Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

A INJUSTIÇA SOCIAL REFLEXÃO

      

Chove nesta manhã aqui, bem como em todo sudeste brasileiro. Neste dia quinze de novembro, final de ano, quando os(as) leigos(as) e pastores(as) vivem momentos de expectativa na mudança ou não do ministério pastoral.

 

Enquanto isso, em Astolfo Dutra, uma cidade da Zona da Mata mineira, cercada por Centros Espíritas e muitos problemas sociais, muito embora seja um município com apenas cerca de doze mil e quinhentos habitantes.

 

Por aqui, feriado não existe. Jornada organizada de trabalho é bicho estranho! Continuamente, viram-se noites a trabalho. Seja nas Confeccões, Faccões, Lavanderias ou arremates de roupas nas casas, onde homens, mulheres, jovens, adolescentes e crianças participam.

 

Não há uma política de ensino que incentive os meninos e meninas a continuarem na escola. Esses(as) vivem ociosos, nas ruas, na vida noturna - bailes, drogas lícitas e ilícitas - onde tranqüilamente passam madrugadas a dentro. Trabalham em alguns setores, sem nenhum problema ou fiscalização, gerando famílias desestabilizadas em função da desorganização trabalhista e social.

 

No município, a pirataria e a gravação de cd?s nos altos dos morros é normal. Não se compra nada original! As "Lan Houses" (casas de jogos e internet) vivem cheias de crianças e adolescentes. Esses lugares muitas vezes não oferecem a segurança básica para tal faixa etária.

 

Não há uma fiscalização eficaz! É como se estivéssemos fora da civilização, daquela que leva a uma vida digna e justa. A cidade é considerada terra do fumo, na qual o estalar e o lidar com o mesmo não possuem cor religiosa. Falta o caráter cristão nesta vivência.

 

Frente a um protestantismo sectário, um catolicismo frágil e uma doutrina da reencarnação mais organizada, que leva as pessoas a um comodismo espiritual forte, recordo aqui o profeta Zacarias em seu capítulo décimo, verso segundo: "Porque os ídolos do lar falam coisas vãs, e os adivinhadores vêem mentiras, contam sonhos enganadores e oferecem consolações vazias; por isso, anda o povo como ovelhas, aflito, porque não há pastor".

 

É angustiante observar o proselitismo religioso que ocasiona a inchação religiosa e a falta de fiscalização EFICIENTE, principalmente nas áreas educacional e TRABALHISTA, que deveria minorar a situação dos mais simples.

 

Relembro aqui também o profeta Oséias em seu capítulo quarto, verso sexto, primeira parte: "O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento..." São carentes do Bíblico (convivência com Deus e com o irmão) e do Legal (trabalhista com autoridades eficazes).

 

Que o sonho dos profetas e a justiça trabalhista aconteçam neste lugar árido, resgatando a eficácia da Vida através dos meninos e meninas!

            Amém!

 

 

 

Débora Blunck Silveira - pastora metodista (4ª Região Eclesiástica).

 

 


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