"A unidade crist? ? movida pelo nosso senso de dever para com Cristo"
Em culto realizado ontem, ?s 20 horas, o pastor Ariovaldo Ramos, da Igreja Crist? Reformada, pregou sobre a passagem do livro de Marcos que conta a hist?ria do homem paral?tico que, deitado sobre uma cama, foi carregado por seus amigos at? a presen?a de Cristo.
"Que bom que este homem tinha amigos que acreditaram na possibilidade de cura. Quem bom que este homem tinha amigos ?parteiros?, prontos a lev?-lo ? luz", disse o pastor.
De fato, este homem tinha amigos que o amavam e que tinham f?. Contudo, um detalhe foi fundamental para que o homem doente pudesse chegar at? Jesus de Nazar?, afirmou o pregador. "Ele tinha amigos que eram amigos entre si e podiam trabalhar juntos na perspectiva de ajud?-lo". Assim, eles uniram seus dons para levar o amigo a Cristo. "As diferen?as come?aram a conjugar-se para criar um conjunto ?nico e eficiente para colocar aquele mo?o diante de Jesus de Nazar?". |
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Ariovaldo Ramos lembrou que os amigos tiveram que cometer a ousadia de interromper o pregador. Que era algu?m muito especial: "ao mesmo tempo pregador e prega??o". Mas Jesus olhou para o teto e viu f? nos olhos daqueles companheiros e perdoou os pecados do paral?tico.
| Ariovaldo lembrou que o pecado adoece, tira a alegria da exist?ncia. Muitas vezes, por?m, temos facilidade em anunciar perd?o, mas n?o ajudamos aquele que cai a se reerguer e andar de novo. "Se n?o houvesse inferno haveria muitos crentes decepcionados", ele brincou.Os amigos, disse o pregador, s?o aqueles que andam com voc? e, se necess?rio, carregam voc? at? Jesus. |
Uma alegoria da Igreja
Esta hist?ria ?, na vis?o do pregador da noite, uma alegoria da pr?pria Igreja e da sociedade. "Se os amigos estiverem ocupados demais com suas diferen?as n?o conseguir?o carregar juntos o amigo sofredor e lev?-lo a Cristo, que tem uma palavra de cura e perd?o".
"Um dia a gente vai aprender que um amigo sozinho n?o carrega o catre e vamos conversar mais e melhor. E vamos descobrir que nossas diferen?as nos garantem identidade, mas n?o nos trazem inimizade".
Ele lembrou que s? h? di?logo entre pessoas que t?m identidade. Do contr?rio, n?o h? troca, apenas assimila??o, como o personagem de Woody Allen no filme Zelig.
| "S? n?o conversa quem tem medo de perder a identidade. Eu me pergunto se quem tem medo de perder a identidade tem, de fato, identidade." Ao final da prega??o uma grande roda, iniciada pela pastora Margarida Ribeiro, cercou o audit?rio cantando "pra que todos possamos ser um… a fim de que o mundo creia". | |


