semana da pátria 2009 IBGE















IBGE lan?a relat?rio com an?lises de estat?sticas de gravidez, nascimentos, doen?as graves, envelhecimento e morte no Brasil

Fonte: Ag?ncia Soma (www.agenciasoma.com.br)













  Com informa?es sobre fecundidade, natalidade, mortalidade, doen?as cr?nicas e sa?de coletiva, que demonstram, entre outras, a possibilidade de mais ou menos situa?es familiares que pedem cuidados pastorais, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estat?stica (IBGE) acaba de lan?ar (2/9) os resultados do estudo “Indicadores Sociodemogr?ficos e de Sa?de no Brasil”. O material deve receber aten??o especial tamb?m de l?deres religiosos. Os n?meros demonstram tend?ncias de acontecimentos importantes e carregados de emo??o para as pessoas. A pesquisa trata de temas como gravidez, nascimento, doen?a grave, envelhecimento, morte, plano de sa?de, equipamento para exames em hospital p?blico. Pegue aqui a ?ntegra do relat?rio ou leia a seguir um resumo com alguns resultados do estudo.
  
   * Nos ?ltimos anos, o Brasil vem apresentando um novo padr?o demogr?fico que se caracteriza pela redu??o da taxa de crescimento populacional e por transforma?es profundas na composi??o de sua estrutura et?ria, com um significativo aumento do contingente de idosos.
  
   * O padr?o demogr?fico brasileiro manteve-se, at? meados do s?culo 20, relativamente est?vel, com elevadas taxas brutas de natalidade (entre 45 e 50 nascimentos por mil habitantes) e taxas de fecundidade total entre 7 e 9 filhos, em m?dia, por mulher, refletindo a concep??o de fam?lia numerosa, t?pica de sociedades agr?rias. As grandes transforma?es come?am a partir dos anos 40, com um consistente decl?nio dos n?veis gerais de mortalidade, embora n?o concomitante ao decl?nio da natalidade, que s? se intensificou nos anos 1980.
  
   * Assim, a esperan?a de vida ao nascer dos brasileiros vem paulatinamente aumentando, o que aponta para o envelhecimento populacional e exige novas prioridades na ?rea das pol?ticas p?blicas, como a forma??o de recursos humanos para atendimento geri?trico e gerontol?gico, e de medidas com rela??o ? Previd?ncia.
  
   * Diferen?as na esperan?a de vida entre os sexos acentuou-se nos anos 1980. Nordeste melhorou em esperan?a de vida. Diferen?a do sul diminuiu. Hoje ? de 5 anos. As diferen?as por sexo para esse indicador passam a ser relevantes a partir dos anos 80 em praticamente todas as regi?es brasileiras, por causa da tend?ncia de aumento das causas violentas, que passam a afetar prioritariamente os homens. Em 1980, a sobrevida feminina era de 6 anos. Essa diferen?a aumenta para 7,6 anos em 2000, sendo que, no Sudeste, os homens vivem, em m?dia, quase 9 anos a menos que as mulheres.
  
   * O aumento da instru??o feminina vem contribuindo para a redu??o do n?mero de filhos. At? 1960, taxa de fecundidade total (TFT) era levemente superior a 6 filhos por mulher, caindo para 5,8 filhos em 1970, puxada pelo Sudeste. No Sul e Centro-Oeste, o in?cio da transi??o da fecundidade ocorre a partir do in?cio da d?cada de 70, enquanto no Norte e Nordeste, apenas no in?cio da d?cada de 80. O decl?nio manteve-se nas d?cadas seguintes, chegando ? estimativa de 1,99 filho em 2006 – um decl?nio vertiginoso em 30 anos em rela??o a pa?ses desenvolvidos, que demoraram mais de um s?culo para atingir patamares similares.
  
   * H? uma associa??o entre posi??o socioecon?mica da popula??o e n?veis de fecundidade: grupos menos instru?dos ainda apresentam taxas de fecundidade mais elevadas. Essa diferen?a, por?m, vem se reduzindo nas ?ltimas tr?s d?cadas em todas as regi?es. O diferencial, que, em 1970, era de 4,5 filhos por mulher, declina para 1,6 filho em 2005, puxado, sobretudo, pela queda na taxa de fecundidade total das mulheres com at? 3 anos de estudo, que passa de 7,2 filhos para 3,0 filhos. Em todos os estados, as mulheres com mais de oito anos de escolaridade (pelo menos o ensino fundamental completo) t?m taxas de fecundidade total abaixo do n?vel de reposi??o (2 filhos).
  
