indios em aracruz

O apoio da Pastoral de Conviv?ncia Guarani ?s comunidades ind?genas da quarta regi?o








 




 No dia 15 de setembro, o pastor Adahyr Cruz, da Pastoral de Conviv?ncia Guarani, da 4? Regi?o, esteve na Assembl?ia Legislativa de Vit?ria em manifesta??o de rep?dio a uma campanha que a empresa Aracruz Celulose tem feito, junto ? opini?o p?blica, contra as comunidades ind?genas do Esp?rito Santo. Nas fotos ao lado e abaixo, voc? v? uma amostra dessa campanha.







 

 

 



Os Tupinikim e os Guarani repudiam postura da Aracruz de negar a identidade destes povos










A Comiss?o de Caciques e Lideran?as Tupinikim e Guarani rebateu hoje (15/9), durante uma coletiva concedida ? imprensa capixaba, as acusa?es da Aracruz Celulose de que as comunidades "n?o s?o formadas por leg?timos ?ndios" e "estariam cometendo atos violentos contra os trabalhadores da empresa".


A coletiva foi concedida no plen?rio da Assembl?ia Legislativa, em Vit?ria, com presen?a de cerca de 200 ?ndios, entre idosos e crian?as, e foi precedida pela manifesta??o do pastor da Igreja Metodista Adahyr Cruz, que leu uma carta de rep?dio ? Aracruz Celulose, que est? jogando a opini?o p?blica do Estado contra as comunidades ind?genas.


A carta aponta a postura da empresa como racista, ao negar aos Tupinikins sua identidade ind?gena e tamb?m negar que no munic?pio de Aracruz existiam aldeias e comunidades ind?genas.


O discurso da empresa contradiz, inclusive, a hist?ria e os historiadores capixabas que atestam em seus livros n?o s? a presen?a de ?ndios no litoral do Esp?rito Santo como a secularpresen?a dos Tupinikins na regi?o.


A Comiss?o de Caciques anunciou que pedir? apoio ao Departamento Jur?dico do Conselho Indigenista Mission?rio (Cimi) para estudar medidas legais contra as afirma?es da empresa de negar a identidade dos Tupinikins.


"A empresa n?o tem prerrogativa de apontar o dedo e dizer se somos ?ndios ou n?o ou se os quilombolas s?o quilombolas ou n?o. Ela nos acusa de cometer atos violentos, mas o que ? violento? ? a Pol?cia Federal tirar nosso sangue como fez em 20 de janeiro quando nos expulsou da aldeia que reconstru?mos e que a empresa destruiu para plantar eucalipto ou ? nossa a??o de cortar os eucaliptos? N?s estamos agindo porque o governo n?o se posiciona e n?o agiliza o andamento do processo de demarca??o", disse o cacique Jaguaret?, de Caieiras Velha.


As comunidades iniciaram no dia 6 passado e continuaram at? ontem o corte de eucaliptos como forma de pressionar a Funai e o Minist?rio da Justi?a (MJ) a serem mais ?geis na an?lise e tramita??o do processo de demarca??o de 11.009 hectares de terra, hoje ocupados com a monocultura do eucalipto.


O processo estava na Funai e deveria ter sido encaminhado ao MJ no dia 20 de agosto, mas s? seguiu na noite da ?ltima segunda (11), com tr?s semanas de atraso. O parecer da Funai comprova, mais uma vez, que as ?reas do munic?pio de Aracruz s?o territ?rio dos povos Tupinikim e Guarani e devem ser demarcadas. Os documentos se referem ?s ?reas de Comboios, Caeiras Velha e Pau Brasil.


O Ministro da Justi?a M?rcio Thomaz Bastos tem agora 30 dias, a contar do dia 11, para assinar a portaria que declara os 11.009 ha como ?rea ind?gena ou ent?o retornar o processo ? Funai pedindo mais informa?es, o que certamente interessa ? Aracruz Celulose.


