texto Crianças Pastor Ivam

Dia 12 de outubro ? dedicado ? comemora??o do Dia da Crian?a. Portanto ? oportuno, imperativo e urgente se refletir a respeito da verdadeira condi??o da crian?a no mundo atual.



Crian?as trabalhando em tecelagem inglesa no s?culo XIX. Ser? que hoje a situa??o das crian?as ? muito diferente?


J? estamos vivendo o alvorecer do terceiro mil?nio. O homem ? protagonista de portentosas descobertas e maravilhosas conquistas em todas as ?reas do conhecimento. Desvenda os mist?rios da F?sica e da Qu?mica, interpreta as complexas leis da engenharia gen?tica, navega soberano pelo espa?o sideral, sonda o Universo em busca de vidas humanas em outros planetas, mas, trope?a em itens elementares da lei do amor ao pr?ximo. O seu tratamento para com a crian?a ? prova incontest?vel de seu fracasso nesta faixa et?ria do ser humano.. Em algumas camadas da sociedade, ela est? relegada a um plano de somenos import?ncia e exposta a m?ltiplas formas de explora??o e sem perspectivas para o futuro.


Milhares delas combatem nos campos de batalhas, em diferentes partes do mundo. S?o chamadas para ajudarem a desfazer as confus?es que os "adultos" armaram e n?o sabem como resolv?-las.







Na ?ltima d?cada, dois milh?es de crian?as perderam suas vidas e seis milh?es ficaram mutiladas ou gravemente feridas, f?sica e psicologicamente, em combates.








Na guerra civil, na vizinha Col?mbia, cerca de onze mil crian?as lutam em guerrilhas e nas for?as paramilitares.


Dez milh?es est?o refugiadas, pois, n?o h? condi?es de viverem em seus pr?prios pa?ses.


 


No Rio de Janeiro, seis mil crian?as "trabalham" no tr?fico de drogas e entorpecentes.


Em toda a ?frica, cujos pa?ses vivem permanentemente em conflitos armados, mais de cem mil crian?as est?o neles envolvidas.


Em nosso pa?s, cerca de tr?s milh?es de crian?as trabalham, ?s escondidas, fugindo da legisla??o e da fiscaliza??o trabalhista; muitas delas em condi?es de trabalho escravo.


Grande percentual de crian?as, nascidas no Brasil e em outras partes do mundo, n?o existem juridicamente, pois, n?o s?o registradas; e 21,5%, das nascidas nas 3.660 das 5.562 cidades brasileiras, s?o sub-registradas.


Milhares vivem ao relento, expostas a toda forma de car?ncias e podrid?o moral; ref?ns do submundo do crime e da viol?ncia.


Muito embora a Declara??o dos Direitos da Crian?a, aprovada pela Assembl?ia Geral das Na?es Unidas, em l959, seja um poderoso instrumento a seu favor, as suas prescri?es t?m sido objeto de lament?vel desprezo!


A sociedade organizada e as denomina?es religiosas devem se levantar, de forma din?mica e corajosa, e intervirem neste caos ante a imin?ncia de desestrutura da fam?lia, o que representa grande amea?a ? estabilidade social.


Pit?goras (fil?sofo grego, 580 – 500 a.C.) disse: "Educa a crian?a e n?o ser? preciso punir o homem" e Machado de Assis, em Mem?rias P?stumas de Br?s Cubas, escreveu "O menino ? o pai do homem". Tais abalizadas afirmativas apontam para a realidade de que a orienta??o e a forma??o que a crian?a recebe ser?o reproduzidas e expressas em sua vida adulta.


O ensino b?blico prescreve "ensina a crian?a no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho n?o se desviar? dele." (Pv 22.6).


Jesus ensinou aos disc?pulos o real valor da crian?a. Trazendo uma crian?a, colocou-a no meio deles, e, tomando-a em seus bra?os, disse-lhes: "qualquer que receber uma crian?a como esta em meu nome a mim me recebe…" (Mc 9.36-38). Enquanto noutro momento de seu minist?rio enalteceu a figura da crian?a quando disse: "Deixai-vir a mim as criancinhas e n?o as embaraceis porque delas ? o Reino dos C?us" (Mc 10.14)


Nas sociedades antigas a rejei??o de crian?as, das mais absurdas formas, era pr?tica aceita e justificada juridicamente.


