Lins, 06 de setembro de 2007 – DG. 046/2007
Aos Irm?os Metodistas da Fam?lia da F? Crist?, Ialenses e Amigos.
Ref.: CARTA DE AGRADECIMENTO ? IGREJA METODISTA
Na carta que recebi do DR.B.P. Bittencourt em 12/03/1996 ele me disse que "… era a Soberana vontade de Deus, para que juntos partilh?ssemos de uma hist?ria que se escreveu mais com seus esfor?os, mas que tem a gl?ria de haver resgatado a Escola e feito dela, de novo, um testemunho ? gl?ria do mesmo Senhor". Em outro par?grafo disse-me: "Nem sempre aceitamos o fato de que Deus tem um plano para os seus filhos, como igualmente tem um plano para as fam?lias, para os povos e na?es. O Eterno tem um plano para a Igreja e para suas institui?es, como nossa Escola. Essa ? a minha f?; ? a intelig?ncia do que nos tem acontecido aqui".Repetindo suas palavras digo tamb?m: que essa ? a minha f?; ? a intelig?ncia do que nos tem acontecido aqui.
Inicio os meus agradecimentos a Igreja Metodista, dirigindo-me irrestritamente a todos metodistas, em especial, todos que de alguma forma contribu?ram efetivamente com a recupera??o do IALIM, nestes 27 anos e 8 meses que participo ativamente na administra??o desta Institui??o. Por?m, o meu desejo, ? agradecer a todos; metodistas, ialenses e amigos, indistintamente, incluindo agora, aqueles que afetivamente acompanharam e estiveram presentes em esp?rito com o seu amor, sua esperan?a e sua f?, mesmo que longe e distante da lida, sustentando seu voto de confian?a na obra depositada em minhas m?os.
Ao manifestar-me com estes agradecimentos a amada Igreja, volto humildemente minhas lembran?as para a pergunta de Jesus no epis?dio narrado em Lucas 17:11 a 19 sobre o que ocorrera ap?s a cura aos dez leprosos: "N?o eram dez os que foram curados? N?o houve, porventura, quem voltasse para dar gl?ria a Deus, sen?o este estrangeiro?". A pergunta de Jesus me sugere a pensar que se tratava de um ?nico samaritano entre os dez e que somente ele voltara para agradecer-lhe ? cura, tratando-se de cidad?o de ra?a exclu?da pelos israelitas. Este epis?dio sempre foi marcante para mim e me faz compreender e dar gra?as por todas as coisas, especialmente quando ocorrem mudan?as nos planos de vida por diverg?ncias ideol?gicas incompat?veis. ? com esta met?fora b?blica que desejo explicar o meu respeito quanto aos divergentes conceitos sobre a Sucess?o, bem como a sua metodologia aplicada, para o cargo de Diretor Geral do IALIM. Fatos estes que n?o me impedem de manifestar amplamente meus agradecimentos e minha alegria de ter servido!
Ao agradecer a Igreja Metodista, tamb?m apresento meu relat?rio de Presta??o de Contas desde 1985 at? abril de 2007, aos respons?veis estatuariamente constitu?dos, atrav?s da um exame de Auditoria Independente, contratada para elabor?-lo, alcan?ando o tempo de minha dedica??o ao IALIM, cujo tempo, inclui-se tamb?m o tempo que o DR.B.P. Bittencourt decisivamente contribuiu de forma marcante para o soerguimento do IALIM, e ainda os anos de 1980 e 1981 quando respondi pela Coordena??o Administrativa Financeira.
