Acao Social Kebel

 









Igreja Evang?lica e A??o Social: Dilemas de Percurso


Temos assistido a um movimento de "entrada" das igrejas crist?s brasileiras no ?mbito p?blico, sob o nome de responsabilidade social das igrejas.

O termo ?entrada?, pode ofender a alguns, especialmente aos protestantes hist?ricos tais como metodistas, presbiterianos, anglicanos, luteranos e batistas, no entanto, como onda cidad?, esse momento constitui novidade.

A novidade consiste numa entrada tamb?m de grupos carism?ticos, neo-pentecostais e outros ramos mais modernos do protestantismo, com o af? de responder aos anseios da dura realidade brasileira.

Essa entrada consiste ainda num novo paradigma do fazer social das igrejas, principalmente utilizado pelo primeiro grupo, a saber, a utiliza??o de referenciais e instrumentos das ci?ncias humanas, enquanto que ao segundo grupo, com raras exce?es, reduzem sua a??o social a um mero exerc?cio de proselitismo religioso.

Considerando a hist?ria da chegada e desenvolvimento do protestantismo brasileiro, vimos desde o in?cio a a??o social e em especial o bra?o educacional, como mecanismo de inser??o e conquista de espa?o e respeito em terra brasilis.

Eram, na maioria, a?es desenvolvidas por mission?rios/as estrangeiros num modelo que, ora designamos nas ci?ncias humanas, paternalistas, embora naquela ?poca n?o se refletia nesse n?vel e intensidade.

Ocorre que as denomina?es hist?ricas se estabeleceram, fundaram escolas, universidades (inclusive colaborando com sistemas educacionais para o governo brasileiro), orfanatos e outros servi?os, mas em breve suas institui?es educacionais tornariam em instrumentos de educar elites e sem uma pr?tica transformadora nas camadas mais baixas da popula??o.

Resumindo, sem condena??o, mas classificando, a a??o social das igrejas protestantes aqui instaladas reduzia-se a fincar as tendas, formar elites e promover um servi?o proselitista, catequista e anti-cat?lico.

Hoje essas institui?es educacionais, inclusive as cat?licas, sofrem uma crise de consci?ncia entre servir aos mais pobres ou educar/perpetuar a classe abastada no poder.

Por outro lado, grupos crist?os mais moderados e de uma segunda gera??o do protestantismo brasileiro (pentecostais hist?ricos e primeiros dissidentes das igrejas hist?ricas por exemplo) acordaram pro trabalho social ap?s a gesta??o da, do Evangelho Social, Teologia da Liberta??o, Movimento de Lausanne (este com a formata??o da Miss?o Integral). Mas ainda com aquele ran?o proselitista e anti-cat?lico.

Destaque para institui?es p?ra-eclesi?sticas estrangeiras ou n?o, que indignadas pelo marasmo social das igrejas, foram se envolvendo a?es de enfrentamento dos mais diversos problemas e junto ?s diversas minorias do pa?s.

Setores mais progressistas presentes nas mais diversas denomina?es hist?ricas for?aram certo extremo ao proselitismo-catequista-assistencialista, com postura ecum?nica, referenciado pelas ci?ncias humanas e teologias sociais.

Mas de que a?es sociais da igreja estar?amos falando? Dado a situa??o carente de nosso pa?s seria poss?vel realizar uma a??o social apenas amparado pelo tecnicismo cient?fico e sem certa dose de assistencialismo? Seria poss?vel, no contexto da igreja e sua miss?o, estabelecer um modelo que n?o seja de todo proselitista-catequista?

Mais uma vez, classificando, a a??o social protestante, mais que se inspirar no reino de Deus, pelo contr?rio, foi construindo reinos de eus, personalistas, clientelistas e empresariais, ? semelhan?a de modelos mais perniciosos do capitalismo.

Tem se constitu?do num mero instrumento de pesca de ?n?o-crist?os? e pretexto para incha?o de templos, inclusive com certos grupos, ? semelhan?a dos diversos n?veis de governo, numa pol?tica de balc?o.

Com raras exce?es (movimento pelas Diretas J?, Estatuto da Crian?a e do Adolescente), temos visto poucas a?es efetivas e eficazes, seja na forma de presen?a em conselhos, mobiliza??o social ou na formula??o de pol?ticas p?blicas.

As igrejas evang?licas expandem e os problemas sociais tamb?m, o que nos leva a um exame sobre nossa presen?a p?blica e sobre o tipo de a??o que desenvolvemos, tipo de crescimento que queremos, quais modelos adotamos sen?o o do Reino de Deus.

S?o diversas as perguntas, os ?ngulos de reflex?o para an?lises e respostas, bem como os n?veis de maturidade cidad? dos protestantes, mas bem maior ainda s?o os problemas do pa?s.

No entanto, temos no Reino de Deus o modelo de mundo que devemos criar, em Jesus de Nazar?, o modo como devemos servir.



Cleber Lizardo ?Kebel? Assis, Projeto Sombra e ?gua Fresca



Publicado originalmente no site da Rede Evang?lica Nacional de A??o Social: www.renas.org.br


 


 


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