Levando na flauta
Um sopro do amor de Deus na comunidade
Domingo de manh?. Quem passa pelas ruas de terra de Mato Dentro, bairro a
A id?ia do Levando na Flauta ? dar aos alunos uma oportunidade de aprender uma atividade art?stica, al?m de despertar talentos para o Minist?rio de M?sica na Igreja. O instrumento usado tem baixo custo e o aprendizado ? relativamente curto, mas o dom?nio exige disciplina e dedica??o. O programa iniciou em 2002 e atende atualmente 30 crian?as, com 4 horas de aula a cada domingo. "No repert?rio constam m?sicas de folclore, cantigas de roda, m?sicas barrocas e hinos adaptados para conjunto de flauta com acompanhamento de viol?o ou teclado. As aulas terminam na hora do almo?o e as crian?as voltam ?s 15 horas para a escola dominical e culto", diz o professor.
O estudo da m?sica, segundo Nelson, tem proporcionado para as crian?as e adolescentes do Levando na Flauta um aumento da sociabilidade, da concentra??o e da disciplina. "No in?cio do projeto havia alunos agressivos, desatentos e com baixa auto-estima. Hoje tocam em grupo, s?o mais calmos, desenvolveram sensibilidade e alguns j? pensam at? em tocar outro instrumento. Quando surge um aluno com mais dificuldade, damos todo o apoio para que ele aprenda. N?o desistimos de nenhum dos alunos, e esta postura tem mostrado seus resultados. Um dos primeiros alunos com dificuldade na t?cnica de respira??o, j? quase desistindo, teve aulas particulares e acabou se tornando um dos melhores flautistas, com um sopro forte e afinado. Ele s? n?o participa mais do projeto porque teve que se mudar para outra cidade", lamenta Nelson.
Uma das maiores dificuldades do Levando na Flauta, segundo o m?sico, ? a falta da presen?a e apoio dos pais no processo de aprendizado das crian?as. "Em sua grande maioria os alunos s?o crian?as que v?m de fam?lias mal estruturadas, que n?o conseguem captar a import?ncia do projeto na vida dos filhos. Por meio do ensino da flauta e da proximidade que o processo de aprendizado traz, temos visto car?ncias de ordem emocional, intelectual, material e espiritual que ficam patentes e podem ser tratadas, incluindo por vezes as fam?lias".
Mas nenhum trabalho consegue ser realizado se n?o tiver uma equipe de apoio por tr?s. Al?m dos irm?os do ponto mission?rio (que t?m ajudado cedendo o espa?o, preparando um lanche para os alunos e providenciando transporte), a Sede da terceira regi?o repassou uma verba que foi usada para aquisi??o de mais 9 flautas. "Al?m disso, recebemos uma verba do projeto Dona Susana, que ser? destinada a capacitar alunos que se destacaram no aprendizado e que poder?o atuar como professores na comunidade", comenta Nelson.
Raissa Junker