Palavra Episcopal dezembro 2008







 


Adriel de Souza Maia, Bispo da 3? Regi?o Eclesi?stica.


 Escrever uma reflex?o na ?ltima edi??o do ano n?o ? uma tarefa muito f?cil. H? muitas motiva?es no calend?rio da Igreja. Por exemplo, Dia dos Direitos Humanos, Dia da B?blia, Tempo do Advento e Natal, bem como uma palavra sobre o novo ano que se aproxima.


Igualmente, o m?s de dezembro ? uma boa oportunidade para avaliar a caminhada da Igreja no ano que se encerra, especialmente a partir das prioridades estabelecidas pela Igreja em seu Plano Nacional de Atividades.



A pauta da Igreja est? focada no desafio da Carta Pastoral do Col?gio Episcopal para o bi?nio 2008-2009 – "Testemunhar a gra?a e fazer disc?pulos e disc?pulas". A presente Carta Pastoral objetiva impactar nossas igrejas a fim de que elas possam ser "Semelhantes a Jesus". Nessa linha, indicando o caminho da pr?tica do discipulado encarnado por Jesus Cristo, da Igreja Primitiva, de Paulo e do insigne fundador do Metodismo, John Wesley. Por isso, n?s, metodistas, entendemos que "O Discipulado ? modo de vida, que caracteriza a vida daqueles que est?o comprometidos com o Reino de Deus, que fazem da Nova Justi?a, ou seja, dos valores ?ticos e da justi?a do Reino, uma prioridade na sua vida e que se dedicam integralmente ao servi?o crist?o, ao evangelismo e ao testemunho, no cumprimento ? vontade de Deus". (S?rie Discipulado 1 – Biblioteca Vida e Miss?o, Editora Cedro, S?o Paulo-SP).


A referida Carta Pastoral ser? um embasamento de grande import?ncia para acolhermos a Carta Pastoral para o novo bi?nio 2010-2011: "Testemunhar o sinais da Gra?a na unidade do Corpo de Cristo", a ser lan?ada por ocasi?o dos Conc?lios Regionais no final de 2009.


A unidade crist? ? um sinal do discipulado comprometido com a pr?tica de Jesus. N?o ? uma quest?o de op??o, mas de mandamento do Senhor para a Sua Igreja. Jesus orou suplicando: "a fim de que todos sejam um; e como ?s tu, ? Pai, em mim e eu em ti, tamb?m sejam eles em n?s; para que o mundo creia que tu me enviaste" (Jo?o 21.21). A Ora??o Sacerdotal do Senhor Jesus Cristo tem o sabor de seu sofrimento, de sua morte e da gloriosa vit?ria do Evangelho na din?mica de Sua ressurrei??o.


Nessa esteira, ? bom trazer as palavras do Evangelho: "Ainda tenho outras ovelhas, n?o deste aprisco; a mim me conv?m conduzi-las; elas ouvir?o a minha voz; ent?o, haver? um rebanho e um pastor" (Jo?o 10.16). Certamente, essa Carta Pastoral poder? ajudar a nossa Igreja fortalecer seus marcos essenciais e, nesse sentido, avan?ar na pr?tica de um discipulado marcado pela unidade e santidade.


Essa correspond?ncia pastoral chegar? numa hora muito importante na vida da Igreja Metodista.


