reflexão pentecostal



Contribui??o para uma verdadeira reflex?o Pentecostal


Rev. Jos? Roberto Alves Loiola



Introdu??o:



Convido a todos os cora?es avivados para a leitura agrad?vel e envolvente, deste livro queconsegue escapar do estilo cansativo e muito ?bvio que normalmente outros livros que versam sobre o Esp?rito Santo possuem. Stanley Jones foi muito estrat?gico na escolha do t?tulo . "O Cristo de Todos os Caminhos" Ao analisar o Fen?meno do Pentecostes, o autordemonstramais uma vez sua vis?o universalizante da f? ,fazendo uso deinstrumentais filos?ficos, psicol?gicos eemp?ricos semperder em nenhum momento sua vis?o b?blica. Seu trabalho talvez pudesse ser chamado tamb?m de – A Fenomenologiado Esp?rito.Sem d?vida alguma esse ?um referencial te?rico muito ?til no trato com as "doidices" espirituais do nosso tempo.


Bem, vejamos abaixo, as principais ?nfases da pneumatologia(doutrina do Esp?rito Santo) stanleyjoniana.



Cap. 1 – EM V?SPERAS DE UM AVIVAMENTO ESPIRITUAL



Segundo o autor, estamos prestes a experimentar um avivamento espiritual aut?ntico. Todo o cen?rio do conhecimento est? se ajustando nesse sentido. A evolu??o conceitual cient?fica por exemplo est? permitindo muito peculiarmente nesses pr?ximos s?culos a possibilidade da cren?a religiosa e isso ? uma combust?o indispens?vel. O mundo hoje est? mais cr?dulo que nos s?culos anteriores. O autor ainda lembra o crescimento da consci?ncia ecol?gica. Nesse sentido explica-se claramente, o advento de novas formas de "espiritualismos" nas?ltimas d?cadas. Hoje, mais do que nunca, o evangelho n?o ? mais antag?nico ? ci?ncia, refor?a o autor. Por isso, o Esp?rito est? de fato preparando o mundo para o maior avivamento que j?aconteceu.





Cap. 2 – A IGREJA DE PORTAS TRANCADAS



Todavia, a igreja ainda est? hesitante entre a P?scoa e o Pentecostes – P?scoa , vida imolada – Pentecostes, vida apropriada. Estamos vivendo nesse intervalo. Por isso, muitos de n?s estamos cerrados(as), trancafiados(as) em n?s mesmos(as) ainda.



Cap. 3 – A TONALIDADE PERDIDA



O autor reafirma o estado trancafiado da igreja, mas faz algumas exce?es. Entende que alguns t?m-se aberto e aberto suas portas apesar do medo ainda pairar no lado de dentro. Falta-lhes profundidade,coragem e fundamenta??o no plano pr?tico…H? muita inseguran?a.



Cap. 4 – O QUE ACONTECEU NO PENTECOSTES?



O autor destaca a universalidade do Cristo atrav?s da comunica??o sem barreiras culturais – Comunh?o plenaque implicou numa evangeliza??o transcultural. "Todos ouviram em sua pr?pria lingua as maravilhas (do evangelho)". Denuncia que a Igreja de hoje est? perdendo de vista e rejeitando o sentido real do Pentecostes, por causa dos estere?tipos sobre o que aconteceunaquela reuni?o em Jerusal?m. O autor estabelece tr?s padr?es de vida espiritual: Normal, subnormal e febril e esclarece que o que aconteceu prioritariamente no Pentecostes foia cria??o da Comunh?o – Uma experi?ncia pessoal profunda nos disc?pulos e disc?pulas e capacita??o para a MISS?O.



Cap. 5 – ONDE ENCONTRAMOS A VIDA?



Naturalmente em Deus. Todavia, o autor chama a aten??o para a problem?tica de encontrar de fato, Deus. Destaca que Ter uma falsa id?ia de Deus ? pior do que n?o Ter nenhuma id?ia sobre Deus. E a no??o clara e concreta de Deus nos foi passada por Cristo. E o Esp?rito Santo ? o ?nico que nos conduz a essa revela??o em plenitude.