Press?o


A Comiss?o de Caciques tamb?m repudiou a postura da empresa de articular com seus prestadores de servi?o e entidades empresariais do Esp?rito Santo a publica??o de v?rias notas, nos jornais de maior circula??o no Estado, criticando as ?ltimas a?es dos ?ndios e dizendo que os mesmos est?o coagindo funcion?rios e desrespeitando a ordem p?blica.


Desde ontem carros de som est?o circulando no centro de Aracruz informando que trabalhadores que prestam servi?o para a empresa v?o fazer uma manifesta??o na tarde de hoje, no centro de Aracruz, contra a a??o dos ?ndios, "que h? muito tempo est?o radicalizando contra a empresa com apoio de entidades estranhas e prejudicando os trabalhadores".


Al?m disso, a empresa est? agendando visitas nas escolas da rede municipal para dar sua vers?o no processo de demarca??o e dizer que os povos Tupinikim n?o s?o origin?rios do munic?pio. 


 


Carta de rep?dio


ARACRUZ CELULOSE PRATICA CRIME HEDIONDO CONTRA ?NDIOS!



A sociedade civil atrav?s das entidades, movimentos e pessoas abaixo-assinadas vem a p?blico manifestar sua indigna??o com a campanha difamat?ria e a pr?tica de racismo da Aracruz Celulose S/A contra os povos Tupinikim e Guarani.


A estrat?gia de defesa adotada por esta multinacional nos ?ltimos meses, quando se v? diante da decis?o eminente sobre a devolu??o das terras ind?genas por ela invadidas, tem sido a de negar a exist?ncia desses povos tradicionais em territ?rio capixaba e de desqualificar e ridicularizar sua identidade ind?gena. ISTO ? RACISMO! RACISMO ? CRIME HEDIONDO E INAFIAN?VEL!


A posi??o da Aracruz Celulose demonstra n?o s? desrespeito com a hist?ria, com a mem?ria e a cultura do povo capixaba, mas tamb?m que esta empresa n?o tem escr?pulos quando se trata de garantir seus interesses, as custas da mis?ria e da destrui??o dos povos tradicionais e do meio ambiente. Campanhas milion?rias financiadas por esta empresa v?m escamoteando os impactos gerados pela monocultura de eucalipto no Brasil e expondo os povos tradicionais desta terra a humilha?es inomin?veis.


Aqueles que conhecem a hist?ria do nosso estado n?o podem ficar de bra?os cruzados diante da viola??o da dignidade e dos direitos dos Tupinikim e Guarani. Se por um lado vemos a empresa Aracruz Celulose cooptando sindicatos, financiando pol?ticos, manipulando governos, prestadoras de servi?os, ONG?s utilizadas para isent?-la de impostos, al?m da grande m?dia comprometida com os interesses desta, vemos por outro lado os ind?genas lutando incansavelmente – h? mais de 40 anos – pela retomada de sua terra e da sua liberdade, reduzidas.


Neste momento, o Estado brasileiro, atrav?s do Ministro da Justi?a M?rcio Thomaz Bastos, tem a oportunidade hist?rica de corrigir graves erros cometidos at? agora, contra os Tupinikim e Guarani no Esp?rito Santo, efetivando seu direito constitucional demarcando integralmente seu territ?rio, j? identificado pela FUNAI e reconhecido como tal pelo ex-Ministro ?ris Resende, atrav?s do despacho ministerial de 06/ 03/ 98.


Apelamos a todas as cidad?s e os cidad?os que se manifestem publicamente contra as pr?ticas racistas da multinacional Aracruz Celulose e seus aliados. De nossa parte tomaremos todas as medidas legais cab?veis contra esse crime hediondo, exigindo que a Constitui??o da Rep?blica do Brasil seja respeitada.


NOSSA SOLIDARIEDADE AOS POVOS TUPINIKIM E GUARANI!

