Repercussões do Concilio Geral

Fonte: Edelberto Behs, BRAS?LIA, Brasil, Julho 17, 2006 – Ag?ncia Latino-Americana e Caribenha de Comunica??o, ALC


A ALC ? uma ag?ncia ecum?nica que oferece informa??o e an?lise aos meios de comunica??o religiosos e seculares sobre a realidade socio-eclesial na Am?rica Latina e outras regi?es do mundo. ALC ? uma iniciativa de Luteranos Unidos em Comunica??o (LUC), Conselho Latinoamericano de Igrejas (CLAI), Associa??o Mundial para a Comunica??o Crist? (WACC-Regi?o Am?rica Latina) e Conselho de Igrejas Evang?licas Metodistas da Am?rica Latina e Caribe (CIEMAL).


L?deres religiosos lamentaram a decis?o do 18. Conc?lio Geral da Igreja Metodista de se retirar de organismos ecum?nicos que tenham a presen?a da Igreja Cat?lica e de grupos n?o-crist?os. A medida tira os metodistas do Conselho Nacional de Igrejas Crist?s do Brasil (CONIC) e da Coordenadoria Ecum?nica de Servi?o (CESE).


O momento ? de “profunda indigna??o e tristeza”, disse para a ALC o presidente do CONIC, bispo Adriel de Souza Maia, que foi reeleito para o Col?gio Episcopal da Igreja Metodista no 18. Conc?lio, reunido de 10 a 16 de julho na cidade capixaba de Aracruz. “Vivemos um momento de grande retrocesso”, agregou.


Na medida em que a Igreja Metodista decide se retirar de organismos ecum?nicos, tamb?m o bispo est? exclu?do dessa comunh?o. A leitura ? do bispo Adriel de Souza Maia, que n?o saberia dizer, hoje, se ainda ? presidente do CONIC. “Tem que ser feita uma profunda avalia??o do caso sob o ponto de vista jur?dico”, admitiu. Tamb?m estaria nessa condi??o o secret?rio executivo do organismo, pastor Western Clay Peixoto.


Embora tenha destacado que a CESE n?o recebeu qualquer comunicado oficial da Igreja Metodista anunciando a decis?o conciliar, a secret?ria executiva do organismo de servi?o, pesquisadora Eliana Rollemberg, afirmou que a medida ? preocupante e “entra na contram?o da hist?ria do ecumenismo”.


Rollemberg disse que a decis?o da Igreja Metodista do Brasil ? um passo atr?s e tem conseq??ncias para o ecumenismo mundial. Ela reportou-se ? IX Assembl?ia do Conselho Mundial de Igrejas (CMI), reunida em fevereiro deste ano em Porto Alegre, e que contou com a participa??o da Igreja Cat?lica inclusive no comit? organizador local e nacional do evento. O CMI vem dando passos importantes no di?logo com os cat?licos, frisou.


Em carta dirigida, hoje, ? Igreja Metodista, o pastor presidente da Igreja Evang?lica de Confiss?o Luterana no Brasil (IECLB) e moderador do CMI, Walter Altmann, disse que, embora a decis?o conciliar deva ser respeitada integralmente, tomada de acordo com a convic??o majorit?ria dos conciliares, a not?cia “entristeceu profundamente o nosso cora??o”.


Altmann expressou o agradecimento da IECLB ? “rica contribui??o da Igreja Metodista para a pr?tica eclesial e ecum?nica em nosso pa?s”. Frisou que uma das caracter?sticas primordiais dos metodistas mundo afora tem sido a conjuga??o de evangeliza??o e compromisso social.


Num contexto de dif?ceis e lentos avan?os, a decis?o do Conc?lio de Aracruz representa um “forte baque no movimento ecum?nico no Brasil, que assim enfrenta um desafio adicional em sua caminhada muitas vezes espinhosa, mas sempre necess?ria”, arrolou o pastor presidente da IECLB.


Falando em nome pessoal, o assessor do setor de Ecumenismo e Di?logo Religioso da Confer?ncia Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Jos? Bizon, declarou que a medida representa um retrocesso para uma igreja, como a metodista, que tem uma caminhada ecum?nica. “A gente fica perplexo e d?i o cora??o de ouvir uma decis?o dessas, quando o mundo se abre ao di?logo”, assinalou.


A decis?o do Conc?lio de Aracruz ? lament?vel, pois vai contra os princ?pios doutrin?rios e pastorais da Igreja Metodista, argumentou o secret?rio executivo do CONIC, Clay Peixoto. “Foi uma decis?o pol?tica”, acrescentou, referindo-se ao crescimento do movimento carism?tico de corte sect?rio e fundamentalista na Igreja Metodista brasileira.


O bispo Adriel de Souza Maia lembrou a carta pastoral que o Col?gio Episcopal remeteu ao 18. Conc?lio, na qual destacou a caminhada ecum?nica da Igreja Metodista desde John Wesley, seu fundador, at? os dias de hoje, reafirmando a import?ncia do envolvimento dos metodistas em organismos que lutam em favor da vida.


Mas o apelo dos bispos n?o encontrou eco no Conc?lio, que aprovou, em debate iniciado na noite de sexta-feira, 14, avan?ando madrugada adentro, a retirada da Igreja Metodista de organismos ecum?nicos por 79 votos a favor, 50 contra e quatro absten?es. “No af? de olhar para a Igreja Cat?lica n?o avaliaram o preju?zo que o movimento neopentecostal provoca em nossas igrejas”, lastimou Souza Maia.


A realidade exige cada vez mais uma a??o unit?ria das igrejas, frisou Eliana Rollemberg. “Talvez a realidade acabe nos educando a respeito da atua??o conjunta”, disse. Para Souza Maia, o momento ? de parar, reavaliar tudo e redesenhar o momento sem perder a vis?o do futuro. “Deus e Jesus Cristo v?o al?m dos dogmas. A institui??o n?o pode emba?ar o movimento do Esp?rito na Igreja”, afian?ou.


 

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