Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013

dízimos Imprensa e religião

   Jornal Aqui, de Volta Redonda, RJ, faz uma reportagem especial sobre Dízimos nas Igrejas

POLÊMICA: Cobrança de dízimos e ofertas por igrejas gera ações judiciais e muita discussão
Uma questão delicada

Por Lívia Venina

13/06/2009

O publicitário Jonas (nome fictício) afirma fazer de tudo para ser um bom cristão. Sempre que pode, doa roupas, sapatos e cestas básicas para famílias carentes. Se alguém lhe procura pedindo ajuda para comprar remédios, atende ao pedido se estiver em condições de fazê-lo. Para ele, é uma forma muito mais prática de ajudar ao próximo do que separar 10% de seu salário e entregar à igreja. "A questão do dízimo é muito polêmica. Como cristão, sei que é bíblico - é uma ordenança de Deus. Mas não concordo com a forma como isto é tratado pela maioria das igrejas evangélicas", afirma o publicitário, que por mais de dez anos pertenceu a uma igreja neopentecostal de Volta Redonda.

Afastado há cerca de dois anos das atividades da igreja, Jonas deixa claro que só deixou de frequentar os cultos por conta da importância excessiva que os pastores, segundo ele, dão ao assunto. "Não deixei de ter minha crença, apenas me afastei de igrejas que fazem do dízimo e da oferta uma ?moeda de troca? com Deus", explica. Segundo Jonas, a gota d?água foi quando um pastor, em visita à Volta Redonda, fez, dentro da igreja que frequentava, um apelo por ofertas financeiras. "Achei exagerado e de mau gosto. Ele dizia que deveríamos ofertar o que Deus colocasse no coração da gente: cinquenta, cem, cinco mil reais. E que Deus poderia, por conta disso, fazer de nós pessoas muito endinheiradas", recorda o publicitário, que dispara: "Como se ser endinheirado fosse a coisa mais importante do mundo".

Segundo ele, durante o culto, muitos fiéis - sem condições de dar dinheiro e influenciados pela retórica convincente do pastor - ofertaram relógios, vales-transporte e até sapatos, que depois foram vendidos na própria igreja em uma espécie de ?bazar?. "Não estou falando de gente que saiu de casa sem pegar dinheiro ou talão de cheques. Estou falando de gente humilde, que não tem dinheiro, que vive de salário mínimo. O que esses pastores fazem é agir de má-fé, é abusar da boa vontade das pessoas", opina Jonas, contando que um amigo seu, certa vez, tocado pelo apelo pastoral, chegou a ofertar uma jóia de família - sem o conhecimento e autorização da mesma - à igreja.

"O que mais irrita é que sabemos que, pelas Escrituras, o dinheiro dos dízimos e das ofertas deveria ser investido na manutenção do templo e em obras sociais. Infelizmente, são poucas as igrejas que fazem isso", opina o publicitário, que completa: "O que vemos hoje são pastores ricos, andando em carrões, gastando R$ 500,00 em restaurantes chiques e morando em casas com piscina, enquanto milhares passam fome e mal têm o que vestir", sentencia.

Jonas vai além. Afirma que não vê problema algum em ter prosperidade financeira. Desde, é claro, que ela seja adquirida através do trabalho. "Não acho justo ofertar a décima parte do meu salário a igrejas que não têm compromisso com o social e se preocupam mais em pedir a Deus que façam de seus membros pessoas ricas e poderosas. Prefiro usar o meu dinheiro para ajudar a quem precisa, como acredito que o próprio Jesus faria", conclui.