As primeiras comunidades crist?s iluminadas pelas novas concep?es humanit?rias, introduzidas pelos ensinos do Novo Testamento, manifestavam grande compreens?o para com as crian?as. O entendimento a respeito da fam?lia contrastava frontalmente com os princ?pios e h?bitos da sociedade greco-romana.


Os evang?licos de modo geral e os metodistas em particular, inspirados no alto apre?o e ternura com que Jesus acolhia as crian?as, devotaram-lhes especial aten??o e nelas vislumbraram um enorme potencial.


Jo?o Wesley, em correspond?ncias e em seu di?rio, sempre demonstrou afei??o e grande preocupa??o para com as crian?as. Dirigiu muitas reuni?es somente para elas. No seu Di?rio (20/4/1788) relata ter falado em Boston, EUA, no per?odo da tarde, para um p?blico de 900 a 1000 crian?as. Publicou material did?tico, tais como: Li?es para as Crian?as; Hinos para Crian?as; um livro de ora?es intitulado Ora?es para Crian?as e tamb?m mais de 200 hist?rias b?blicas para crian?as. Fundou escolas, orfanatos e organizou classes e sociedades mirins para atend?-las. Orientou pais e m?es sobre a responsabilidade de educarem seus filhos desde a mais tenra idade. Autor de muitos livros de serm?es dedicou o serm?o de n? 95 ? educa??o das crian?as.


Os dois ?ltimos Conc?lios Gerais recomendaram zelo priorit?rio para com as crian?as. Nossa Igreja possui departamentos nacional, regional, distrital e local de trabalho com crian?as. Al?m de promover encontros, em todas as inst?ncias, para prepara??o de pessoas que trabalham com crian?as, produzir material para EBF e manter uma p?gina pr?pria para elas, no site nacional, instituiu tamb?m a Vig?lia Nacional em favor das crian?as.


Nossos bispos/a t?m escrito Pastorais para as crian?as; t?m lhes endere?ado carinhosas missivas e tamb?m para seus pais e m?es.


Em nosso pa?s a Igreja Metodista produziu a primeira revista b?blica infantil – A Nossa Gente Pequena-, para a Escola Dominical, publicada em 1884 e 1886, pelo rev. John James Ransom.


Quanto mais se sentirem acolhidas, amadas e envolvidas nas celebra?es e ritos, constantemente desafiadas a participarem das atividades da Igreja, maior ser? o seu desenvolvimento social e crescimento na f?. N?s, metodistas, cremos que as crian?as participam da salva??o em Jesus Cristo. S?o alcan?adas pela gra?a de Deus e devem ser ensinadas a fim de que n?o se desviem dos caminhos do evangelho.


A certeza do amor de Deus ? a maior heran?a que os pais podem deixar para seus filhos e para os filhos de seus filhos e este amor deve estar refletido no estilo de vida espont?neo de cada fam?lia crist?.


As crian?as, no contexto mundial, ainda continuam sendo as grandes v?timas de irrefre?vel explora??o e s?rdidas formas de abusos, pois, s?o cr?dulas, ing?nuas, sem mal?cia, fr?geis, indefesas, e, por conseq??ncia, facilmente iludidas.


Contudo, ainda existe esperan?a. ? poss?vel se observar sinais, vis?veis e concretos, indicadores de mudan?as no trato dispensado ?s crian?as. H? muitas institui?es e entre elas a Igreja, que militam a favor das mesmas.


A Igreja Metodista com toda a sua influ?ncia, disposi??o, tradi??o cultural, recursos humanos, materiais e espirituais, e, sobretudo, seu admir?vel hist?rico de dedica??o ?s crian?as est?, incondicionalmente, ao lado delas. Permanece atenta, vigilante e sempre na vanguarda para defender os seus direitos e dignidade, at? que todos reconhe?am que a Crian?a merece mais amor e respeito.



Rev. Ivam Pereira Barbosa (redator do Informativo Regional da 5?RE)


Bibliografia:


• Folha de S?o Paulo


Pastorais Episcopais


Bettenson H – Documentos da Igreja Crist? – S?oPaulo, ASTE


Voz Mission?ria, out/dez/ 2003


Serm?es de Wesley



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