Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 20/09/2013

igreja na política paz

Conferência da Paz debate alternativas contra a violência no país e o papel do Estado




  Quando igrejas cristãs se envolvem em atividades que contribuem para a construção de uma cultura de paz, estão dando "testemunho público de seu compromisso com a solidariedade, com a não-violência e com a integridade da vida, valores fundamentais do Reino de Deus". A 2ª Conferência da Paz no Brasil, que será realizada na terça-feira (5/12), a partir das 8h30, no Auditório Nereu Ramos, na Câmara dos Deputados, em Brasília, conta com organizações cristãs entre seus idealizadores e debaterá alternativas contra a violência, o papel do Estado como agente da paz, a questão da segurança pública e das reformas política e agrária.
  
   Entre as entidades que promovem o evento, estão o Conselho Nacional de Igrejas (Conic), Cáritas Brasileira, Amigos da Paz, Defensoria Social, Pastorais Sociais da CNBB e Conselho Indigenista Missionário. O secretário executivo do Conic, Pe. Gabriele Cipriani, diz que o evento será uma oportunidade para problematizar o papel do Estado e questiona: "será que o Estado brasileiro é um agente da Paz?".
  
   O foco da conferência também se voltará para a importância de haver mais rapidez dos parlamentares no trato com artigos da Constituição ainda não regulamentados, como é o caso do artigo 14, que fala dos plebiscitos e referendos, e de reformas engavetadas, como a agrária e a política. "O sistema político continua sendo um instrumento de manutenção de privilégios e reprodução de interesses, a nossa democracia é frágil e os mandatos constitucionais que tratam dos direitos sociais ainda não foram devidamente democratizados", diz o líder do Conselho.
  
   Na carona do evento, será lançado o livro "Arcos da Paz e da Sustentabilidade no Brasil", uma publicação da Defensoria Social. O livro faz o desafio da construção de uma proposta alternativa para o resgate da cidadania ativa e plena, frente à crise que atravessam as forças sociais em razão de omissões do Estado.
  
   Às 10h30, será debatido o tema "Onde o Estado não chega", com depoimentos de Patrícia Audi, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), sobre o trabalho escravo; de Raquel Willadino Braga, do Observatório de Favelas, sobre a situação das favelas no País; e de Antônio Carlos Munhoz, presidente do Instituto MID para Participação Social de Pessoas com Deficiência. Às 11h20 haverá a apresentação do Grupo de Rap - Voz na Ativa, seguida de uma plenária. Às 14h será realizado o debate "Segurança Pública", com André Porto, da coordenação da ONG Viva Rio; Sandra Carvalho, diretora da Justiça Global; e o general Athos Costa de Faria, da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social de Brasília. O mediador desta mesa será o deputado Luiz Eduardo Greenhalgh (PT/SP), relator do Estatuto do Desarmamento na Câmara dos Deputados. Às 15h30 acontece o debate "Pautas de Reformas", com apresentação das propostas de reforma política, por José Antônio Moroni, do Inesc; e da reforma agrária pelo professor Plínio de Arruda Sampaio.
  
   A 1ª Conferência da Paz no Brasil aconteceu em março de 2005, na Câmara dos Deputados, com um ato em homenagem às vítimas de violência no Brasil e debates sobre alternativas contra a violência. No final da conferência foi produzida a
Carta Brasileira da Paz (clique aqui e leia), entregue no dia 17 de março ao Alto Comissariado de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Fonte: Agência Soma

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