A pessoa vocacionada para o pastorado ? a respons?vel pelo ?xito da Escola Dominical
Os C?nones de 2007 da Igreja Metodista definem, no artigo 22, que pastores(as) t?m o seguinte mandado: "Membro cl?rigo ? pessoa que a Igreja Metodista reconhece chamada por Deus, dentre os seus membros, homens ou mulheres, para a tarefa de edificar, equipar e aperfei?oar a comunidade de f?, capacitando-a para o cumprimento da Miss?o". Ao pastor e pastora cabem, portanto, instituir fundamentos s?lidos em sua comunidade de f? (edificar), prover o que ? necess?rio para que uma atividade ou fun??o possa se realizar (equipar) e, quando algo n?o estiver correndo bem, propor uma corre??o na rota, corrigir (aperfei?oar). Quando o ap?stolo Paulo fala do aperfei?oamento dos santos ele se utiliza de uma palavra que ? usada nos evangelhos quando os pescadores est?o consertando a rede para a pesca. A palavra grega kat?rtizo, no sentido primitivo, significa "consertar os ossos quebrados".
Estas a?es pastorais visam a capacitar a Igreja para o exerc?cio da miss?o. Neste sentido, a didaqu?, o estudo b?blico e a aula na Escola Dominical s?o atividades que acompanham o mandato e o carisma apost?lico do minist?rio pastoral. O desafio para o pastorado hoje ? a doc?ncia exercida no ambiente da Escola Dominical e o desenvolvimento da educa??o crist? nas a?es pastorais.
S?o v?rios os aspectos que perfazem o papel do pastor e da pastora na Escola Dominical. Ressaltamos alguns:
a) Que a educa??o receba por parte de pastores e pastoras a devida aten??o e valoriza??o, no sentido de se promover a capacita??o e forma??o dos membros da igreja para que atuem nos diversos dons e minist?rios, bem como junto aos grupos societ?rios e departamentos de crian?as e da Escola Dominical.
b) Que o minist?rio pastoral oriente e capacite professores e professoras. Esta ? uma fun??o de suma import?ncia para a Escola Dominical. N?o se deve improvisar para suprir as necessidades das classes. Aquele ou aquela que vai dar aulas deve estar preparado/a e motivado/a para tal minist?rio. Devem-se tamb?m fazer avalia?es peri?dicas para saber do desempenho dos professores e professoras e da participa??o e aproveitamento dos alunos e alunas. A participa??o do pastor e pastora neste aspecto ? de fundamental import?ncia.
c) Que o pastor e a pastora assumam classes na Escola Dominical, a fim de que esta atividade n?o seja um ap?ndice do minist?rio pastoral. A aula aproxima o pastor e a pastora dos alunos e alunas e abre oportunidades para a tarefa educativa pastoral.
d) Que o material did?tico e o curr?culo sejam promovidos e utilizados pelo pastor e pastora. Quando o membro cl?rigo faz "campanha" contra o material did?tico est? promovendo um desservi?o e contribuindo para a utiliza??o de outros materiais que promovem uma compreens?o do Evangelho, das Doutrinas e da Miss?o da Igreja, diferentemente da professada pela Igreja Metodista. As fam?lias em geral, na educa??o dos seus filhos e filhas, seguem princ?pios da fam?lia e n?o os da vizinhan?a.
e) Que a Escola Dominical seja o lugar por excel?ncia onde a tarefa educativa da igreja aconte?a, seja para orientar novos membros, educar as crian?as, jovens e adolescentes, bem como para educar e capacitar para os diversos minist?rios que a igreja necessita para cumprir com sua miss?o e com seus objetivos tra?ados no Plano de A??o. Para que isto aconte?a, ? necess?rio que o espa?o da Escola Dominical seja priorizado, a come?ar pelo pastor e pastora da igreja.
f) Que o pastor e pastora sejam facilitadores no processo de aprendizagem e de desenvolvimento da consci?ncia crist? e cr?tica dos membros da Igreja e que, para isto, desenvolvam m?todos e din?micas de integra??o entre as pessoas e transforma??o da vida na perspectiva de uma viv?ncia do discipulado enquanto estilo de vida.
g) Que o pastor e pastora desenvolvam o modelo apost?lico de atividade docente. O principal modelo apost?lico ? o de Paulo. Encontramos o testemunho apost?lico em I Tessalonicenses 2.11-12, por meio das palavras exortar, consolar e admoestar que apresentam um sentido de estar junto ?s pessoas para a orienta??o, para fortalecimento e para declara??o das coisas de Deus. O mesmo testemunho est? em Colossenses 1.28 pelostermos anunciar, advertir e ensinar, que indicam instru??o, recomenda??o e educa??o.
A natureza do minist?rio pastoral apresenta uma abrang?ncia que exige do pastor e da pastora uma postura em favor da educa??o. Urge, portanto, que pastores e pastoras, bem como a lideran?a da Igreja, resgatem o lugar da educa??o crist? na vida de nossas igrejas locais. O Plano para a Vida e Miss?o, bem como as Diretrizes para a Educa??o na Igreja Metodista indicam o caminho a ser seguido na busca por uma educa??o que forme crist?os conscientes e comprometidos. Este caminho ? a educa??o numa perspectiva libertadora e conscientizadora e precisa ser seguido pelo pastor e pastora empenhados em cumprir o carisma da ordena??o que lhes indica a tarefa de edificar, equipar, aperfei?oar e capacitar.
S?o v?rias as quest?es colocadas hoje acerca da Escola Dominical, tanto a favor da relev?ncia da mesma na Igreja hoje como contra. Mas o fato ? que n?o h? espa?o como o da Escola Dominical para que os objetivos da educa??o crist? sejam plenamente alcan?ados. H? outros momentos educativos na vida da Igreja, mas nenhum deles supera a excel?ncia que o ensino dominical apresenta. Assim, no exerc?cio do pastorado numa perspectiva de mandato da Igreja, o cuidado com a Escola Dominical est? presente.
Bispo Josu? Adam Lazier
Veja tamb?m:

