Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 13/09/2013

Natal Urbano Carlos Walter

 

Sentei-me no banco da praça,

Abri as narrativas de Natal,

olhei para as alturas,

se os magos estivessem comigo,

Na babilônia de hoje, com poluição visual,

Não encontrariam nenhuma estrela,

Não seriam guiados a lugar nenhum,

Por mais presente que estivessem,

Não encontrariam o Cristo,

e se não fossem furtados

guardariam a mirra, o ouro e o incenso,

perdidos, nesse mundo desumano,

neste deserto imenso.

Retornariam às Babilônias da vida,

Certos de que caminharam

numa viagem perdida.

Os anjos, cantariam em vão,

Jamais seriam ouvidos

nesta sonora poluição,

seu cantar seria abafado,

pelos cantares deste mundo

Os pastores não ouviram o convite,

Para uma nova caminhada,

de ir ao encontro do infante,

Nem ouviram glórias a Deus nas alturas,

neste mundo de violência e loucuras.

Nem paz na terra aos homens de Boa-Vontade,

impossível ouvir, entre as mensagens de ódio

que dominam a humanidade.

 

Ninguém encontraria no trânsito

maluco da Cidade,

Onde é que havia nascido o Deus

que se fez menino.

Magos e Pastores perdidos,

numa Torre de Babel,

Que por mais luzes que tenha,

não encontra a verdadeira luz,

Não consegue descobrir que veio a salvação,

Que na história se fez presente Jesus.

Que o Divino se fez humano,

e que renasce todo ano,

Em meio a cântico e sorriso

Para destruir Babel

e inaugurar o Paraíso.

 

Fonte: VIEIRA, Carlos Walter. Natal hoje Poemas. 3ª Ed. Associação Religiosa Imprensa da Fé. 2002.


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