   * Em menos de 40 anos, o Brasil passou de um perfil de mortalidade t?pico de uma popula??o jovem para um desenho caracterizado por enfermidades complexas e mais onerosas, pr?prias das faixas et?rias mais avan?adas. O fato marcante em rela??o ?s doen?as cr?nicas ? que elas crescem de forma muito importante com o passar dos anos: entre os de idade de 0 a 14 anos, foram reportados apenas 9,3% de doen?as cr?nicas, mas entre os idosos este valor atinge 75,5% (69,3% entre os homens e 80,2% entre as mulheres). Os 20% de idosos mais pobres apresentaram preval?ncia estatisticamente significativa menos elevada (69,9%) de doen?as cr?nicas. Os demais declararam propor?es semelhantes (de, aproximadamente, 75%).
  
   * O Brasil envelhece rapidamente, mas os grandes centros urbanos, embora j? apresentem um perfil demogr?fico semelhante ao dos pa?ses mais desenvolvidos, ainda precisam melhorar a infraestrutura de servi?os para dar conta das demandas decorrentes das transforma?es demogr?ficas vigentes. O idoso consome mais os servi?os de sa?de, as interna?es hospitalares s?o mais freq?entes, e o tempo de ocupa??o do leito ? maior devido ? multiplicidade de patologias, quando comparado a outras faixas et?rias.
  
   * Entre os idosos, o custo da interna??o per capita tende a aumentar ? medida que a idade aumenta, passando de R$ 93 por idoso na faixa et?ria de 60 a 69 anos, para R$ 179 entre aqueles de 80 anos ou mais. Os homens idosos apresentaram, em 2006, um custo per capita (R$ 100) menor do que as mulheres (R$ 135).
  
   * A cobertura dos planos de sa?de entre os idosos ? de aproximadamente 5 milh?es de pessoas de 60 anos ou mais de idade, representando 29,4% do total da popula??o nessa faixa et?ria. Entre os idosos usu?rios do SUS, apenas 5,8% apresentavam um rendimento domiciliar de mais de tr?s sal?rios m?nimos per capita, enquanto que, entre os idosos que possu?am planos privados, esta propor??o alcan?ava 42,8%.
  
   * O n?mero de nascimentos no pa?s, de acordo com as informa?es fornecidas pelo SINASC (Sistema de Nascidos Vivos) do Minist?rio da Sa?de, caiu de 3,2 milh?es, em 2000, para 2,9 milh?es, em 2006. Regionalmente, a queda foi mais acentuada nas regi?es Sul e Sudeste.
  
   * No per?odo de 2000 a 2006, houve decl?nio da participa??o dos nascimentos oriundos de m?es dos grupos et?rios de 15 a 19 anos e 20 a 24 anos. No grupo de m?es entre 10 a 14 anos houve estabilidade e, entre as m?es acima de 24 anos, um pequeno crescimento nos percentuais de nascimentos. Em 2006, 51,4% (1.512.374) dos nascidos vivos eram filhos de m?es com idade at? 24 anos, sendo 27.610 (0,9%) de m?es do grupo et?rio de 10 a 14 anos; 605.270 (20,6%) filhos de m?es de idade entre 15 a 19 anos e, 879.493 (29,9%), crian?as nascidas de m?es com idade de 20 a 24 anos. Em 2000, esses grupos et?rios correspondiam, respectivamente, a 0,9% (28.973), 22,5% (721.564) e, 31,1% (998.523). O Maranh?o registrou, em 2006, a maior propor??o de nascimentos de m?es com idade at? 24 anos (66,2%).
  
   * Segundo o Minist?rio da Sa?de, a cesariana j? representa 43% dos partos realizados no Brasil nos setores p?blico e privado, quando a recomenda??o da Organiza??o Mundial da Sa?de ? para que as ces?reas sejam de, no m?ximo, 15% dos partos, limitando-se a situa?es de risco tanto da m?e quanto da crian?a. Quando se levam em conta os planos de sa?de privados, constata-se que esse percentual ? ainda maior, chegando a 80%. J? no Sistema ?nico de Sa?de, as ces?reas somam 26% do total de partos. Segundo relat?rio da Rede Interagencial de Informa?es para Sa?de no Brasil, de 2008, os partos ces?reos s?o mais comuns entre as mulheres com maior n?vel de instru??o, chegando a quase 70% entre aquelas com 12 anos e mais de escolaridade e sendo menos de 20% entre as mulheres com menor grau de instru??o.
  
