Sentei-me no banco da pra?a,
Abri as narrativas de Natal,
olhei para as alturas,
se os magos estivessem comigo,
Na babil?nia de hoje, com polui??o visual,
N?o encontrariam nenhuma estrela,
N?o seriam guiados a lugar nenhum,
Por mais presente que estivessem,
N?o encontrariam o Cristo,
e se n?o fossem furtados
guardariam a mirra, o ouro e o incenso,
perdidos, nesse mundo desumano,
neste deserto imenso.
Retornariam ?s Babil?nias da vida,
Certos de que caminharam
numa viagem perdida.
Os anjos, cantariam em v?o,
Jamais seriam ouvidos
nesta sonora polui??o,
seu cantar seria abafado,
pelos cantares deste mundo
Os pastores n?o ouviram o convite,
Para uma nova caminhada,
de ir ao encontro do infante,
Nem ouviram gl?rias a Deus nas alturas,
neste mundo de viol?ncia e loucuras.
Nem paz na terra aos homens de Boa-Vontade,
imposs?vel ouvir, entre as mensagens de ?dio
que dominam a humanidade.
Ningu?m encontraria no tr?nsito
maluco da Cidade,
Onde ? que havia nascido o Deus
que se fez menino.
Magos e Pastores perdidos,
numa Torre de Babel,
Que por mais luzes que tenha,
n?o encontra a verdadeira luz,
N?o consegue descobrir que veio a salva??o,
Que na hist?ria se fez presente Jesus.
Que o Divino se fez humano,
e que renasce todo ano,
Em meio a c?ntico e sorriso
Para destruir Babel
e inaugurar o Para?so.
Fonte: VIEIRA, Carlos Walter. Natal hoje Poemas. 3? Ed. Associa??o Religiosa Imprensa da F?. 2002.