A questão, sem dúvida, provoca debates acalorados. Chegou, inclusive, a gerar uma ação judicial na qual a ré - uma igreja evangélica - foi obrigada pela Justiça a devolver ao fiel Edson Luiz de Mello, de Belo Horizonte (MG), todos os dízimos e doações feitas por ele, que é portador de enfermidade mental permanente e frequentava a igreja desde 1996. De acordo com o processo, movido pela mãe de Edson, o rapaz - que chegou a entregar todo o seu salário de zelador à igreja - era induzido a participar de reuniões onde contribuições financeiras eram sempre pedidas. Tem mais. Ainda segundo o processo, "promessas extraordinárias" eram feitas na igreja em troca das ofertas e do dízimo. Os dizimistas mais fiéis ganhavam, inclusive, um "Diploma de Dizimista" assinado - pasmem!- por Jesus Cristo.

Este não é o único caso. Em General Salgado/SP, Luciano Rodrigo Spadacio - ex-frequentador de uma igreja evangélica - disse à Justiça ter sido convencido por um pastor a se desfazer dos seus bens materiais para ter uma ?vida melhor?. Por isso, há dez anos ele vendeu tudo o que tinha - uma propriedade e um carro Del Rey - por R$ 2.600,00 e entregou o dinheiro à igreja. Arrependido, ele conseguiu sustar um cheque de R$ 600,00, mas o outro, de R$ 2.000,00, foi resgatado pelos pastores.

Luciano, então, entrou na Justiça para reaver o valor doado. No início deste ano, o ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Luís Felipe Salomão, negou o pedido de recurso especial da igreja e manteve a decisão dos desembargadores do Tribunal de Justiça, que em 2007 condenaram a ré a devolver a doação a Luciano, em valores corrigidos desde 1999.

Que o assunto é polêmico ninguém duvida. Afinal, envolve componentes muito pessoais, como a questão da fé e da crença. Mas, por outro lado, chama a atenção quando entra na esfera judicial e suscita um debate sobre até que ponto é lícito à religião levar seus fiéis a contribuirem com quantias cada vez maiores de dinheiro. Como a questão é delicada, não são poucos os religiosos que se recusam a falar sobre ela. O pastor Joel Pereira, líder de uma das maiores igrejas evangélicas da cidade do aço, a Comunidade Evangélica Projeto Vida, é um deles. Foi procurado pelo aQui para dar sua opinião acerca dos processos judiciais que envolvem a doação de dízimos e ofertas.

Muito sucintamente, ele disse por e-mail que, em sua opinião, o assunto não era "relevante para ser exposto e debatido numa matéria de jornal". Tem mais. "O assunto dízimos e ofertas é algo muito particular e pessoal daqueles que são crentes e conhecem a Bíblia, e que querem viver num padrão e nos princípios bíblicos", afirmou o pastor Joel em sua mensagem. "É um tema de caráter espiritual e meramente especulativo para quem não tem discernimento e nem olha para este tema como algo espiritual", concluiu, sem responder, entre outras, se a Projeto Vida possui algum projeto de cunho social mantido com o dinheiro arrecadado em seus cultos.

 

 Padre Bernardo: "O dízimo é um dever para quem é convicto na fé"

 Já o padre Bernardo Thus, vigário-geral da Diocese de Volta Redonda, posiciona-se de forma bastante enfática contra o abuso na cobrança de dízimos e ofertas. Ele explica que, assim como nas igrejas evangélicas, a Igreja Católica também recomenda que seus fiéis sejam dizimistas. Mas de uma forma completamente diferente. "A Igreja Católica cobra apenas 1%, até por causa da pobreza do povo, que deve ser levada em conta. Quem quiser contribuir com mais, pode. Mas não é uma regra. A doação é voluntária", revela padre Bernardo, que vai além. Diz que é bíblico, sim, fazer a arrecadação de dízimos e ofertas, desde que haja bom senso. "A Bíblia diz que é um dever, mas para quem é convicto na fé. Não fazemos lavagem cerebral", sublinha.

