Publicado por José Geraldo Magalhães em Expositor Cristão - 09/08/2014

Reflexão especial sobre o Dia dos Pais!

Na religião cristã, a Oração do Pai Nosso, especificamente em Mateus capítulo 6, versículo 11, contribuiu, de certo modo, para determinar o pensamento de que cabe aos pais a tarefa tão somente de ser o provedor do “pão de cada dia”. Isso continua muito presente, ainda que, em muitas situações, a mulher enquanto mãe coopera também com as obrigações financeiras na família atuando profissionalmente no mercado de trabalho. 
 
É verdade que ser provedor é uma tarefa de grande responsabilidade, principalmente na maioria das famílias brasileiras, quando os recursos financeiros são poucos para suprir tantos compromissos. Como solução o que se vê são pessoas acumulando cargas excessivas de trabalho prejudicando em muito o convívio familiar ideal.
 
Mais do que ser provedor do “pão de cada dia” e das demais necessidades básicas na manutenção da casa, o pai tem a obrigação de ser amigo, e isso exige estar mais próximo dos/as filhos/as, desenvolvendo neles/as a confiança e a devida segurança em todos os momentos da vida. A ausência do pai e também da mãe, quase sempre justificadas em decorrência dos compromissos profissionais que lhes possibilite dar maior conforto aos/às filhos/as, tem contribuído muito mais para a sua instabilidade emocional, gerando neles/as inseguranças e comportamentos agressivos, nem sempre compreendidos pelos pais.
 
Devido a essas questões, no meu entender, três situações são relevantes e carecem de maior atenção por parte principalmente dos pais no relacionamento com os/as filhos/as, são elas:
 
Processo Educativo: Ação que permite ao pai perceber que seu/a filho/a será pai/mãe dos/as seus/as netos/as. Mais do que a intuição divina que recebemos de Deus, o estar presente nas várias fases da formação dos/as filhos/as é uma obrigação fundamental que o/a ajudará a compreender o cuidado especial que deverá ter quando tiver que assumir o mesmo papel. 
 
Processo Afetivo: Ação imprescindível que permite ao pai perceber que seu/a filho/a é um ser que precisa ser amado, respeitado e protegido. A visão equivocada do processo educativo que apenas pune, geralmente muito praticada, precisa ser revista. Quanto mais presente na vida do/a filho/a, menor será a necessidade de castigá-lo/a. 
 
Processo Familiar: Ação que permite ao pai perceber que seu/a filho/a é parte de si mesmo. Precisamos ensiná-lo/a a valorizar e respeitar a seus pais e irmãos/ãs. Mostrar a ele/a que sozinhos/as, seremos sempre fracos/as e incapazes, mas quando unidos/as com pessoas merecedoras da nossa confiança, seremos fortes para superar todas as adversidades.
 
Constatar a existência de crianças, adolescentes e jovens com transtornos psicológicos por causa de comportamentos irregulares na família, tem sido a grande preocupação das instituições sociais, principalmente da Igreja e da Escola. Que essa missão de ser pai, desperte em todos a consciência de que ser provedor é muito mais do que suprir de bens materiais, mas dar condições ideais aos/às nossos/as filhos/as no sentido de que recebam da nossa parte todas as condições para terem uma vida emocional equilibrada e sensata, contribuindo assim, com o maior projeto de Deus que é a família. 
 
Pr. Rogério da Silva Oliveira
Pastor da Igreja Metodista Central em 
Macaé/RJ 
 
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