Igrejas no combate ao HIV/AIDS
21/10/2006 – 13h35, Ag?ncia Aids
O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) pede ?s igrejas e organiza?es a promover e compartilhar uma reflex?o teol?gica e ?tica mais profunda sobre o HIV e a Aids. Al?m disso, renova seu apelo ?s igrejas e crist?os para que fomentem uma interven??o e participa??o mais intensa e significativa das pessoas que convivem com o HIV e com a Aids, bem como promovam e adotem pol?ticas de inclus?o nos lugares de trabalho e m?todos inovadores e sustent?veis de trabalho com redes de pessoas soropositivas. As demandas fazem parte da mais recente declara??o final do encontro ocorrido no m?s passado, na Su??a.
A declara??o sobre o tema foi baseada nas cifras alarmantes sobre a epidemia da Aids, que causa 8.000 mortes a cada dia, deixa ?rf?os 13 milh?es de crian?as e exp?e a perigosa situa??o dos sistemas de atendimento ? sa?de de muitos pa?ses. Desde a primeira apari??o da epidemia, h? 25 anos, calcula-se que j? foram infectadas com o v?rus cerca de 65 milh?es de pessoas, das quais 25 milh?es j? morreram. S? em 2005, calcula-se que foram infectadas com o HIV 4,1 milh?es de pessoas e que 2,8 milh?es morreram em conseq??ncia de enfermidades relacionadas ? Aids. Atualmente, s?o as mulheres e os jovens as pessoas mais amea?adas e nas quais a infec??o se propaga rapidamente.
“A Aids amea?a a exist?ncia das comunidades, malogra sua capacidade de subsistir e de ser produtiva, desbarata as rela?es por conta do estigma e da discrimina??o que leva consigo. A situa??o ? um desafio grave para a lideran?a das igrejas e sua capacidade de responder ? crise atual”, afirma a declara??o.
De acordo com o documento, a participa??o dos dirigentes das Igrejas deve ser mais incisiva. E afirma: os dirigentes religiosos devem come?ar a examinar seus pr?prios comportamentos, atitudes e a?es, que possam ser c?mplices na marginaliza??o e estigmas das pessoas que convivem com o HIV e a Aids, ao inv?s de acolher plenamente essas pessoas e todas as que sofrem as conseq??ncias.
“Os dirigentes devem perguntar a si mesmos, ?s pr?prias institui?es e ? sociedade como afrontar o problema diretamente, rompendo o sil?ncio que alimenta todo tipo de temores, julgamentos, estigmas, discrimina?es. Os dirigentes devem apoiar as iniciativas que guiem as pessoas para realizar op?es respons?veis para se protegerem da infec??o com o HIV, reduzir a vulnerabilidade da infec??o e fomentar comunidades de apoio onde o povo possa receber uma informa??o e tratamento apropriados”, ressalta.
Para o Conselho Mundial de Igrejas, essas institui?es t?m uma fun??o ?nica e decisiva para desempenhar e deter esta avalanche e superar a epidemia, pois os sistemas de sa?de e apoio estabelecidos e administrados pelas igrejas e organiza?es crist?s oferecem alguns dos meios de aten??o de base mais importantes para as pessoas que convivem com o HIV ou com a Aids ou est?o afetadas por suas conseq??ncias. Contudo, refor?a que ? necess?rio superar o estigma e a discrimina??o que s?o fomentadas em muitas comunidades religiosas.
Apoiar os esfor?os educativos que promovem a responsabilidade sexual e ajudam a proteger as pessoas de rela?es sexuais que n?o sejam de m?tuo acordo e da viol?ncia sexual, garantir o acesso ? aten??o de sa?de reprodutiva, promover a vida proporcionando uma informa??o completa e baseado em provas sobre a forma de prevenir a transmiss?o do v?rus, s?o algumas das metas de trabalhos que ser?o intensificadas pela Igrejas.
Segundo o Conselho, se n?o se intensificam urgentemente as respostas ? Aids, n?o se alcan?ar?o nem o objetivo de 2010, da Declara??o de Compromisso, nem o sexto dos Objetivos do Desenvolvimento do Mil?nio. “Se n?o se avan?a muito na luta contra a Aids, resultar?o tamb?m in?teis os esfor?os por alcan?ar os Objetivos do Desenvolvimento do Mil?nio, relativos ? redu??o da pobreza, a fome e a mortalidade infantil”.
Diante das cifras de 40 milh?es de pessoas n?o t?m acesso ao tratamento anti-retroviral, as igrejas pedem aos governos do G-8 que cumpram suas promessas de financiamento e a??o para conseguir o acesso universal ao tratamento, cuidado e apoio para 2010; e ao setor privado, especialmente, ?s empresas farmac?uticas, que invistam nas pesquisas e desenvolvimento necess?rios para responder ao HIV, e para assegurar que os medicamentos destinados ao tratamento do HIV estejam ? disposi??o a baixo custo nos pa?ses mais pobres.
Fonte: Adital