Segundo ele, na Igreja Católica todo o dinheiro arrecadado é revertido em obras da congregação e em sua manutenção. "Além disso, as igrejas têm suas pastorais, que também são beneficiadas", diz ele, que não se furta a revelar o valor mensal arrecadado pela Igreja de Bom Jesus, no Retiro. "Não temos problemas em revelar o valor. São R$ 5 mil por mês. Não é muito dinheiro, mas com ele pagamos água, luz, a limpeza da igreja, o jornalzinho da comunidade e, às vezes, é utilizado para ajudar famílias que estejam passando por necessidades", informa o padre, lembrando que todo sacerdote faz, quando é ordenado, um voto de sobriedade. "Nos comprometemos a viver uma vida sóbria, sem luxos", enfatiza, acrescentando, porém, que todos os padres recebem uma pequena ajuda de custo da comunidade para fazer seu trabalho.

Durante as missas católicas, diz padre Bernardo, também há o recolhimento de ofertas, a exemplo do que acontece nas igrejas evangélicas. Mas tudo de forma bem diferente. "Sem lavagem cerebral, sem forçar a barra, sem ameaças. Oferta quem quer", enfatiza o vigário-geral. Ele vai além. Afirma que a Igreja Católica Apostólica Romana não aderiu e não concorda com a Teologia da Prosperidade (ver box) - largamente aceita e praticada em algumas igrejas evangélicas.

Padre Bernardo explica os motivos: "Deus não se compra. Somos radicalmente contra esta Teologia da Prosperidade, que é falsa. Há pessoas que acham que, por serem bons cristãos, não terão problema nenhum. Por maus bocados todos nós passamos; faz parte da vida, não é castigo de Deus. Deus é misericordioso", argumenta o religioso.
Para padre Bernardo, a figura do ?devorador? - apontado por muitos líderes religiosos como o responsável pelo fracasso na vida financeira dos fiéis - não passa de "papo furado". "Isso é para enganar o povo", ressalta. Segundo ele, a prova cabal de que muitos religiosos estão usando de má-fé para enriquecer às custas da população, é o que vem acontecendo em certas igrejas evangélicas de Volta Redonda. "Já encontrei pessoas, daqui de Volta Redonda, que eram obrigadas, todo mês, a mostrar o contracheque para o pastor da igreja. Quanto mais o fiel ganha, mais ele é cobrado e levado a contribuir", denuncia padre Bernardo, preferindo não revelar o nome da igreja onde tal prática é comum.

Ele aponta outro problema envolvendo a questão: o preconceito. "A pessoa que é católica às vezes não consegue emprego em casas ou empresas de protestantes. E alguns protestantes deixam de comprar material de construção, por exemplo, na loja de um católico, para favorecer a loja do irmão protestante. Isso prejudica a vida de muita gente", salienta. Mas apesar dos pesares, diz padre Bernardo, os dízimos e ofertas são fundamentais para manter as atividades sociais e religiosas das igrejas - sejam elas protestantes ou católicas. O importante, frisa o religioso, é que o dinheiro seja recolhido de forma honesta, respeitando as possibilidades financeiras de cada fiel. "Sem o dízimo, a comunidade pára", conclui.

Protestantismo
Embora a prática de fazer apelos visando a levar os fiéis a contribuírem financeiramente seja comum nas igrejas de raiz protestante, não são todas as que concordam com ela. O pastor Jorge Luiz Gouvea Vieira, da 1ª Igreja Batista de Volta Redonda, tem 27 anos de sacerdócio. E afirma que jamais ouviu falar de um único fiel de sua denominação que tenha reivindicado a devolução de dízimos e ofertas - seja na Justiça ou por outros meios. "Em uma Igreja Batista a prática do dízimo e oferta é muito bem orientada, muito bem conscientizada, de tal forma que somente os membros da Igreja - depois de bem ensinados - assumem voluntariamente o compromisso de exercer essa prática", explica, acrescentando que nos cultos da igreja não são feitos pedidos de oferta e muito menos de entrega de dízimos. "Jamais foi pedido dízimo ou oferta em nossos cultos", reafirma.