Cap. 6 – DE COMO A VIDA ENFRENTA SEUS PR?PRIOS INIMIGOS



O autor define o verdadeiro cristianismo apartir do quadril?tero cl?ssico: Epifania, Quaresma, P?scoa e Pentecostes .



Cap. 7 – COMO A VIDA TRIUNFA.



Falando do triunfo da vida, o autor discorre sobre a pergunta crucial do Cristo na Cruz: "Por que ?", apresentando o dilema existencial do ser humano e as v?rias contig?ncias que o assaltam. Stanley Jones demonstra apartir de v?rias perspectivas filos?ficas alguns questionamentosbem peculiares a fil?sofos como: Frederich Nietzche , Jeam Paul Sartre , Sorem Kirkgard e outros existencialistas. Finalmente o autor naturaliza o sofrimento na vida humana, lembrando quea P?scoasimboliza o ?pice desse per?odo quaresmal e que deve ser aceito sempre na perspectiva da ressurrei??o.



Cap. 8 – COMO A VIDA SE TORNA ACESS?VEL.



Desta vez , Stanley Jonesconstroi um pentagrama onde pontua o Advento , o Natal, a Epifania , a P?scoa eo Pentecostes como um resumo da hist?ria da reden??o.Todos s?o interdependentes , todavia, o ?ltimo culmina e sela. Reprisando os cap?tulos: 6,7,8 da Carta Pastoral aosRomanos, o autor relembra a progress?o do Advento-Natal ao Pentecostes, enfatizando que ? preciso experimentarmos em nossa vida crist? todos esses per?odos; mas, principalmente o Pentecostes – Experi?ncia viva com um Cristo vivo, apartir da revela??o do Esp?rito.



Cap. 9 – O PENTECOSTES EM FACE DA VIDA COMUM



Neste cap?tulo, o autor declara que a Religi?o nasceu de novo apartir do Pentecostes; desprendendo-se dos lugares especialmente destinados ao culto, centralizando-se nauniversalidade da vida. Chama a aten??o para uma desnecess?ria sacraliza??o da Religi?o, lembrando que o velho judaismo vivido em Jerusal?m deu lugar a uma nova express?o religiosa – O Cristianismo.






Cap.10 – O PENTECOSTES E A PERSONALIDADE



O autor redefine o deposit?rio da religi?o, afirmando que n?o ? mais objeto exclusivo de uma Casta, classe ,categoria como por exemplo os ap?stolos, os sacerdotes, mas agora, a religi?o universalmente ? depositada em cada pessoa humana. E essa ? a proposta do Pentecostes; libertar a religi?o do privado e populariz?-la valorizando o ser humano(homem,mulher,negro,crian?a,pobres,?ndio,ricos,etc), com todas suas idiossincrasias e contig?ncias.



Cap.11 – PENTECOSTES E A QUEST?O DO SEXO



Neste cap. Stanley Jones informa que no Judaismo quanto na maioria das religi?es mais antigas, a religi?o tem sido identificada com atribui?es sagradas dada ao sexo masculino – Com exce??o na religi?o de Jesus. No Pentecostes o Santo dos Santos foi francamente aberto ? mulher e a religi?o se libertou da id?ia de superioridade de sexo.



Cap.12 – PENTECOSTES CONSERVADOROU RADICAL



O autor aponta outra implica??o do Pentecostes: "em todas as religi?es os anci?os tem sido sempre uma classe sagrada. As religi?es do mundo tem estado nas m?os de barbas brancas e portanto, conservadores.Mas no Pentecostes uma nova e surpreendente possibilidade se divisa: todas as idades,jovens, crian?as,adolescentes e idosos.



