amor pela vida prof horizontina


 


Profa. Horizontina Mello Canfield, Pastoral Escolar do Col?gio Metodista de SBC.


Todos os dias somos bombardeados pelas m?dias com uma s?rie de atitudes que demonstram descaso para com a vida. Em outras palavras, ? como afirmou um jornalista, diante das ?ltimas not?cias, “parece que estamos nos acostumando com tantas mortes”. ? como se tiv?ssemos tomado a vacina da indiferen?a e desinteresse! Mas, onde encontrar, hoje, for?a e ?nimo para pensar a morte e sair dessa indiferen?a?


Sou crist? e, diante disso, penso a P?scoa como um convite para sonhar com os p?s no ch?o. Sonhar com uma utopia que leva em conta a vida em si mesma, boa, plena e rica em amor entre todos(as). Isso porque a P?scoa traz ? tona o tema da morte. O que, nas palavas do te?logo J?rgen Moltmann, quando fala da vida e morte de Jesus diz que: “Aceitamos a brutalidade. N?o queremos admitir a mis?ria dos outros. Evitamos, destarte, sofrer com eles. Perdemos a paix?o pela vida. Evitamos os conflitos. A morte se aninha em n?s“.? como se, na nossa indiferen?a, a vida fosse se esvaindo porque a luta pela sobreviv?ncia, nesses tempos, transforma-nos em “seres injustos e desumanos”. E, se, tempos atr?s, faltava amor entre as pessoas, hoje perdemos at? o amor pela vida.


Trata-se de, na P?scoa, olhar para Deus com o olhar de quem O sente apaixonado pela vida. A morte de Cristo ? transformada em testifica??o do amor de Deus pela vida diante da morte. ? como se Deus quisesse mostrar-nos um exemplo de relacionamento: aquele que, apesar de todo sofrimento e injusti?a, apesar das maiores e piores dores, assim mesmo continua amando. A? est? o segredo: Jesus cria vida entre os que sofrem porque os ama e n?o por causa do grande poder.


A tristeza, a felicidade, a alegria e o sofrimento ensinam-nos que amar ? enfrentar os momentos tanto de vida como de morte! O alerta ? quando deixamos que as decep?es, as amarguras, o individualismo e o medo sejam os par?metros para os nossos relacionamentos porque, com isso, isolamo-nos e morremos para os outros.


Nesse per?odo de prepara??o para a P?scoa, amar a vida pode significar n?o se acostumar, n?o ficar indiferente, mas expor-se, abrir-se para o(a) outro(a) que sofre, que se angustia e que se sente abandonado(a). Mesmo que corramos riscos, ? melhor viver plenamente em amor do que chegar ao final e nos arrependermos por n?o termos vivido, pois afinal “o que permanece da paix?o pela vida ? o amor, o ?sim? apaixonado para a vida e a resist?ncia apaixonada contra a nega??o da vida. Eis a? o segredo da vida e da morte. A apatia nos quer livrar da morte, mas na verdade nos tira a vida. Espalha entre n?s a rigidez da morte. O amor, por?m, transforma a vida em paix?o e nos disp?e ao sofrimento. A orienta??o da paix?o de Deus e a hist?ria do sofrimento de Cristo levam-nos da morte para a vida e nos preservam, a n?s e ao mundo, do naufr?gio na apatia”.

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