De acordo com o pastor Jorge, todos os que se tornam batistas aprendem, baseados na Bíblia, o que é dizimar e ofertar. "Só depois é que entregam seus dízimos e fazem isto com tanta consciência e convicção que, mesmo que alguém tentasse induzi-los a não fazê-lo, dificilmente conseguiria sucesso em seu intento", explica, aproveitando para posicionar-se contra a prática de pedir ofertas indiscriminadamente. E justifica: "Tal prática acaba nisso; pessoas reivindicando devolução e que, a meu ver, devem ser atendidas em sua reivindicação", frisa.

 

 Para Pastor Jorge, é preciso ter bom senso

 Assim como o padre Bernardo Thus, o pastor Jorge Vieira afirma que dar dízimos e ofertas às igrejas é algo que o cristão deve fazer com alegria, assim como orienta a Bíblia Sagrada. "Em Malaquias 3:10 está escrito: ?Tragam todos os dízimos à Casa do Senhor. E depois façam prova de mim, Eu vos abrirei as janelas dos céus. Assim diz o Senhor?. Em Provérbios 3:9 diz: ?Honra ao Senhor com as primícias de todos os seus rendimentos?. E em II Coríntios 9:6-7 está escrito, entre tantas coisas, que o Senhor ama ao que contribui com alegria", informa.

Uma curiosidade que muitas pessoas não-evangélicas têm, diz respeito à contribuição financeira dos pastores para com a obra religiosa. Jorge, que é batista há 35 anos, orgulha-se de ser um dizimista fiel há 34 anos e seis meses. Ele, todos os meses, separa 10% de seu salário para entregar à igreja. "Depois de entregar minha vida a Jesus e ingressar na Igreja, passei pela classe da Escola Bíblica e, conscientizado desse ensino, passei a praticá-lo e sou feliz por fazê-lo", revela o pastor, que ensinou aos filhos a importância de contribuir. "Ensinei isso aos meus filhos ainda bem pequenos. As ?mesadinhas? eram dizimadas", conta.

A 1ª Igreja Batista de Volta Redonda, segundo o pastor Jorge Vieira, possui cerca de 250 membros. Lá, de acordo com ele, os fiéis entregam os dízimos e ofertas em um momento especial do culto - sem cantoria exagerada e, principalmente, sem falsas promessas. "Este momento do culto dura, no máximo, de cinco a dez minutos. O dinheiro é colocado num envelope numerado, contendo o nome do fiel", diz Jorge, explicando que, a partir disso, uma comissão de diáconos - membros antigos da igreja e idôneos - recolhe os envelopes e registra as entradas em um livro próprio.

Ao contrário dos outros cinco pastores que foram procurados pelo aQui para participar da reportagem, o pastor Jorge Vieira foi o único a concordar com a entrevista e a revelar a arrecadação mensal de sua igreja. "Numa igreja com membros das diversas classes sociais da cidade - pedreiros, carpinteiros, eletricistas, comerciantes, vários engenheiros, advogados, médicos, professores etc -, nossa arrecadação mensal varia entre R$ 23 mil e R$ 25 mil", revela o pastor, acrescentando que o valor arrecadado é investido, a exemplo do que acontece na Igreja Católica, na manutenção do templo e nos projetos desenvolvidos pela comunidade religiosa.

Sobre a mania que alguns líderes religiosos - em especial, os neopentecostais - têm de dizer que Deus lançará um castigo caso a contribuição financeira não seja feita, o pastor Jorge é taxativo: "Não creio no castigo de Deus em hipótese alguma. Isso é chantagem, fere completamente o espírito cristão da contribuição", salienta.

Já em relação aos pastores que afirmam que a vida financeira dos fiéis não prosperará caso quantias cada vez maiores de dinheiro não sejam doadas à igreja, Jorge Vieira opina: "Se esses líderes não forem ignorantes em relação ao verdadeiro ensino bíblico sobre o assunto, então, são mal-intencionados".

Quanto à Teologia da Prosperidade - que tem encontrado cada vez mais espaço nas denominações pentecostais e neopentecostais brasileiras -, ele diz apenas que se trata de uma invenção americana que se desenvolveu motivada pelo espírito consumista da sociedade moderna. Um espírito bem capitalista, diga-se de passagem.