Por ser metodista nato, sinto-me privilegiado desde o ber?o, no aprendizado duma conduta ?tico-crist?, nos par?metros da f? e da raz?o, princ?pios estes que sempre os exerci como balizadores de minha ?tica e moral em qualquer contexto social que me tem acolhido. Tamb?m, privilegiado, por ter-me compartilhado de minha experi?ncia profissional, inicialmente com a Igreja Metodista Central de Campinas por volta de 1964, e ainda, atuando nos primeiros procedimentos para o enceramento do DGP e, colaborando nos primeiros passos de cria??o do COGEIME, nas suas atua?es junto ao Instituto Educacional Piracicabano (onde servi na d?cada de 70 no seu Conselho Fiscal), e no Col?gio Metodista de Ribeir?o Preto, al?m de outras Institui?es, acumulando alguma experi?ncia que contribu?ram para vir para o IALIM em janeiro de 1980. Considero que fatos ligados a minha conduta ?tica e crist? me proporcionaram a desfrutar da confian?a e da lealdade dos Bispos e de todo clero, especialmente de suas compreens?es quando as minhas atitudes ? frente do comando no IALIM necessitavam de serem mais en?rgicas, austeras, por?m leg?tima e legais, o que me permite expor com minha costumeira mod?stia, honestidade e franqueza que:
?Sempre houve a alegria de servir! Minha fam?lia e eu dedicamos nosso tempo e energias ? causa do IALIM, pois as renuncias que fizemos em prol desta meta, durante todo o decurso do tempo a ele dedicado, foram feitas com amor ? causa do Instituto Americano de Lins da Igreja Metodista. Em janeiro de 1985 fomos chamados pela segunda vez para servi-lo, num momento crucial da hist?ria da Institui??o e sab?amos que haveria muitas prova?es pelo caminho. No entanto, lan?amos m?o do arado e, sem olhar para tr?s, todos, minha casa e eu, procuramos fazer o melhor ? sombra do grande guardi?o que foi o Reverendo e Doutor Benedito de Paula Bittencourt, quem nos acompanhou at? os idos de 1997.
?Sempre disponibilizei os meus esfor?os com muita mod?stia, voluntariedade e amor a Igreja Metodista, porque ? ela quem tem dado sentido ?s ra?zes da minha vida, express?o que cotidianamente repito no ?mbito da minha fam?lia, entre todos colaboradores do IALIM, quando suscita oportunidade de dizer a eles, e, muitos de meus amigos, os quais nem mesmo s?o metodistas. As mudan?as de cores ideol?gicas e as altern?ncias no exerc?cio do Poder Episcopal, ap?s o ?ltimo Conc?lio, n?o abalam o meu esp?rito, porque sei em Quem tenho crido e sei que a Sua Natureza Divina n?o se subordina ?s a?es do plano terreno. Afinal, o metodismo ? fidel?ssimo ? Igreja Triunfante.
?Sempre tive a mod?stia como norteadora de minha conduta social e coletiva. Em todo o tempo me auto-apreciei como pessoa comum, com possibilidade para exercer os trabalhos que vieram ?s minhas m?os e os que foram confiados pela Igreja Metodista. Sempre cri que permaneceria na lida enquanto Deus permitisse, orientando meu campo de a??o pela f? e a moral, dentro de minha capacidade f?sica e mental, o que ? suficiente para me deixar atento ?s novas oportunidades para continuar produzindo, onde e quando elas surgirem.
?Sempre mantive aten??o para ver no desabrochar ou desenrolar dos fatos da educa??o, a quem cabe o m?rito de cada a??o: aos que planejaram, burilaram, poliram os planos que fizeram a Institui??o recuperar-se e progredir na sua qualidade, chegando ao est?gio que est? hoje; em condi??o de ?tima aceita??o pelas fam?lias de nossos alunos, e, econ?mica e financeiramente equilibrada, atualizada na sua organiza??o ao ponto de facilitar, a quem receb?-la, obter informa?es e dados administrativos e acad?micos, simplesmente ligando um cabo de rede em seu computador, situa??o diametralmente oposta em todas as ?reas de quando a recebi, pois, naquela ?poca, n?o havia recursos nem mesmo para efetivar minha contrata??o. As dificuldades n?o eram s? econ?micas e administrativas, porque al?m da falta de recursos financeiros, n?o vislumbr?vamos se a vit?ria seria certa, tamanha era a incredibilidade na comunidade interna e externa e era grotesca a desarticula??o no seu sistema de ensino e no projeto de Escola. Por isso, cito as fun?es e organismos sociais sem nomear as pessoas, as quais ocuparam estas fun?es ao longo destes 23 anos, e que contribu?ram, intensamente ou de algum modo, com fatores positivos para reden??o do IALIM e suas Unidades Educacionais, em Lins, Birigui e Ribeir?o Preto: Conselheiros, Pastoral Escolar, Diretores, Professores, Funcion?rios, Alunos e seus Familiares, Comunidades, Prestadores de Servi?os Aut?nomos, Entidades Conveniadas, Fornecedores e muitos amigos, entre eles os da Associa??o de Ex-Alunos. Reiterando a todos que ocupam e ocuparam cargos nestas fun?es os meus mais sinceros agradecimentos em toda sua amplitude, registrando este reconhecimento de que n?o realizei a obra sozinho.
