 1.27).

Com isso, se forma o primeiro núcleo social - a família, isso como plano de Deus. Paternidade e maternidade são conceitos bíblicos fundantes da família. Os modelos buscados agora entre pessoas do mesmo sexo, podem ser tudo, menos família no padrão bíblico; contraria o propósito bíblico de família e, neste sentido, é pecado.

c)    Reconhecer que a união entre um homem e uma mulher visa à comunhão, união carnal e à procriação. Obviamente há exceção, na qual um casal, por razões diversas, não gera filhos/as. Mas o propósito bíblico é:

“E Deus os abençoou e lhes disse: Sede fecundos,  multiplicai-vos, enchei
a terra e sujeitai-a; dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves
dos céus e sobre todo animal que rasteja pela terra.” (Gn 1.28).

Junto a isso, vêm várias coisas como companheirismo, cuidado mútuo, levar as cargas uns dos outros, e tantas outras que o casamento traz.

d)    Reconhecer que o casamento não é fruto apenas de uma atração física, ou de uma emoção romântica, mas de um amor que vem de Deus, que produz esta união, gerando uma aliança no altar. Por isso dizemos que é uma aliança a três: Deus, homem e mulher. Sim, uma aliança espiritual, que não pode ser quebrada sem consequências sérias para vida do homem, da mulher e dos/as filhos/as. Aliança que gera discipulado, caminhar com Deus na direção da maturidade em Cristo.
O divórcio, embora consentido por Jesus, sob algumas condições, deixa claro: “Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher, e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Replicaram-lhe: Por que mandou, então, Moisés dar carta de divórcio e repudiar? Respondeu-lhes Jesus: Por causa da dureza do vosso coração é que Moisés vos permitiu repudiar vossa mulher; entretanto, não foi assim desde o princípio. Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério [e o que casar com a repudiada comete adultério].” (Mt 19. 4-9).

A única maneira de levar até o final a aliança do casamento é reportar diariamente ao fundamento da união entre um homem e uma mulher, Deus. Manter um momento devocional diário ou, no mínimo, semanal, onde buscam a presença de Deus, pedem perdão a Deus, e um ao outro. Amar é liberar perdão 70 x 7, ou seja, infinitamente: “ Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a Igreja e a si mesmo se entregou por Ela...” (Ef 5.25). Sim, uma vivência intensa do discipulado.

2)    Fazendo do nosso lar um Santuário.

Como sabemos o lar, a família é o núcleo básico da sociedade. Ali, somos gerados, cuidados, alimentados, ensinados e disciplinados; em outras palavras: discipulados.

Em nossas famílias, foram plantados sentimentos, ideias e comportamentos, como: temor de Deus, honestidade, lealdade, fidelidade, fé em Cristo, interesse pela Igreja, etc.

Família onde as crianças veem o pai e a mãe orarem à refeição, lerem a Bíblia com eles, onde há com frequência um culto doméstico. Ali, se está edificando um santuário a Deus. Sementes da Palavra de Deus plantadas no coração dos filhos geram vidas abençoadas e tementes a Deus.

Neste lar, precisa ser praticado o que vivemos na Igreja. Louvor que celebra o amor de Deus, Confissão que não se intimida em reconhecer erros e pecados, isso abre espaço a corações humildes e quebrantados, apelos, sim, nossos filhos/as devem ser confrontados a confessar os pecados e a receber a Jesus como Senhor e Salvador em casa: Por que não? Missões, nosso lar deve ser estimulado a contribuir e orar pelas missões e pelos missionários. Tudo com o propósito:

“Despojando-vos, portanto, de toda maldade e dolo, de hipocrisias e invejas e de toda sorte de maledicências, desejai ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação, se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso. Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” (I Pe 2.1-5); e   “Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração” Cl 3.16.

Bispo Paulo Lockmann
Bispo Presidente da 1ª Região Eclesiástica da Igreja Metodista.

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