
Preciso jejuar? principalmente de palavras, pensamentos e impress?es?
Acredito que devo me abster de alguns anseios? existem desejos complexos demais para serem esperados? ou necessitam de espa?o cronol?gico para se formar por completo.
Tenho que economizar? preciso ser econ?mico? at? de sorrisos, que tristeza? de sentimentos? ? melhor n?o sentir certas coisas? existem benef?cios em n?o realizar alguns tipos de vontade.
Espreitar? necessito aprender que a espreita nem sempre se relaciona com algo mal? h? tamb?m possibilidade de mirar com paci?ncia coisas boas, sonhos bons? horizontes de terras prometidas, desejadas?
Devo me esquivar do que me decepciona, do que me tira a paz? encontrar atalhos que me fa?am fugitivo das mazelas que sempre est?o diante de mim? minhas e de outros? devo descobrir caminhos que me levem para longe delas? ? seguran?a, ? tranq?ilidade? que me tragam prazer e contentamento?
Tenho que jejuar? sentir minha fraqueza, minha pouca autonomia, meu pouco poder? sentir-me s? entre pessoas, inseguro em calmarias, carente no aconchego, escasso na fartura? conscientizar-me de minha humanidade, lembrar-me do p? que sou.
Preciso do sil?ncio, entender que na quietude existe ensino, que quando me calo, sou mais ouvido, que quando espero sou mais atendido? h? um tempo certo de todas as coisas!
Devo perceber que n?o ter o que dizer diante de certas atitudes, pode ser b?n??o? dando-me chance de ponderar, repensar, absorver, esclarecer? pausas santas? educadoras, condutoras de amadurecimento!
Preciso jejuar?
O jejum me d? incertezas, medo, indisposi??o? ele amea?a e desestabiliza? leva-me ao encontro de meus temores e me ajuda a aprender que quando sou fraco ? que sou forte? que desnutrido, posso ser alimentado e, abstinente, abastecido?
Dessa abnega??o ? que preciso? porque nela encontrarei certezas que as certezas que constru? no decorrer do tempo, n?o me d?o? na evid?ncia da morte, ? poss?vel encontrar vida, assim, como na entrega, ganho.
Eu preciso vencer minhas tenta?es mais ?ntimas, minhas pretens?es, meus gostos, prefer?ncias e ilus?es, para tornar-me s?bio, ciente do qu?o pequenino sou e qu?o indefeso diante de mim mesmo.
Que Deus tenha piedade de mim? ensinando-me a privar-me de quem sou, para que em minha ren?ncia, haja espa?o suficiente para surgir quem devo ser?
Que Ele me alimente com o P?o do C?u e me d? for?as para jejuar? para me esvaziar de meus temores e desejos, nutrido, enfim, somente, exclusivamente, simplesmente, pela Gra?a que um dia me alcan?ou.
Rev. Nilson.
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