?Sempre me mantive consciente que fazer acontecer um processo educacional e produzir educa??o ? um inesgot?vel e permanente ato de iniciar, por isto incorporei durante j? alguns anos o pensamento de John Dewey; "A educa??o ? um processo social, ? desenvolvimento, n?o ? a prepara??o para a vida, ? a pr?pria vida". O desenvolvimento de um processo social sempre suscita novas id?ias, novas atitudes, corajosas e otimistas, novas necessidades, novas estruturas f?sicas, novas estrat?gias, etc. Esta foi a minha experi?ncia aqui, diferentemente do que muitos pensam tratar-se de uma repeti??o rotineira de um ano letivo ap?s outros anos letivos, n?o se deve tratar a educa??o como uma din?mica estacion?ria ? semelhan?a da roda d??gua que gira sempre na mesma posi??o e lugar.Isto ? muito pouco para falar sobre o que deixo por fazer e o que dever? ser feito, mas ? suficiente para dizer conscientemente que h? muito por se fazer e que muito se espera nos anos vindouros. Por muitos anos mantivemos o "slogan" emnossas publicidades de sermos "A Escola que se renova".
N?o h? vaidade e n?o ? falsa mod?stia dizer que deixo nada mais do que o testemunho do dever cumprido, sustentado no pensamento de Albert Schweitzer: "Dar o exemplo n?o ? a melhor maneira de influenciar os outros; ? a ?nica". N?o h?, em nenhuma hip?tese, qualquer anseio de mostrar ou demonstrar algum valor especial de quem presta contas, pois meu desejo ? de que nela seja incorporada as palavras de Jesus: "… depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos in?teis, porque fizemos apenas o que dev?amos fazer" (Lucas 17.10). Sempre cri que a b?n??o divina atingiu o que procurei modestamente realizar para a gl?ria de Deus, pois nossas Unidades Escolares prosperaram patrimonial e academicamente. Ganharam conceito como Institui?es de qualidade, sendo esta a meta pela qual a Igreja e os que a servem lutam igualmente. A minha atitude de alegria pelo dever cumprido soma-se ao prazer de sentir-me gratificado pelo trabalho de todos estes anos, enaltecendo o meu humor profissional neste per?odo de transmiss?o do Cargo, alguma vez n?o bem compreendido.
Quero fazer das palavras do DR.B.P. Bittencourt as minhas palavras de encerramento: "Nem sempre aceitamos o fato de que Deus tem um plano para os seus filhos, como igualmente tem um plano para as fam?lias, para os povos e na?es. O Eterno tem um plano para a Igreja e para suas institui?es, como nossa Escola. Essa ? a minha f?; ? a intelig?ncia do que nos tem acontecido aqui". N?o h? outra intelig?ncia que possa super?-la!
Assim, meu caro leitor, membros da Igreja Metodista, ialenses, autoridades e amigos do IALIM, aqui vai meu testemunho e minha consci?ncia de haver feito o melhor.
Na fraternidade crist?, deixo meu adeus e meu abra?o.
Joaquim de Miranda Rosa Filho
Diretor Geral-IALIM