Cap.13 – PENTECOSTES E O IMPERIALISMO RELIGIOSO



Com o objetivo ainda de demonstrar que o Pentecostes foi um fen?meno universalizante, o autor identifica o contexto imediato ao fen?meno, alguns aspectos culturais religiosos e pol?ticos que at? ent?o funcionavam de forma compacta nas m?os dos judeus por conta dojudaismo, apartir da vis?o de que a religi?opertencia a uma castaexclusiva, a uma cultura superior ou a um s? idioma. Essa vis?o gerou: preconceito racial; exclusivismo religioso; etnocentrismo e um nacionalismo exacerbado. Esses aspectos formavam a base do imp?rio religioso judaico.O Pentecostes destruiu esse imp?rio e permitiu o "vazamento" de poder a outras culturas, gerando comunica??o interdisciplinar, instaurando a universalidade do Evangelho. Finaliza mapeando as v?rias culturas do mundo, propondo um entrela?amento transcultural entre: latinos e anglo-sax?es; africanos , orientais, enfim todas as culturas , como uma sinfonia orquestrada pela reg?ncia do Esp?rito. Para o autor, foi isso que ocorreu quando os disc?pulos "falaram em outras l?nguas"no dia de Pentecostes.



Cap.14 – O PENTECOSTES E O RITUALISMO



Analisando o papel da corporeidade nos ritos religiosos tradicionais, o autor demonstra que na nova religi?o em Cristo, n?o existe posturas corporais fixas e sacrais que privilegiam algumas partes do corpo, mas, todas as posturas e nem uma mais do queas outras …Todas s?o sagradas.O cerimonialismo judaico foi substitu?dopor uma nova e viva liturgia do Esp?rito, borbulhante como a pr?pria vida.



Cap.15 – O PENTECOSTES E OS BENS MATERIAIS



O autor faz uma abordagem teol?gico-socio-econ?mica do fen?meno, identificando as v?rias implica?es da descida do Esp?rito na realidade concreta do ser humano. A saber; a possibilidade da Partilha e da Fraternidade; que possibilitam a coer?nciaentre o discurso e a pr?tica; na distribui??o justa da renda nos pa?ses crist?os. O repartir dos bensindividuais com a nossa comunidade local; A manuten??o dos valores do evangelho em oposi??o ? lux?ria, explora??o, a ostenta??o e o consumismo. Finaliza afirmando que o impulso central do Pentecostes ?a distribui??o.



Cap.16 – O PENTECOSTES E A ORDEM NATURAL



O autor apresenta belamente uma cosmovis?o que real?a o entrela?amento do universo c?smico com a a??o divina. Afirmando que ao invocarmos a a??o divina, estamosprovocando uma movimenta??o em toda a Ordem Naturaldo universo. O autor defende uma vis?o holista, no sentido de integrar; Criador e cria??o. Recha?a a vis?o fragmentada que polariza Universo-Homem. Na vis?o do autor o Pentecostes unificou o Ser enquanto ser eem rela??o ao seu habitat – O universo.



Cap.17 – O PENTECOSTES E OS CULTOS MODERNOS



Comparandoo fen?meno do Pentecostes com as tend?ncias dos ensinos e cultos modernos, o autordenunciaa superficialidade da espiritualidade moderna, a inviabilidadedo espiritualismo oriental e a apatia da religiosidade tradicional.


Jones, estabelece o centro para o qual deve convergir todas as nossas experi?ncias humanas – A cruz. Para ele a cruz ? o fim do ego?smo e o in?cio da vida abundante. Criticando o misticismo oriental, o autor afirma que Deus n?o surge apartir de n?s, numa evolu??o que brota apartir do nosso ego. Deus vem do alto e s? seremos harmonizados se nascermos do Alto, pois de l? ? quevem o Esp?rito e n?o de dentro da psique humana. Entende tamb?m que as estruturas da personalidade humana ? muito diversificada, todavia, o Esp?rito atua em e usa todos os tipos de temperamentos.



