"Procurem manter a unidade que prov?m do Esp?rito Santo, por meio da paz que une a todos." Ef?sios 4.3
Como Conselho Latino-americano do Igrejas nos surpreende este conflito entre pa?ses irm?os como o s?o o Equador e Col?mbia. O que come?ou na s?bado 01 de Mar?o com o an?ncio da morte de um importante l?der guerrilheiro das FARC em territ?rio equatoriano, converteu-se na pior crise pol?tica da regi?o andina nos ?ltimos tempos.
O Equador denuncia uma viola??o ? sua soberania por duas a?es: a presen?a de guerrilheiros das FARC e a a??o militar ordenada pelo Governo da Col?mbia em territ?rio equatoriano. Entendemos que para a solu??o do conflito ? necess?rio que se condene a viola??o da soberania, al?m disso que se arbitrem medidas concretas para que n?o se repitam feitos como os que causaram o conflito ?ltimo, com seus efeitos nocivos pelo conflito interno e a viol?ncia no pa?s vizinho, alguns dos quais afetam ? popula??o equatoriana mais vulner?vel nas prov?ncias fronteiri?as pelo dom?nio do narcotr?fico, guerrilha, paramilitares e delinq??ncia.
A viola??o da soberania equatoriana por parte da Col?mbia teve um dram?tico desenlace: o Equador rompeu rela?es com Bogot? e autoridades da Col?mbia levantaram muito graves acusa?es sobre supostos acordos das FARC e o Governo de Correia.
O presidente equatoriano disse que seu colega colombiano o enganou, pois, quando o chamou por telefone, na s?bado 01 de Mar?o, para lhe informar sobre a morte do Raul Reis e outros insurgentes, disse-lhe que nas opera?es houveram combates, ou seja, que houve enfrentamento e que os tiros foram disparados desde o territ?rio colombiano. Mas nada disso foi verdade.Como se comprovou com imagens no lugar dos acontecimentos, o ataque se produziu do sul para o norte, o que significa que os colombianos penetraram o territ?rio nacional equatoriano, e n?o houve enfrentamento como disse o presidente colombiano, pois os mortos foram encontrados em roupas ?ntimas e, inclusive, alguns dos guerrilheiros foram "mortos" com disparos pelas costas.
Certamente esta ? a pior crise pol?tica da regi?o andina nos ?ltimos tempos. V?rios organismos internacionais est?o buscando consertar o desencontro entre duas na?es irm?s.Tamb?m como Igrejas queremos chamar com veem?ncia ao governo da Col?mbia e do Equador a sempre insistir no di?logo. Nossos povos querem viver em harmonia e em paz. Qualquer outro cen?rio ? indesej?vel.
Como Igrejas no Equador e Col?mbia, membros do Conselho Latino-americano do Igrejas seguiremos acompanhando os di?logos em torno deste conflito com nossas ora?es e nossa vigil?ncia, pois proclamamos que "A m?o do Senhor n?o ? curta para salvar, nem ? surdo seu ouvido para ouvir". (Isa?as 59:1). Na gra?a de Deus, sempre h? um tempo para a reconcilia??o que constr?i o caminho da paz.
Atenciosamente, em Cristo Jesus
Quito, 04 de Mar?o de 2008.
Rev. Nilton Giese
Secret?rio Geral Interino do Conselho Latino-americano do Iglesias