   * Ocorreram profundas transforma?es nos padr?es da mortalidade da popula??o brasileira a partir de meados da d?cada de 1990. Ela mant?m tend?ncia de queda no pa?s, particularmente a infantil e a de menores de cinco anos. As causas relacionadas a enfermidades infecciosas e parasit?rias perderam import?ncia relativa nesta faixa et?ria. Agora s?o predominantes as afec?es perinatais, prov?vel reflexo da n?o-extens?o de servi?os de sa?de de qualidade a toda a popula??o.
  
   * O atendimento pr?-natal, por exemplo, ainda ? insuficiente nas regi?es Norte e Nordeste. Tais regi?es ainda apresentam falhas na cobertura dos ?bitos, em particular os infantis – no Rio Grande do Norte, Alagoas, Para?ba, Maranh?o e Cear? as subnotifica?es s?o superiores a 40%. Mesmo para o total dos ?bitos, a subnotifica??o tamb?m ? extremamente elevada (acima de 26%) nesses locais. A m?dia nacional ? 12%; e a dos estados do Centro Sul do pa?s est? abaixo de 10%.
  
   * J? os idosos s?o atingidos mais fortemente por enfermidades relacionadas a problemas do aparelho circulat?rio. Tamb?m chama aten??o o aumento dos ?bitos relacionados a neoplasias.
  
   * A propor??o de ?bitos notificados como causas mal definidas continua significativa, apesar da melhoria observada na notifica??o das reais causas de morte. Estas englobam os casos em que os sintomas e os sinais n?o foram objetivamente esclarecidos, al?m dos achados anormais de exames cl?nicos e de laborat?rio.
  
   * Os homens jovens, pobres, na faixa de 15 a 29 anos de idade s?o, ao mesmo tempo, as principais v?timas e os principais agentes da situa??o de viol?ncia que tem afetado a sociedade brasileira. A viol?ncia letal ? a principal causa de morte para homens entre 15 e 29 anos de idade, representando mais da metade das mortes para essa parcela da popula??o brasileira, entre 2000 e 2005. Em 2000, a taxa de mortalidade por homic?dios (por cada 100 mil jovens) na popula??o masculina de 15 a 29 anos, no pa?s era de 98,3, reduzindo-se para 95,6 em 2005.
  
   * Equipamentos de diagn?stico por imagem no setor p?blico – Em 2005, o Brasil contava com 39.254 equipamentos de diagn?stico por imagem, 20% a mais que em 1999. Essa varia??o foi maior entre os aparelhos de resson?ncia magn?tica (93% de aumento), mam?grafos com comando simples (71%), ultrassom doppler colorido (58%) e raio-X para hemodin?mica (51%). O crescimento dos raios-X ficou abaixo da m?dia (9%) assim como o dos ultrassons ec?grafos (4%), o que pode mostrar que os equipamentos mais simples, embora em n?mero maior, t?m um crescimento menor vis-?-vis os mais complexos.
  
   * Popula??o ind?gena – De 1991 para 2000, os Censos Demogr?ficos revelaram que o percentual de ind?genas na popula??o brasileira passou de 0,2% (294 mil) para 0,4% (734 mil), o que representa um crescimento absoluto de 440 mil ind?genas, ou uma taxa de crescimento anual de 10,8% entre os dois censos. Isso pode ser explicado n?o s? pelo aspecto demogr?fico, mas tamb?m pela mudan?a na auto-identifica??o de um contingente de pessoas que nos censos anteriores, provavelmente se declaravam como pardos.
  
   * Os Censos revelaram uma nova distribui??o espacial da popula??o que se declarou ind?gena: na regi?o Norte, esta popula??o representava 42,4% do total, em 1991, e caiu para 29,1% em 2000. J? no Sudeste, entre 1991 e 2000, o n?mero de pessoas que se classificaram como ind?genas pulou de 30.586 para 156.134. No Nordeste, esse contingente foi de 55.851 para 166.500 no per?odo.
  
   * O crescimento demogr?fico de alguns povos ind?genas remanescentes pode ser explicado por fatores como o aumento da sua resist?ncia aos agentes infecciosos, por a?es de sa?de voltadas a essas popula?es, e pela organiza??o dos povos ind?genas em institui?es para sua pr?pria defesa. Destaca-se tamb?m o avan?o na escolaridade m?dia da popula??o ind?gena, que quase duplicou na ?ltima d?cada: em 1991, a m?dia de anos de estudo entre os ind?genas de 10 anos ou mais de idade era de 2,0 anos, passando para 3,9 anos em 2000.
  
   Leia a publica??o completa do relat?rio da pesquisa do IBGE (em formato pdf).
  
   Fonte: IBGE (informa?es e texto, exceto o primeiro par?grafo)





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