santos maria newnum

A palavra santo em grego significa, separado, designado, sagrado. Os gregos separavam edif?cios para serem templos consagrados aos prop?sitos n?o-mundanos. Estes lugares tornaram-se objetos de venera??o e rever?ncia. Os "Santos" eram pecadores crentes; separados do pecado para a santidade; intoc?veis por "Satan?s", senhor do mundo profano.  


Talvez venha da? o conceito dos mosteiros e clausuras, que abrigavam pessoas separadas do "mundo" secular, carregado de promiscuidade, devotadas exclusivamente aos pobres da terra.


Nesse sentido a palavra “santo” como designa??o de um crente, chama aten??o imediata ? responsabilidade que cada "santo" tem: Viver uma vida separada e diferente; ser "amostra gr?tis" do pr?prio Deus na terra.


As palavras “santo”, “santificar” e “sagrado” pertencem a mesma raiz grega. Todas simbolizam a separa??o absoluta do mal e dedica??o ? Deus, ou seja,  defender valores e realizar tarefas no mundo "profano", tais quais o pr?prio Deus faria.


Salvo engano do hebraico muito enferrujado, no Antigo Testamento a palavra equivalente a santo ? qadosh, que deriva a palavra qodesh, que significa separa??o, tendo o sentido tamb?m, de cortar, ou dividir, isolar ou separar.  


No Novo Testamento ? enfatizada a santifica??o, mais que a santidade. Sem santifica??o, ningu?m ver? a Deus, diz o livro de Hebreus 12.14. Enquanto a santidade ? um estado a ser buscado, a santifica??o ? a "pr?tica" de separa??o, diferencia??o; meio que evidencia a real consagra??o a Deus. O santo ? servo de Deus, separado dos pecados do mundo, para exercer a sublime miss?o de levar almas para Cristo, pela mensagem do Evangelho e pelo testemunho do servi?o incondicional aos necessitados.


Na atualidade, os "santos" est?o bem longe do sentido proposto no grego e hebraico. Frequentemente, tomam para si, os lugares de destaque "dentro" dos templos; alheios aos problemas e desafios do "mundo" profano". Enquanto o mundo jaz no "maligno" da mis?ria e corrup??o, os "santos", ou seja, os crentes, se refestelam nas cadeiras confort?veis dos templos. Ao inv?s de agirem como o pr?prio Deus agiria, se assentam no trono do "Deus alt?ssimo", n?o como ajudadores bondosos desprovidos de interesses mundanos particulares, mas como "soberanos" e "juizes" do resto do povo.


Se quiser uma prova concreta dessa arrog?ncia "santa", pe?a o acolhimento de uma fam?lia pobre, sem teto, usu?rios de craque, com um beb? rec?m nascido…


Ver? que tal qual o casal de Nazar? – e o beb?, tal qual o menino Jesus – ficar? entregue a pr?pria sorte, numa manjedoura moderna: um moc? rodeado, n?o de animaizinhos fedorentos; mas de lixo, ladr?es e usu?rios de craque.


Deus nos livre dos suntuosos "santos" e "santas" de l?nguas afiadas para os gritos, revela?es espirituais, cantos, rezas e ora?es, cujas m?os, est?o encolhidas para os "meninos Jesus" de hoje.


Pobre das igrejas, com seus santos e santas de m?os atrofiadas e cora?es de pedra.



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Maria Newnum ? pedagoga, mestre em teologia pr?tica, vice-presidente do Movimento Ecum?nico de Maring? e Coordenadorada Spiritual care Consultoria.

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