Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

samantha gris

Raça de Víboras! Quem vos induziu a fugir da IRA vindoura? Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento." Mateus 3:7 e 8

Queridos/as, a paz!

Antes de começarmos, queremos pedir desculpas pelo desabafo, mas tem sido difícil pra nós - e cremos que também para muitos de vocês - conviver nesse país.

É escandaloso ver como a escala de irresponsabilidade, violência e descaso tem tomado conta da população brasileira de forma geral e de seus dirigentes de forma especial. Tudo isso como consequência de um caos moral instalado, que da saturação nos altos postos dos três poderes - gerada por décadas e décadas e impunidade, vem descendo e permeando TODAS as esferas da sociedade. Desgraças e escândalos cada vez mais frequentes tem amortecido o povo brasileiro, sua capacidade de reflexão e reação: assistimos tudo sentados no sofá, trocamos o canal e vamos assitir uma novela, como se nada tivesse acontecido, até o dia em que nós mesmos, ou algum de nossos famíliares e amigos, se torna vítima dessa realidade nua e crua que na tela da televisão nos parece tão distante e irreal. Aí acordamos, esbravejamos e nos magoamos com a falta de reação dos demais, condição na qual nós mesmos nos encontravamos até cair na dura realidade e sairmos da condição de expectadores para a condição de protagonistas.

Contudo, pior que tudo isso é ver a irrelevância de um povo chamado "evangélico", expressão que muitos de nós já omite ao informar no que cremos pela vergonha que tal expressão tem carregado no decorrer de todo esse processo vertiginoso de degradação nacional.

Enchemos a boca para falar de "era profética", "congresso profético", "jornadas proféticas", "encontros proféticos" e "geração profética", mas nossa igreja NUNCA FOI TÃO GRANDE E TÃO INEFICIENTE E INCIPIENTE NESSE PAÍS! Onde estão nossos "João Batistas", que clamam e anunciam a ira, a justiça e a santidade do Senhor, santidade essa que não tolera a consciente corrupção humana, e que por sua própria natureza não pode conviver com ela?

Construção de uma mega infra-estrutura "olímpica" sem licitações e loteada entre os parentes de membros do Comitê Olímpico, caos no sistema aéreo em um completo descaso com a vida humana, a escalada da violência a níveis assustadores, a opressão aos aposentados e pensionistas do país, a sujeira nos três poderes - mostrando que definitivamente "no Brasil, a justiça É CEGA e toma parte na divisão do bolo da corrupção", CPIs e mais CPIs que acabem em pizza, etc...etc...etc...

Mas e nós, que nos autodenominamos com a boca cheia de soberba "Povo de Deus", "profetas", "apóstolos" e todo tipo de títulos na mega-hierarquia eclesiástica, o que de fato temos feito? Como temos representado o nosso Senhor, como temos cuidado daquilo que ele nos confiou como "bons mordomos"?

Talvez seja hora de abrir os olhos, abaixar os braços e olhar um pouco mais para os lados, para o mundo falido que nos cerca. Lembrem que oração contém "AÇÃO", então talvez precisemos dividir o tempo entre orar - pedindo poder, discernimento e retidão - e agir, verdadeiramente e com coragem, com ousadia. Fácil é mostrar ousadia e coragem dentro das quatro paredes do templo, mas ineficaz. Engordamos as já gordas, fartas e entediadas ovelhas com um evangelho mais parecido com livros de Lair Ribeiro, e fechamos os olhos ao mundo que nos cerca. Claro que temos muitas exceções, mas estamos longe, muito longe daquilo que foram os verdadeiros profetas, apóstolos e discípulos do Senhor, que abriam as bocas sem temor e exortavam o povo para que retornassem aos caminhos do Senhor enquanto ainda havia tempo.

Pensem nisso: vamos levantar essa bandeira, vamos exigir, vamos cobrar, vamos trazer à memória desse povo a natureza de santidade e justiça do Senhor, vamos fazer aquilo para o qual todos fomos chamados: ser profetas de verdade! Fazer diferença de forma positiva! Marcar essa geração de forma efetiva e consistente.

Que o Senhor nos dê discernimento e tenha misericórdia dessa pseudo- democracia que se tornou o Brasil.

Fraternalmente,

Fabiano e Samantha Pereira


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