Justiça


Embora a doação de dízimos e ofertas a igrejas seja - ao menos teoricamente - voluntária, aqui e ali surgem casos de fiéis que, arrependidos, exigem reparos pelos danos financeiros e morais que dizem ter sofrido. Nessas horas, deixam de lado a Justiça Divina e procuram a Justiça dos homens. De acordo com o advogado Raphael Cajazeira Brum, de Barra Mansa, a questão é extremamente polêmica e provoca divergências no meio jurídico. Mas, em sua opinião, todo cidadão que se sentir lesado financeiramente por ter acreditado em promessas feitas por religiosos, tem o direito de buscar a ajuda da Justiça.

"Partindo da premissa de que uma doação - não importa para qual finalidade - se trata de um negócio jurídico, comungo do entendimento de que esta doação deve ser revestida dos mesmos elementos de qualquer outro negócio. Ou seja, a parte doadora - no caso, o fiel - deve estar plenamente consciente do ato que está prestes a cometer", opina o advogado.

Para ele, o que falta na concretização da doação de dinheiro para as igrejas é justamente a consciência. "A pessoa tocada pela fé, ou pelas promessas de vida pós-morte, felicidade e plenitude eterna, possivelmente não está agindo imbuída da pura razão. Certamente está agindo movida pelo seu sentimento religioso", explica Raphael Brum.

Assim sendo, diz ele, é cabível que os fiéis busquem o Poder Judiciário para que lhes sejam devolvidos os valores doados a título de dízimo ou oferta. "Isso, tendo em vista que naquele momento da doação, eles não estavam plenamente conscientes de seus atos", analisa o advogado, ressaltando que os discursos religiosos - recheados de promessas de prosperidade em troca de valores monetários - têm um forte componente emocional que pode induzir as pessoas a agirem de um modo que, normalmente, elas não agiriam.

De acordo com Raphael, já há precedentes na Justiça brasileira para ações como essas. "O Tribunal de Justiça de Minas julgou procedente uma ação proposta por um fiel contra sua congregação religiosa por entender que a instituição religiosa que recebe como doação um valor muito superior às posses do doador, sem a devida cautela, responde civilmente pela conduta desditosa", explicou, acrescentando que as ?promessas extraordinárias? feitas por líderes religiosos em troca de dinheiro podem ser utilizadas em processos assim.

Para finalizar, o advogado afirma que decisões como esta, tomada pela Justiça mineira, podem ser consideradas um verdadeiro avanço no meio jurídico. "E é a única forma de manutenção de um Estado laico e independente, pois apesar de a fé ser uma importante estrutura para a sociedade moderna, não podem alguns homens, desprovidos de boa-fé, utilizarem o nome de Deus para obter lucros em detrimento do povo deste país, já tão sofrido", concluiu Raphael Brum.

Teologia da Prosperidade

A Teologia da Prosperidade é conhecida por vários outros nomes: palavra de fé, movimento da fé, Evangelho da saúde e da prosperidade e confissão positiva. Surgiu nas primeiras décadas do século XX, nos EUA, e é baseada em interpretações bíblicas que afirmam que os verdadeiramente fiéis a Deus devem desfrutar de uma excelente situação financeira. Noutras palavras: têm ?direito? a boa saúde, carro do ano, sucesso profissional, viagens, roupas caras, casas grandes, dentre outros luxos. Isso é claro, partindo do princípio de que "é preciso dar para receber" - o que justifica os milhões de reais que são movimentados, todos os anos, nos templos evangélicos.

No Brasil, a novidade chegou no final da década de 1970 e início de 1980. Ao longo dos anos, a nova doutrina foi abraçada, principalmente, pelas igrejas neopentecostais, como a Igreja Apostólica Renascer em Cristo - fundada pelo casal Estevam e Sônia Hernandez - e a Igreja Universal do Reino de Deus, do bispo Edir Macedo, dentre outras.


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