Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 08/09/2010

Brasil ainda tem 14,1 milhões de analfabetos

Dados da Pnad 2009 mostram que o índice caiu de 10% para 9,7% da população
agência estado

A taxa de analfabetismo do Brasil entre pessoas de 15 anos ou mais de idade caiu de 10% para 9,7% entre 2008 e 2009, a quinta queda consecutiva. No entanto, mesmo com a queda, este porcentual ainda representa um volume grande em números absolutos, somando 14,1 milhões de analfabetos no País em 2009, a maioria concentrada entre homens, maiores de 25 anos e localizados na Região Nordeste. As conclusões constam da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2009, divulgada nesta quarta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O IBGE também apurou uma discrepância entre analfabetos homens e mulheres: em 2009, a taxa de analfabetismo entre homens de 15 anos ou mais de idade foi de 9,8% e a das mulheres, para a mesma faixa etária, foi menor, de 9,6%. Ainda segundo o instituto, 92,6% dos analfabetos em 2009 tinham 25 anos ou mais de idade.

Entre as regiões, o Nordeste é o destaque negativo, com taxa de analfabetismo em 18,7% em 2009, a maior do País. A segunda posição entre as regiões com maior proporção de analfabetos ficou com a Norte, com taxa de 10,6%, seguida por Centro-Oeste (8%), Sudeste (5,7%) e Sul (5,5%).

O instituto também apurou que a taxa de analfabetismo funcional, que é o porcentual de pessoas de 15 anos ou mais de idade com menos de quatro anos de estudos completos, foi duas vezes superior à taxa de analfabetismo, com resultado de 20,3% em 2009. Mas esta taxa foi menor do que a apurada em 2008 para analfabetismo funcional, de 21%.


Rede pública

A rede pública de ensino foi responsável por mais da metade dos estudantes do país e responde por 78,1% do total de 55,2 milhões de alunos pesquisados em 2009 (43,1 milhões de pessoas). Os alunos que utilizavam a rede particular de ensino somavam, aproximadamente, 12 milhões, de acordo com a PNAD.

Entre os alunos que frequentavam a rede pública de ensino, 54,7% estavam na esfera municipal, 42,9% na rede estadual e 2,4% na federal. De acordo com o IBGE, a rede pública foi responsável pelo atendimento da maioria dos estudantes que cursavam até o ensino médio. No entanto, ao se focar apenas o ensino superior, a rede privada atendeu 76,6% do total de estudantes (4,9 milhões de alunos).

A PNAD mostrou ainda que a taxa de escolarização subiu de 72,8% para 74,8% nas crianças entre 4 e 5 anos, de 2008 para 2009. No mesmo período, avançou de 97,5% para 97,6% nas crianças e adolescentes de 6 a 14 anos. E cresceu de 84,1% para 85,2% entre adolescentes de 15 a 17 anos.

Ainda segundo o levantamento, a população de dez anos ou mais de idade em 2009 atingiu 7,2 anos de estudo em média. Ao se separar homens e mulheres de dez anos ou acima, a média de anos de estudo é maior entre as mulheres, de 7,4 anos, contra 7 anos para os homens. Aproximadamente um terço das pessoas de dez anos ou mais tinham pelo menos 11 anos de estudo.


Posts relacionados

Geral, por José Geraldo Magalhães

Geral, por José Geraldo Magalhães

Geral, por José Geraldo Magalhães

Geral, por José Geraldo Magalhães