Um pouco de hist?ria
A atua??o marcante do leigo metodista na hist?ria de nossa igreja, no Brasil, se fez presente desde o in?cio do Metodismo em nossa p?tria, definindo-se, desde ent?o, sua voca??o evangel?stica e mission?ria. Basta compulsar a nossa bibliografia hist?rica e verificar ali as marcas indel?veis da presen?a do homem metodista na implanta??o de nossa igreja em terras brasileiras, ombreando-se ? a??o pastoral e, n?o poucas vezes, at? antecipando-se a ela.
Kennedy, no livro "50 anos de Methodismo no Brasil", relata um acontecimento emblem?tico, nesse sentido – a cria??o da Igreja Metodista deSerra Azul, em S?o Paulo, em julho de 1895, em que"a igreja geral, por seus representantes autorizados, apenas teve que organizar oficialmente o grande n?mero de crentes que a palavra suave e convincente do Sr. Nunes conseguira arrebanhar para Cristo".
Em 1911, dando conte?do mais formal a essa atua??o do leigo metodista na igreja, foi organizado em Petr?polis, por ocasi?o de uma Confer?ncia Distrital, o chamado Movimento Leigo, cuja divisa "Ningu?m ocioso na Igreja" j? indicava o objetivo do grupo: "ganhar o Brasil para Cristo, cuidando das organiza?es da Igreja, sustento pastoral, miss?es dom?sticas e estrangeiras, constru??o de templos e col?gios, convites para a assist?ncia aos cultos, enfim, preparar o terreno em todos os sentidos para que os pastores possam, com liberdade e alegria, anunciar o Evangelho da paz". O seu primeiro Diretor foi o irm?o Ataliba de Oliveira Castro, membro da Igreja Metodista de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, mais tarde substitu?do pelo Cap. Arino Ferreira de Moraes, de Juiz de Fora.
O Movimento Leigo, que reunia principalmente os guias-leigos das igrejas locais, passou a realizar sistematicamente congressos distritais, regionais e at? nacionais, elegendo seus l?deres, os chamados guias-leigos paroquiais, distritais e regionais. Ele teve expressiva atua??o na vida da Igreja, notadamente no processo da Autonomia, transformando seus Congressos em verdadeiros Semin?rios onde se discutiam as bases desse movimento e as necessidades de uma mudan?a nas rela?es com a Igreja-M?e e se preparavam os leigos para assumirem as suas responsabilidades diante do novo quadro que se avizinhava.
Em 1927, ap?s a realiza??o de mais um Congresso desse movimento, o Rev. Os?rio do Couto Caire assim se manifestou sobre ele: "A impress?o que tivemos logo nas primeiras reuni?es, foi que os leigos sabem o que querem".Essa manifesta??o de apoio era de toda a igreja, que criou o Dia do Leigo no Calend?rio da Igreja Metodista para justamente homenagear aqueles sem os quais, como afirmou um grande l?der leigo da ?poca, “de forma alguma a Igreja cumpriria sua Miss?o, eis que o Evangelho de Cristo tem de ser pregado por todos, n?o sendo privil?gio dos cl?rigos”.
Consumada a Autonomia, o Movimento Leigo passou por uma transforma??o com a cria??o das primeiras Sociedades Metodistas de Homens. J? no pr?prio ano da Autonomia, justamente no dia 6 de dezembro de 1930, a Junta Nacional de Educa??o Crist? aprovava um modelo de Estatuto para as Sociedades Metodistas de Adultos(ou de Homens ou de Senhoras),incentivandoaexist?ncia dosgrupos societ?riosnas igrejas locais.
Crescente o n?mero dessas Sociedades, que iam sendo organizadas, houve por bem o saudoso Rev. Isnard Rocha, ent?o Secret?rio Regional de Educa??o Crist? da antiga Regi?o Eclesi?stica do Centro, convocar o primeiro Congresso de Sociedades de Homens, que se realizou na Igreja Metodista de Bauru, no Estado de S?o Paulo, dos dias 16 a 20 de novembro de 1938. No dia 19, em sess?o solene, foi organizada a primeira Federa??o das Sociedades Metodistas de Homens, a Federa??o Regional do Centro, que alcan?ava todo o Estado de S?o Paulo e o do Paran?.
