Centen?rio do Credo Social Metodista suscita debates na Semana Wesleyana
V?s sois o sal da terra: 100 anos de Credo Social Metodista – experi?ncias e perspectivas. Esse foi o tema que a Faculdade de Teologia da Igreja Metodista, em S?o Bernardo do Campo, debateu na 57? edi??o da Semana Wesleyana, entre os dias 26 e 30 de maio.
O Credo Social nasceu em 1908, no
E hoje, que Credo Social pede o nosso tempo? Essa foi a preocupa??o central das palestras, debates e oficinas da Semana Wesleyana, baseadas na certeza de que "o cristianismo ? essencialmente uma religi?o social, e tratar de torn?-lo uma religi?o solit?ria ?, na verdade, destru?-lo", como dizia o te?logo John Wesley. Wesley afirmava que o metodismo tinha a voca??o hist?rica de "reformar a na??o, particularmente a Igreja, e espalhar a santidade b?blica sobre toda a terra". Por isso, os metodistas n?o deveriam afastar-se do mundo, mas agir como age o fermento que leveda a massa, "levedando tudo o que os rodeia". Essa foi uma das afirma?es marcantes do palestrante Aldo Fagundes que, junto com Lydia Santos (que trabalhou na Junta Geral de A??o Social da Igreja), fez um resgate hist?rico da atua??o social da Igreja Metodista nas d?cadas de 60 e 70. Metodista, ex-presidente da Sociedade B?blica do Brasil e deputado federal por quatro legislaturas, ele afirmou que o lema metodista "espalhar a santidade b?blica sobre a terra" evidencia o "invadir o mundo", e n?o nos "evadirmos" dele. Quando questionado sobre o pequeno n?mero de membros da Igreja Metodista diante de outras denomina?es religiosas, ele foi categ?rico. "S?o as minorias que promovem mudan?as".
Nas palestras da semana, problemas sociais como desemprego, viol?ncia, prostitui??o e crise dos alimentos vieram ? tona. O Bispo Paulo Ayres, um dos palestrantes, lembrou-se de uma experi?ncia chocante pela qual passou sua irm?, que realizava trabalho de a??o social no morro Chap?u Mangueira, no Rio de Janeiro. Ela encontrou l? um menino que conhecia, portando uma metralhadora e tentou alert?-lo para o perigo de ingressar no crime. A resposta dele foi categ?rica: "Meu pai foi pobre a vida inteira. Se eu morrer, pelo menos morro de Nike no p?". Ayres afirmou que o tr?fico de armas, o narcotr?fico e a prostitui??o respondem, segundo pesquisas, por 61% da circula??o de recursos econ?micos em todo o mundo. Ou seja, 61% da economia mundial t?m origem il?cita. H?, ainda, outras quest?es para as quais as igrejas devem acordar, como a quest?o agr?ria, ind?gena, a luta dos quilombolas, o racismo que ainda impede express?es culturais afro-brasileiras nos templos protestantes, a inclus?o dos portadores de necessidades especiais. Para quem tem a vida de Jesus como refer?ncia de f?, esses s?o – desde sempre – assuntos da Igreja.