Cap.18 – O PENTECOSTES E O MEIO



Ressaltando o fato de que Jesus insistiu com os seus disc?pulos para ficarem na cidade de Jerusal?m; reafirma a sua tese de que o Pentecostes descentralizou a religi?o da cultura judaica, pois, nesse caso, Jesus n?o estaria pensando numa Jerusal?m cidade Santa, mas seu objetivo era o de libert?-la do seuestere?tipo de "lugar santo" dali em diante. Tamb?m Jesus estaria preparando seus disc?pulos apartir de onde haviam fracassados. Aquela cidade deveria ser reestruturada apartir da transforma??o de cada alma moradora dali. Finaliza enfatizando que nossa espiritualidade precisa ser borbulhante e sem muletas religiosas.



Cap.19 – O PENTECOSTES E ARMAS DOS CRIST?OS



Nesse cap. o autor identifica o principal m?todo de transforma??o do Pentecostes: O Amor. A substitui??o das armas; espadas por capas; defesa pessoal, pela outra face e o mal pelo bem. Poder para dar a vida n?o para destru?-la.



Cap.20 – O PENTECOSTES E A UNIDADE



O autor chama a aten??o para o pluralismo racial presente no dia de Pentecostes, apartir das diferen?as ling??sticas, idiossincr?ticas e *religiosas(grifo meu) existentes at? o Pentecostes. Apartir de Pentecostes a possibilidade da unidade tornou-se poss?vel. Unidade, n?o *uniformidade(grifo meu); nas rela?es interpessoais, interdenominacionais e internacionais. Stanley Jones acusaa exist?ncia de um esp?rito de guerra entre os crist?os de hoje e conclui afirmando que toda a nossa dificuldade de relacionamento d?-se pelo fato de querermos reafirmar a todo custo o nosso Eu. Enquanto o nosso Eu n?o for para a Cruz, n?o experimentaremos unidade.Deus j? fez a sua parte ; foi para a cruz, agora ? a nossa vez!!


Cap.21 – O PENTECOSTES E OS MORALMENTE AJUSTADOS



O autor enfatiza apartir da universalidade da declara??o de Pedro no Pentecostes, que o Esp?rito realmente n?o segrega mas, est? acess?vel inclusive aos moralmente incapacitados; n?o est? restrito a uma classe , a uma elite moralizante.



Cap.22 – O PENTECOSTES , A CULTURA ESPIRITUAL E A CONQUISTA


Neste cap?tulo, Stanley Jones apresenta duas marcantes obras que o Pentecostes opera na vida de quem o experimenta: Purifica??o do cora??o e o Poder para testemunhar.


O autor denuncia no cristianismo atual, algumas classes de "crist?os" que podem perfeitamente serem conhecidos como: parasitas, santos de mau humor e religiosos ego?stas. Todos conhecidos pelo r?tulo de "crentes", crentes que precisam ser purificados em seus cora?es.



Cap.23 – ? MARAVILHOSO!



Nesse cap?tulo o autor real?a os efeitos terap?uticos de uma experi?ncia com o Pentecostes, como um estilo de vida em que o crist?o assume um estado de esp?rito tranq?ilo e alegre.


Referindo-se a v?rias experi?ncias de sua vida e de outras pessoas, o autor relaciona ?s experi?ncias dos ap?stolos de Jesus, ressaltando principalmente a alegria, a coragem e a maturidade espiritual.



Cap.24 e 25-A T?CNICA DA DESCOBERTA E A IGREJA NOS SEUS "BEAS"


Aprofundando de forma mais subjetiva o autor analisa o fen?meno do Pentecostes como busca pessoal do Esp?rito Santo, de forma intensa e como uma t?cnica de descoberta.Aqui o autor reafirma o importante papel da ora??o, como di?logo intrapessoal tamb?m e da submiss?o total ao Esp?rito.Reafirma que todos podem Ter acesso a esse "segredo aberto". Na verdade, o autor consegue ser bastante l?rico na sua abordagem. Pessoalmente acredito que seja imposs?vel n?o ser po?tico ao falar do Esp?rito.







 


O Cristo de todos os Caminhos,


Stanley Jones, Imprensa Metodista,


S?o Paulo,1993.




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