Esse dia – 19 de Novembro – passou a ser considerado, no Calend?rio Metodista, como o Dia da Sociedade Metodista de Homens.
Com a consolida??o do trabalho societ?rio dos Homens Metodistas, houve por bem o Conc?lio Geral da Igreja Metodista, realizado em 1942, abolir da estrutura da igreja os cargos de Guia-Leigo Regional e Guia-Leigo Paroquial, que eram express?es da atua??o do Homem Metodista a n?vel regional, mantendo apenas o de guia-leigo da igreja. Igualmente, por via de conseq??ncia, os Conc?lios Regionais logo a seguir cancelaram o “Dia dos Leigos” no Calend?rio da Igreja.
A Junta Geral de Educa??o Crist?, ainda nesse ano de l942, decidiu criar o distintivo oficial para as Sociedades de Homens. Atrav?s de concurso realizado atrav?s das p?ginas do Expositor Crist?o, foram apresentadas 15 sugest?es, examinadas por um grupo de pessoas indicadas pela Junta Geral. Foi escolhida a sugest?o do irm?o C?cero Inojosa, da Igreja Metodista de Vila Mazzei, transformada no nosso ainda hoje distintivo oficial.
A segunda Federa??o Regional organizada foi a da Regi?o Norte, que alcan?ava os Estados do Rio de Janeiro, de Minas Gerais e do Esp?rito Santo e o Distrito Federal, ? ?poca a cidade do Rio de Janeiro. Em meio ao ano de 1943, o n?o menos saudoso Rev. Almir dos Santos, na qualidade de Secret?rio Regional de Educa??o Crist? daquela Regi?o, convocava as Sociedades de Homens sob sua responsabilidade para o que seria o Primeiro Congresso Regional dos Homens Metodistas da Regi?o Norte.
Em 1955, o Conc?lio Geral aprovou a cria??o de novas regi?es eclesi?sticas, subdividindo as 3 ent?o existentes. A Regi?o Eclesi?stica do Norte deu origem ? 1a Regi?o (Estado do Rio de Janeiro) e ? 4a (Minas Gerais e Esp?rito Santo).Da Regi?o Centro, formou-se a 3a Regi?o (S?o Paulo Capital, a Grande S?o Paulo e o litoral paulista),a 5a Regi?o (o interior de S?o Paulo, Bras?lia, Mato Grosso e Goi?s) e a 6a Regi?o (Paran? e a inclus?o de Santa Catarina). Da Regi?o Sul originou-se a 2a Regi?o.
No que diz respeito ? Primeira Regi?o, o seu Congresso Constitutivo, portanto o primeiro, realizou-se em janeiro de 1956, sendo eleito Presidente o irm?o Elyas da Silva Soares, ent?o da Igreja Metodista de Cascadura.
Como j? foi afirmado acima, tanto o Movimento Leigo primeiro e, depois, as novas Sociedades Metodistas de Homens, pautavam a sua atua??o numa vis?o da absoluta responsabilidade que cada Homem Metodista deveria ter diante da obra que o Senhor da Igreja queria promover entre n?s, brasileiros.
Essa vis?o de sua responsabilidade na vida da Igreja Metodista os homens preservam at? hoje e sua atua??o no avan?o mission?rio do movimento metodista ? manifesto. As atividades mais desenvolvidas pelas Sociedades de Homens nas igrejas locais ainda s?o aquelas justamente voltadas para a evangeliza??o, na realiza??o de cultos em casas de s?cios, em pontos de prega??o permanentes e outros trabalhos evangel?sticos, como cultos ao ar livre, em cadeias e hospitais, al?m de se responsabilizarem diretamente por novos trabalhos mission?rios que v?o se abrindo aqui e ali.
Essa ? a voca??o do Homem Metodista. E quando se comemora mais uma vez o seu dia, desejamos que todos possam estar alegremente cumprindo o seu dever, procurando "apresentar-se a Deus aprovado, como obreiro que n?o tem do que se envergonhar e que maneja bem a Palavra da Verdade", como bem recomendava o Ap?stolo Paulo e como n?s repetimos como nosso moto oficial.
Carlos Wesley
