Direitos Humanos

 


Foi mat?ria divulgada na imprensa local: ap?s diversas den?ncias de fatos ocorridos numa Vila chamada PTO, munic?pio de Contagem, as autoridades convocaram a Comiss?o Pastoral de Vilas e Favelas, Comiss?o Pastoral de Direitos Humanos de Contagem, Ouvidoria, Minist?rio P?blico, bem como o Comando de Policiamento e o F?rum Mineiro de Direitos Humanos.


A reclama??o de moradores e lideran?as comunit?rias era que a Policia Militar sempre fazia "batidas" na Vila nem sempre respeitando a crit?rios como legalidade e os direitos fundamentais dos cidad?os; as den?ncias falavam de invas?es de casas durante o dia e a noite, chegando a arrombar portas quando os moradores se encontram dormindo; tamb?m foram apontados casos de espancamento e agress?es verbais a moradores.


Assim, numa tarde foi realizada uma audi?ncia p?blica naquela vila.


 


Outros olhares al?m da  mat?ria jornal?stica


O endere?o da reuni?o da audi?ncia era o templo da Igreja Metodista, ?nica igreja naquela comunidade e local onde funciona o Projeto Raio de Luz, da rede Sombra e ?gua Fresca, projeto social que atende crian?as e adolescentes de 6 a 14 anos em atividades integradas visando seu desenvolvimento psicol?gico, social, espiritual e pol?tico.


S?o crian?as e adolescentes que tem sua dignidade violada desde ao nascer, com for?as diversas invadindo seus direitos, violentando sua inf?ncia e comprometendo seu futuro.


A Vila PTO ? apenas um microcosmo, um exemplo de tantos outros locais de sofrimento; o fato denunciado tamb?m apenas mais um dentre os destacados nas m?dias; mas o Projeto Raio de Luz oferece resist?ncia em acolher aqueles/as pequeninos/as, em oferecer-lhes direitos humanos como "sombra e ?gua fresca".







  Credo Social, Declara??o Universal dos Direitos Humanos e Estatuto da Crian?a e do Adolescente

            Esses importantes documentos est?o completando seus respectivos 100, 60 e 18 anos, celebrando avan?os, mas tamb?m exigindo profundas reflex?es sobre os limites encontrados no seu cumprimento.

 


Gra?as ? beleza da novel democracia brasileira, temos a efervesc?ncia de movimentos, f?runs e conselhos de direitos e reivindica??o, participativos e organizados pela sociedade civil, cumprindo um papel fundamental na formula??o e fiscaliza??o de pol?ticas p?blicas para segmentos diversos em situa??o de vulnerabilidade social.


No entanto, as institui?es religiosas, mediadoras hist?ricas do Sagrado deveriam repensar suas teologias e pr?ticas, n?o a partir de uma divindade fria e distante, mas pela sensibilidade ao humano em suas aspira?es de transcender; deveriam basear-se numa ?tica de cuidado por todo o mundo habitado (ecumenicidade) e n?o meramente por interesses pequeno-institucionais.


Se por um lado temos organismos ecum?nicos que se esfor?am para essa articula??o, temos retrocessos institucionais de intoler?ncia, inclusive levando a denomina?es religiosas hist?ricas a se evitarem, fazendo predominar no meio religioso a mesma l?gica da concorr?ncia capitalista desleal.


            Outro dilema por que passam alguns segmentos religiosos ? o contra-senso de, ao inv?s de refletir e provocar a cria??o e a defesa de direitos humanos, e serem de fato sal da terra e voz dos que apenas gemem, se op?e ?s diversas manifesta?es sociais e jur?dicas de defesa da dignidade humana: nenhuma formula??o teol?gica perif?rica e conflitante ?s reivindica?es humanas pode ser maior que o princ?pio do amor e da dignidade humana.


                       


Algumas Pistas e Provoca?es:


            Ap?s a promulga??o da Constitui??o Federal de 1988, os diversos segmentos sociais e a sociedade civil foram desafiados a uma participa??o efetiva junto ao pa?s, se co-responsabilizando junto com o Estado na elabora??o, controle e cumprimento das pol?ticas p?blicas.


Nos Conselhos Municipais de Direitos da Crian?a e do Adolescente s?o definidas as pol?ticas municipais para o p?blico infanto-juvenil; tamb?m existem as frentes e f?runs, seja para defesa de determinado p?blico ou integrando entidades atuantes: representantes das entidades e projetos criados da Igreja Metodista tem a obriga??o de participar nesses espa?os.


Em diversos munic?pios, principalmente nas capitais, j? foram criados os f?runs e conselhos de direitos humanos, articulando diversas pessoas, entidades e organiza?es que atuam na defesa de direitos de diversos p?blicos, e se esses n?o existem, podem ser criados; em Minas Gerais, criamos o F?rum Mineiro h? poucos anos e j? estamos organizando o Comit? Estadual de Educa??o de Direitos Humanos, que atuar? ao n?vel de todo o Estado.


Entendo que essa mobiliza??o e articula??o de segmentos n?o eclesi?sticos s?o "pedras clamando", declara?es reais de amor humano, experi?ncias pr?ticas de sal e luz, enquanto como igreja ficamos no ostracismo do desconhecimento, na oposi??o enciumada ou na auto-defesa de que j? fizemos tudo nos momentos c?lticos.


            Historicamente temos a mania ego?sta de convidar o ?mundo? a vir a n?s, a freq?entar nossos templos e at? se ?converter?, mas evitamos assentar com os diferentes, mesmo nos espa?os leg?timos onde podemos fazer valer nossa voz prof?tica; como somos t?midos e omissos!


A Igreja Metodista, mesmo possuindo uma contribui??o hist?rica no pa?s, precisa resistir a modismos religiosos conservadores e aperfei?oar sua den?ncia e experi?ncia prof?ticas, encabe?ando ou se articulando a movimentos que defendem a vida, mesmo que hajam as tais diverg?ncias doutrinais perif?ricas.


            A Igreja Metodista precisa compreender que precisa ter nesses espa?os, sua vez e voz efetivos, sem amedrontamento doutrin?rio ou receio de arranhar sua imagem, pelo contr?rio, se diferenciar como comunidade em servi?o com o povo sofrido: mas sua presen?a e miss?o p?blicas exigem sim, dedica??o teimosa e entusiasmada, a acolhida ecum?nica e a abertura ?s parcerias.


Que em face ao 18? anivers?rio do ECA – Estatuto da Crian?a e do Adolescente, do 60? anivers?rio da Declara??o Universal dos Direitos Humanos e o 100? anivers?rio do Credo Social, nosso povo chamado metodista, pessoal e de forma institucional, se comprometa efetivamente com o Cristo, na cria??o de novos espa?os de gera??o de vida plena, que ? direito humano.


 


Cleber Lizardo "Kebel" de Assis, Assessor da Funda??o Metodista e do Projeto Sombra e ?gua Fresca


VEJA TAMB?M:


Ator Wagner Moura grava v?deo de apoio ? Campanha “Uma a??o para as crian?as” , promovida pela CESE


 

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