Publicado por José Geraldo Magalhães em Geral - 18/06/2015

Polícia de Charleston prende suspeito de matar nove pessoas em Igreja Metodista nos USA

 
A polícia de Charleston, no Estado da Carolina do Sul (EUA), prendeu nesta quinta-feira Dylann Roof, de 21 anos, o suspeito de ser o autor dos disparos que mataram nove pessoas em um ataque à Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel (Emanuel African Methodist Episcopal Church), voltada para a comunidade negra na cidade. A prisão ocorreu às 11h30 (12h30, no horário de Brasília), em Shelby, a quatro horas de Charleston, após o jovem ser identificado pelos seus próprios familiares graças às imagens divulgadas pela polícia que mostram um homem branco entrando no local e depois fugindo em um carro preto. Segundo a agência Reuters, um tio de Roof identificou o sobrinho ao ver as imagens. "Quanto mais olho (as fotos), mas estou convencido de que é ele", afirmou Carson Crowles.
 
Em comunicado, a polícia disse acreditar que o atentado tenha sido um "crime de ódio" racial. Dylann Roof é morador da área de Columbia, no subúrbio de Charleston. Os fatos ocorreram às 21h de quarta-feira (20h em Brasília). O suspeito entrou na igreja, juntou-se ao grupo que participava de uma sessão de estudos da Bíblia e ficou ali sentado durante uma hora antes de começar a disparar. Oito das vítimas morreram dentro do templo e outra no caminho ao hospital.
 
O chefe da polícia local, Greg Mullen, explicou em entrevista coletiva que as vítimas eram três homens e seis mulheres, incluindo o reverendo Clementa Pinckney, de 41 anos, pastor da igreja e senador democrata no Parlamento da Carolina do Sul. Pinckney era um reconhecido líder da comunidade negra no Estado e dirigia uma das igrejas afro-americanas mais antigas do país, que data dos tempos da escravidão.
 
O atentado ocorreu após um ano de protestos nos Estados Unidos contra as mortes de negros desarmados nas mãos da polícia. Esses casos, um deles ao norte de Charleston em abril, reabriram o debate sobre a relação entre brancos e negros, a manutenção de disparidades implícitas e o tratamento dispensado à comunidade afro-americana pela polícia norte-americana. A questão vem à tona meio século após o término oficial da segregação racial.
 
Após o massacre, grupos de pessoas negras se reuniram ao redor da igreja fazendo círculos de mãos dadas. “Achávamos que os temas raciais tinham sido superados”, disse uma delas a um repórter do jornal The Post and Courier.
 
Com informações do El País

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