 


21/09/2006 – Minist?rio P?blico/ES vai instaurar inqu?rito sobre cartilha da Aracruz Celulose

O Minist?rio P?blico Federal (MPF/ES) vai instaurar um inqu?rito civil p?blico para apurar eventual excesso nas informa?es da cartilha divulgada pela Aracruz Celulose, que afirma que os ?ndios Tupinikim e Guarani nunca existiram no Estado. O material chama os ind?genas de “supostos” ?ndios e foi denunciado por entidades de direitos humanos e pelo F?rum de Entidades Negras do Estado como discriminat?ria.

A informa??o sobre o inqu?rito ? do procurador geral da Rep?blica, Andr? Pimentel, da Procuradoria Federal em S?o Mateus, norte do Estado. Segundo ele, o inqu?rito ser? instaurado em duas semanas, quando o procurador retornar? de uma viagem a trabalho.

A den?ncia sobre a cartilha chegou ao MPF pelo F?rum de Entidades Negras, dos ?ndios Tupinikim e Guarani e antrop?logos e historiadores, que tamb?m denunciaram a postura da empresa na Assembl?ia Legislativa, na ?ltima semana.

Segundo eles, a cartilha vem sendo distribu?da entre funcion?rios e at? nas escolas da rede p?blica de ensino do munic?pio de Aracruz. A iniciativa foi classificada como racista, discriminat?ria e hedionda, e gerou uma carta de rep?dio assinada por estas entidades e a Igreja Metodista.

Isa?as Santana, do F?rum de Entidades Negras do Estado e presidente licenciado do Conselho Estadual de Direitos Humanos, ressaltou que a empresa est?, atrav?s de seus funcion?rios, entrando nas escolas e difundindo a mentira de que os ?ndios s?o baderneiros, invasores de terras e al?m de tudo, falsos. Ele alertou tamb?m sobre o fato da Secretaria de Estado da Educa??o (Sedu) e do munic?pio, n?o se manifestarem sobre estas a?es.

A den?ncia ao MPF tamb?m ser? feita ao Minist?rio P?blico Estadual (MPE), como prometeu Isa?as. A inten??o, segundo ele, ? cobrar provid?ncias que censurem esse tipo de a??o da empresa, impedindo a difama??o da comunidade ind?gena perante toda a sociedade brasileira.Em den?ncia feita na Assembl?ia Legislativa na ?ltima sexta-feira(15), o antrop?logo Sandro Jos? da Silva, da Universidade Estadual do Esp?rito Santo (Ufes), tamb?m caracterizou a a??o da empresa como uma nega??o ao Estado Brasileiro, lembrando que a presen?a dos ?ndios no Esp?rito Santo, assim como a legitimidade de suas terras, s?o incontest?veis.

As palestras difamat?rias em defesa da Aracruz Celulose nas escolas desqualificam a cultura ind?gena Tupinikim e Guarani no Estado, assim como seus costumes, pintura, m?sicas e cren?as. Al?m disso, a empresa est? passando uma lista de assinaturas contra a demarca??o das terras ind?genas, como informou os ?ndios.

Segundo a carta da comunidade ind?gena Tupinikim e Guarani, em resposta ?s acusa?es da transnacional, os ?ndios viviam na regi?o do rio Piraqu?-A?u, onde em 1556 foi fundada pelo jesu?ta Afonso Br?s a Aldeia Velha (Santa Cruz). Al?m disso, h? registros da etnia Tupinikim na regi?o de Aracruz nos escritos de Andr? Thevet, Hans Staden, e dos jesu?tas Jos? de Anchieta e de Fern?o Cardim.
Di?rio


Fonte: CIMI e blog Metodistas&Ecum?nic@s


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Entrevista com o Cacique Wer? Djekup?, que proferiu palestra no 18? Conc?lio Geral da Igreja Metodista . Clique AQUI


 Livro analisa trabalho mission?rio entre os ?ndios de uma perspectiva antropol?gica e hist?rica. Clique aqui

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