Por Juan Michel
TORONTO, 14 de agosto (ALC/EAA) – A Confer?ncia Internacional sobre Aids, que come?ou ontem, em Toronto, oferece um espa?o ?nico e in?dito para l?deres e ativistas religiosos. Eles t?m a responsabilidade de us?-lo para demonstrar que "os grupos de inspira??o religiosa t?m sido parte do problema, mas tamb?m s?o parte da solu??o".
Quem o afirma ? o co-presidente do comit? do Programa de Lideran?a da Confer?ncia AIDS 2006 e membro do comit? executivo de Religi?es pela Paz, o noruegu?s Gunnar Stalsett.
Ex-bispo de Oslo e ex-secret?rio geral da Federa??o Luterana Mundial, Stalsett participou do evento "F? em a??o: mantenhamos a promessa", coordenado pela Alian?a Ecum?nica de A??o Mundial, que ocorreu de 11 a 13 de agosto, em Toronto, em prepara??o ? Confer?ncia AIDS 2006.
Stalsett pensa que o papel dos l?deres e ativistas religiosos ? o de desafiar e inspirar os l?deres pol?ticos. A Confer?ncia AIDS 2006 acontece "num momento muito especial, marcado pela ansiedade e a esperan?a". Seu tema – Tempo de cumprir – expressa "certa tristeza pela brecha entre o dito e o realmente feito".
No entanto, disse Stalsett, a interven??o de l?deres e ativistas religiosos n?o deve ser a de "envergonhar os l?deres pol?ticos pelo que n?o fizeram, mas trazer-lhes a pergunta: O que se precisa para alcan?ar aquilo que prometeram?" Ele acrescentou: "N?s n?o somos os ?nicos que representam f? e compromisso; tamb?m h? pessoas de f? em outras posi?es e devemos ser seus interlocutores".
Os grupos de inspira??o religiosa contam com uma heran?a comum, que estende pontes atrav?s das divis?es religiosas, afirmou Stalsett. O que agora se precisa ? "coopera??o, coordena??o e unidade de prop?sito". Porque "as pessoas que morrem de AIDS, nossas palavras n?o as ajudam, mas unicamente nossas a?es", disse.
Mas tamb?m se precisa outra coisa: "honestidade acerca das for?as que impulsionam essa pandemia". Os l?deres religiosos experimentam certo desconforto ao falar sobre essas realidades, ao nome?-las. Citando o secret?rio geral da ONU, Kofi Annan, Stalsett disse que na pandemia do HIV/Aids "trata-se de sexualidade, drogas, prostitui??o, homossexualidade, infidelidade, promiscuidade".
Os que representam grupos religiosos "t?m que usar essas palavras para mostrar que est?o em contato com a realidade e ser escutados", disse Stalsett. "Depois, certamente, t?m direito a esperar que os pol?ticos, t?cnicos e burocratas compreendam que se trata de um assunto espiritual, de ?tica e de valores".
"Creio que ? aqui que o encontro necessita ser fortalecido e onde nos necessitamos uns aos outros", disse Stalsett.
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