No momento, constatamos a "exist?ncia de rupturas na unidade da Igreja", ou seja, o ofuscamento dos referenciais emissores de autoridade. Nessa linha de pensamento, ? bom relembrar as palavras da Carta Pastoral "Servos e Servas…": "eis o fator a refletir na vida eclesial, conduzindo ? defesa de posicionamentos do tipo ?eu fa?o o que acho melhor e me parece correto?. Onde est? a fonte de autoridade da Igreja? A voz de comando? Quem emite o som inicial, ao qual haver? de afinar-se toda a orquestra? ? preciso lembrar as inst?ncias ?s quais a Igreja tem a se referir – a Palavra de Deus contida no Antigo e Novo Testamentos, a tradi??o crist? (que, para os metodistas, passa pelo referencial teol?gico vivido por Wesley), os documentos escritos e aprovados pelo metodismo brasileiro e o corpo pastoral eleito pela Igreja Metodista no Brasil para exercer o minist?rio da orienta??o doutrin?ria e pr?tica da Igreja. Esse corpo pastoral, dessa mesma Igreja, recebeu a tarefa de ajud?-la a discernir os sinais e apontar os alvos da caminhada, submissos ao Esp?rito Santo e aos elementos de autoridade que todos antecede. Esse corpo pastoral ? o Col?gio Episcopal".


Por isso, percebemos nesse cen?rio:




  • A desobedi?ncia pessoal e grupal, pura e simplesmente feita em desrespeito ao institu?do.


  • Pr?ticas pastorais que n?o t?m consist?ncia b?blica e nem conferem com a leg?tima tradi??o wesleyana. As pr?ticas pastorais e ministeriais identificam a Igreja Metodista como Corpo de Cristo. S?o a?es pr?prias de sua natureza, visando o seu compromisso com o Reino de Deus. Nesse sentido, as pr?ticas s?o da Igreja e os pastores e as pastoras orientam-nas com uma dimens?o do minist?rio total da Igreja.Elas caracterizam a Igreja Metodista, em sua identidade, desenvolvem e mant?m sentido de comunidade eclesial. Celebradas no seu essencial, cooperam para a unidade da nossa denomina??o.


  • Tentativas de encontrar solu?es por caminhos de atalhos. S?o comportamentos desagregadores da comunidade, que desacreditam a exist?ncia da autoridade eclesial, semeiam o individualismo em meio ao Corpo de Cristo e espalham o divisionismo e sectarismo.


  • Fortalecimento do regionalismo e congregacionalismo e, conseq?entemente, enfraquecimento da tr?ade: Conciliar, Episcopal e Conexional.


  • Descaracteriza??o da ?tica comportamental. O compromisso ?tico na perspectiva do Evangelho inclui coer?ncia de vida e testemunho. N?o se afina com acordos que n?o sejam compat?veis com a proposta do Reino de Deus.


  • Forte crise envolvendo as institui?es de ensino da Igreja Metodista com resson?ncias internas e externas.


  • Descaracteriza??o das marcas centrais da nossa eclesiologia, a fim de que ela seja uma Igreja: Cristoc?ntrica, Pneum?tica e Mission?ria.


  • Modelo de gest?o confuso, lento e com muitas vozes de comandos, nos termos da Legisla??o vigente. Ao mesmo tempo, enfraquecendo o governo episcopal.


Portanto, a Correspond?ncia Pastoral "Testemunhar sinais da Gra?a na unidade do Corpo de Cristo" poder? ser um instrumento de convoca??o do povo metodista, a fim de que "reafirmemos a consci?ncia de que Deus nos convoca e vocaciona para sermos fi?is e obedientes ? miss?o que nos tem dado."


? tempo de Advento e Natal! Uma excelente oportunidade para elegermos um novo estilo de vida ministerial ? semelhan?a do Senhor Jesus. Apesar dos desacertos, bem como sinais de desesperan?as, l? no fundo do horizonte divino nasceu a luz. O evangelista descreve: "A luz resplandece nas trevas, e as trevas n?o prevaleceram com ela[…]E o verbo se fez carne e habitou entre n?s, cheio de gra?a e de verdade, e vimos a sua gl?ria, gl?ria como do unig?nito do Pai" (Jo?o 1. 5 e 14).


Desejo que a b?n??o do Natal, Deus Conosco, renove as esperan?as de todas e de todos. Feliz Natal! E, tamb?m, um novo ano de 2009 marcado de "f?, esperan?a e amor".

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