Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral, Destaques Nacionais, Colégio Episcopal - 15/08/2017

Carta aberta à Comunidade Metodista do Brasil

 

Carta aberta à Comunidade Metodista do Brasil

Graça e Paz!        

Pensamos ser do conhecimento de grande parte dos irmãos e irmãs metodistas o movimento de greve que está em curso na Universidade Metodista de Piracicaba - UNIMEP. 

A Igreja Metodista, como uma comunidade de fé e instituidora da Rede Metodista de Educação, com todas as Instituições Educacionais que a compõem, tem na Educação um dos seus pressupostos fundamentais à sua ação missionária, presente há mais de 150 anos em nosso país.

Certamente que olhamos com preocupação esta situação, especialmente neste momento da atual conjuntura nacional, de crise econômica e de radicalidade político-ideológica, com aspectos pouco favoráveis à manutenção e sobrevivência das instituições tanto públicas como privadas, notadamente as escolas e universidades de cunho confessional. 

Nesse sentido, os valores da fé cristã, à luz do Evangelho de Cristo, são elementos constitutivos de nossa forma de ser e agir; respeitando pressupostos constitucionais e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em todos os níveis. Enquanto essa relação for possível, sobreviverão nossas instituições de ensino, trabalhando dentro do espírito wesleyano de convicção e de tolerância.

Reafirmamos que a Educação, para a Igreja Metodista, é parte da sua missão institucional, para capacitar as pessoas na sua formação profissional a buscarem a construção permanente de uma sociedade mais justa, democrática e equânime. Educação não é, para nós, um produto que negociamos para vender ensino formal. Também reafirmamos que a Igreja Metodista, construída pelo legado histórico do movimento metodista mundial, em suas decisões conciliares e colegiadas, é maior do que as posições e funções individuais que eventualmente possamos ocupar.

Assim, nossa expectativa é de que o diálogo lúcido, a corresponsabilidade e a mútua cooperação superem as razões que têm mantido esta paralisação das atividades docentes; para que instâncias ora em litígio, envolvendo a Comunidade Universitária, Professores/as, Alunos/as, Funcionários/as, como também o seu Corpo Diretivo, retomem o caminho do entendimento e da normalidade das atividades acadêmicas, docentes e funcionais.

Fraternalmente,

Bispo Luiz Vergílio Batista da Rosa – Presidente do CE
Porto Alegre, 15 de agosto de 2017
 


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