LIMA, Per?, Agosto 7, 2006
ALC, Ag?ncia Latino-americana de Not?cias
O crescimento num?rico da membresia evang?lica ? um fato ineg?vel no Peru, mas pensar que um presidente evang?lico poderia mudar uma na??o s? por ter esse v?nculo religioso seria ing?nuo, disse o te?logo batista Samuel Escobar.
“Ser evang?lico n?o ? uma garantia para uma gest?o de Estado eficaz”, afirmou o te?logo. Ele lembrou a presid?ncia de James Carter nos Estados Unidos, que, assegurou, “teve grandes limita?es para mudar a na??o”, mesmo tratando-se de um homem consagrado da Igreja Batista.
Samuel Escobar ? um batista peruano que reside na Espanha. Ex-presidente das Sociedades B?blicas Unidas e ex-secret?rio geral da Comunidade Internacional de Estudantes Evang?licos (CIEE), ele dissertou, s?bado, sobre “Igreja e Estado, velho problema, novos desafios”, no audit?rio do Conselho Nacional Evang?lico.
As transforma?es sociais, avaliou, passam por um caminho distinto da simples coloca??o de um l?der evang?lico no comando, “por melhores que sejam as suas inten?es”. Escobar n?o descartou a participa??o de evang?licos na pol?tica partid?ria, mas advertiu que n?o se deve confessionalizar tal participa??o, pois politizaria a igreja.
O te?logo batista desafiou os crist?os a se envolver em tarefas comunit?rias, a participar de organiza?es da sociedade civil e a trabalhar pelo bem do povo. Esse ? o caminho que os evang?licos deveriam seguir para serem eleitos, porque o povo reconhece o trabalho, independentemente da f? evang?lica.
Como produto do crescimento evang?lico podem aparecer l?deres carism?ticos “que queiram levar ?gua ao seu moinho” sem nenhum controle institucional, advertiu o palestrante. Por?m, “ser evang?lico n?o ? garantia de que n?o possa cometer erros ou cair em tenta??o”, alertou, citando o recente caso de pol?ticos evang?licos brasileiros envolvidos numa rede de corrup??o para a compra de ambul?ncias.
Sobre a rela??o Igreja-Estado, Escobar disse que a Igreja, cuja tarefa ? o an?ncio do Evangelho, deveria manter uma dist?ncia cr?tica do Estado, para levantar a voz prof?tica em situa?es que exijam tal postura.
